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VALE DO SINOS

O que pesquisadores fazem em cemitério da região?

Pesquisadores serão vistos com maior frequência no Cemitério Evangélico, em Dois Irmãos

Susete Mello
Publicado em: 30/09/2024 às 12h:16 Última atualização: 30/09/2024 às 12h:17
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O projeto Cemitérios Patrimoniais: Preservando Memórias e Materialidades Pesquisadores – Etapa I já começou a ser colocado em prática em Dois Irmãos. A ação foi  contemplada com R$ 80 mil por edital cultural do Estado, pela Lei Paulo Gustavo.

Pesquisadores serão vistos com maior frequência no Cemitério Evangélico, localizado na Rua Alberto Hübenich, no bairro Travessão, por conta de levantamentos necessários para a primeira etapa do projeto.

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Pesquisadores Ingrid Arandt, Jorge Luis Stocker e Cristiano Enrique de Brum  (de casaco) no Cemitério evangélico luterano do projeto Cemitérios Patrimoniais: Preservando Memórias e Materialidades | abc+



Pesquisadores Ingrid Arandt, Jorge Luis Stocker e Cristiano Enrique de Brum (de casaco) no Cemitério evangélico luterano do projeto Cemitérios Patrimoniais: Preservando Memórias e Materialidades

Foto: Susi Mello/GES-Especial

Na última terça-feira (24), os arquitetos Ingrid Arandt e Jorge Luís Stocker Júnior e o historiador Cristiano Enrique Brum iniciaram o levantamento dos danos que as lápides dos túmulos têm sofrido ao longo do ano. “Este levantamento subsidiará futuramente a etapa 2, o projeto de restauro e posteriormente a obra do restauro”, esclarece Ingrid, coordenadora do projeto.

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Nesse primeiro momento, os pesquisadores encontraram lápides com formação de musgos e líquens, recalque de fundação, oxidação de elementos metálicos e danos causados por conta da ação humana. “Algumas intervenções já realizadas no passado nas lápides não são adequadas para o material da pedra arenito, que forma a maior parte das lápides”, sublinha Ingrid.

Pesquisadores Ingrid Arandt, Jorge Luis Stocker e Cristiano Enrique de Brum no Cemitério evangélico luterano do projeto Cemitérios Patrimoniais: Preservando Memórias e Materialidades | abc+



Pesquisadores Ingrid Arandt, Jorge Luis Stocker e Cristiano Enrique de Brum no Cemitério evangélico luterano do projeto Cemitérios Patrimoniais: Preservando Memórias e Materialidades

Foto: Susi Mello/GES-Especial

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Ela exemplifica que há pintura feita com tinta acrílica, que é inadequada para a conservação da pedra arenito, bem como alguns enxertos feitos com cimento, em lápides que sofreram efeitos do assoreamento no solo provocando seu declive ou queda e o uso inadequado de lava jato para limpeza.

“Por ser rocha sedimentar, formada por camadas, a pressão da água vai danificando e degradando a pedra”, acrescenta Ingrid. O arquiteto Stocker Júnior complementa que essa lavagem inadequada afeta tanto o epitáfio – onde está a inscrição do enterramento – quanto os elementos decorativos das lápides, descaracterizando-os.



Famílias

Brum explica que a partir do levantamento será possível ver quais são as principais famílias dos enterrados. Ele complementa que serão realizadas entrevistas com familiares, pessoas da comunidade, agentes que também atuaram em algum momento em ações de conservação no cemitério do Travessão.

“Vamos tentar descobrir um pouco, não só os nomes das famílias, mas também o que está escrito nessas lápides, desde mensagens até informações sobre a vida daquela pessoa”, detalha o historiador.

O que a comunidade pode esperar?

A pesquisa do cemitério, com sua história e a simbologia da arte funerária, envolverá a comunidade.

“Como entrega para a comunidade, vamos ter uma oficina de conservação preventiva, uma oficina de fotografia da arte cemiterial, visitas guiadas, das quais duas ao público em geral, e quatro destinadas à comunidade escolar pública de Dois Irmãos e, ao final, exposições em dois eventos religiosos da comunidade luterana, com fotografias da oficina”, explica Ingrid.

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