CATÁSTROFE NO RS
O que mudou na medição do nível do Guaíba em Porto Alegre?
Governo estadual atualiza cota de inundação do Guaíba na Usina do Gasômetro
Última atualização: 29/05/2024 13:58
O governo gaúcho atualizou, nesta terça-feira (28), a cota de inundação na estação telemétrica emergencial instalada na Usina do Gasômetro, em Porto Alegre.
No novo ponto de medição do nível do Guaíba, instalado em 3 de maio, a cota de alerta é de 3,15 metros e a cota de inundação, de 3,60 metros. A atualização já está disponível no site da Agência Nacional de Águas e Saneamento.
As cotas da estação telemétrica antiga, instalada desde 2014 no Cais Mauá, próximo à Rodoviária de Porto Alegre, seguem as mesmas: 2,55 metros é o nível de alerta e 3 metros é o nível de inundação.
“A diferença de níveis de referência para inundação se dá porque as estações telemétricas encontram-se em locais diferentes da orla e com diferentes relevos", informa a secretária do Meio Ambiente e Infraestrutura, Marjorie Kauffmann.
"É importante ressaltar que não há alteração na medição do nível do lago, visto que o nível do Guaíba só muda com o aumento da afluência de vazões ou com represamento do escoamento. Os níveis históricos seguem os mesmos, o que foi restabelecida é a referência do nível de alerta e de inundação", acrescenta.
As referências de alerta e de inundação foram estabelecidas por técnicos do Departamento de Recursos Hídricos e Saneamento da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (DRHS/Sema) e do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (IPH/Ufrgs) a partir de vistoria no Cais Mauá realizada no último dia 25, quando a região apresentou condições seguras de acesso. A ação teve o acompanhamento do Serviço Geológico Brasileiro (SGB).
As diferenças entre cotas de inundação são comuns na medição dos níveis de rios. Na enchente de 1941, por exemplo, bibliografias apontam cinco picos diferentes do nível do Guaíba.
Todas essas possibilidades são consideradas para fins históricos. A intenção é que as duas estações telemétricas sejam mantidas, ampliando a capacidade de monitoramento do Estado.