O ministro extraordinário da Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, disse neste domingo (2) que o governo federal busca “construir uma alternativa” legal para socorrer financeiramente as empresas gaúchas afetadas pelas chuvas do último mês, de maneira a evitar demissões. A criação de um programa como o Benefício Emergencial (Bem) é defendida pelo governador Eduardo Leite (PSDB) como tema prioritário.
“Temos que construir uma alternativa para a manutenção da saúde financeira das empresas e, principalmente, da manutenção dos postos de trabalho”, disse Pimenta durante visita à cidade de Muçum, no Vale do Taquari, uma das regiões severamente atingidas pelos efeitos adversos das recentes chuvas no Estado.
“Nesta semana vamos acelerar o debate sobre a manutenção dos postos de trabalho”, comentou Pimenta, acrescentando que já vem debatendo o assunto com o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho.
“Já fizemos várias reuniões e fechamos alguns acordos com empresas e setores, no sentido de encontrarmos mecanismos que garantam a manutenção dos empregos e, ao mesmo tempo, buscar apoio que a legislação permite que as empresas recebam, do governo federal, para não romperem o vínculo [empregatício com seus funcionários]”, acrescentou Pimenta.
O ministro admite que, passados 30 dias do início da tragédia no RS, “há empresas ainda sem água, sem luz, sem nenhuma capacidade de operar, e que têm que pagar a folha e suas despesas mensais”. “Temos que construir uma alternativa para a manutenção da saúde financeira dessas empresas e, principalmente, para a manutenção dos postos de trabalho”, finalizou o ministro.
Para o prefeito de Muçum, Mateus Trojan, o apoio federal e estadual às empresas é fundamental para evitar o colapso econômico e social no estado.
“Precisamos de um olhar especial para conseguir superar este novo evento climático, motivando as pessoas a permanecerem aqui na cidade e na região. Caso contrário, infelizmente, teremos uma evasão em massa e um empobrecimento da cidade”, afirmou Trojan, dizendo que esta foi a terceira tragédia climática no Vale do Taquari.
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