MESMO 'MODUS OPERANDI'
'O carro estava pronto, achei que ia morrer', diz vítima do mesmo suspeito de estuprar mulher em Gramado
Método usado por homem que ainda atropelou e sequestrou moradora de Santa Maria do Herval foi reconhecido por residente de Canela
Última atualização: 24/01/2024 13:48
Foi em abril de 2013 que uma moradora de Canela teve sua vida mudada. Ela foi vítima do homem suspeito de atropelar e sequestrar uma mulher em Santa Maria do Herval e estuprá-la em Gramado no domingo (12). Há quase dez anos, a mulher, que pediu para não ser identificada, saiu de casa para trabalhar. Usando fones de ouvido, numa curva onde não havia calçamento, foi atropelada por um veículo.
"O homem desceu, informou que era do Corpo de Bombeiros e que ia me levar para o hospital. Ele amarrou minhas pernas e braços, disse que era para estabilizar", conta a vítima. Com a batida do carro, ela teve pequenas escoriações, uma luxação em um dedo do pé e lesão em um braço.
Ela pediu pelo telefone celular e que iria para casa. O homem insistiu para levá-la ao Hospital de Caridade de Canela e que deveria ficar imobilizada. Foi quando o suspeito a colocou no carro que ela percebeu o que poderia acontecer. "O sujeito já estava com o banco do passageiro deitado. Me colocou de bruços. Foi quando me deu o feeling. O carro estava pronto, achei que ia morrer", relembra.
Durante o deslocamento, onde o suspeito informou que a levaria até a casa de saúde, disse que, antes, precisava pegar a carteira na casa de um tio.
"Até que o carro parou. Eu comecei a rezar para que fosse a casa do tio dele. Mas não, era uma área de muito mato, próximo do Ibama. Foi quando ele saiu do carro, abriu a porta do passageiro e abaixou as minhas calças. Ele ia me estuprar", pontua a mulher.
Entretanto, a vítima não teve o estupro concretizado. Ela conta que observou que o criminoso usava aliança e começou a conversar com ele.
"Não sei como, mas tentei entrar na cabeça dele. Questionei porque ele iria fazer isso com a família dele, que isso afetaria a minha também. Foi quando ele começou a chorar e contar uma história familiar. Mas nada justifica o que ele fez", revela.
Ameaças de morte
Ele a desamarrou e a levou até o hospital. Porém, apertou seu pescoço e informou que nada do que havia ocorrido poderia ser dito, caso contrário, a mataria. Foi então que ela observou todo o caminho que o sujeito havia feito com ela. O boletim de ocorrência foi feito na Polícia Civil e audiências foram realizadas há cerca de seis anos. A vítima também teve contato com outras mulheres atacadas. “Eu fui a segunda que denunciou. Um ano e meio após o meu caso, ele pegou uma menina em Gramado, passou por cima com carro e ainda deu ré. Também não teve o estupro concretizado, pois ela estava muito machucada”, frisa.
Os traumas
À época do crime, a Polícia falou para a jovem, que tinha 21 anos, que o homem tinha conhecimento de sua rotina. “Disseram que eu devia estar sendo seguida há ao menos dois meses. No carro, ele me disse 'não se preocupa moça, logo tu volta a treinar'", explica a vítima, que tinha em sua programação exercícios físicos.
"Eu me sinto muito vulnerável, parece que ele foi evoluindo com os crimes. O que falta acontecer? Me sinto indignada, depois de tanto tempo, ele estar solto e fazendo isso com outras mulheres”, frisa.
Os traumas da uma hora de sequestro ainda permanecem em sua vida. Ela faz acompanhamento psicológico e não costuma utilizar aplicativos de transporte, por exemplo.
Foi em abril de 2013 que uma moradora de Canela teve sua vida mudada. Ela foi vítima do homem suspeito de atropelar e sequestrar uma mulher em Santa Maria do Herval e estuprá-la em Gramado no domingo (12). Há quase dez anos, a mulher, que pediu para não ser identificada, saiu de casa para trabalhar. Usando fones de ouvido, numa curva onde não havia calçamento, foi atropelada por um veículo.
"O homem desceu, informou que era do Corpo de Bombeiros e que ia me levar para o hospital. Ele amarrou minhas pernas e braços, disse que era para estabilizar", conta a vítima. Com a batida do carro, ela teve pequenas escoriações, uma luxação em um dedo do pé e lesão em um braço.
Ela pediu pelo telefone celular e que iria para casa. O homem insistiu para levá-la ao Hospital de Caridade de Canela e que deveria ficar imobilizada. Foi quando o suspeito a colocou no carro que ela percebeu o que poderia acontecer. "O sujeito já estava com o banco do passageiro deitado. Me colocou de bruços. Foi quando me deu o feeling. O carro estava pronto, achei que ia morrer", relembra.
Durante o deslocamento, onde o suspeito informou que a levaria até a casa de saúde, disse que, antes, precisava pegar a carteira na casa de um tio.
"Até que o carro parou. Eu comecei a rezar para que fosse a casa do tio dele. Mas não, era uma área de muito mato, próximo do Ibama. Foi quando ele saiu do carro, abriu a porta do passageiro e abaixou as minhas calças. Ele ia me estuprar", pontua a mulher.
Entretanto, a vítima não teve o estupro concretizado. Ela conta que observou que o criminoso usava aliança e começou a conversar com ele.
"Não sei como, mas tentei entrar na cabeça dele. Questionei porque ele iria fazer isso com a família dele, que isso afetaria a minha também. Foi quando ele começou a chorar e contar uma história familiar. Mas nada justifica o que ele fez", revela.
Ameaças de morte
Ele a desamarrou e a levou até o hospital. Porém, apertou seu pescoço e informou que nada do que havia ocorrido poderia ser dito, caso contrário, a mataria. Foi então que ela observou todo o caminho que o sujeito havia feito com ela. O boletim de ocorrência foi feito na Polícia Civil e audiências foram realizadas há cerca de seis anos. A vítima também teve contato com outras mulheres atacadas. “Eu fui a segunda que denunciou. Um ano e meio após o meu caso, ele pegou uma menina em Gramado, passou por cima com carro e ainda deu ré. Também não teve o estupro concretizado, pois ela estava muito machucada”, frisa.
Os traumas
À época do crime, a Polícia falou para a jovem, que tinha 21 anos, que o homem tinha conhecimento de sua rotina. “Disseram que eu devia estar sendo seguida há ao menos dois meses. No carro, ele me disse 'não se preocupa moça, logo tu volta a treinar'", explica a vítima, que tinha em sua programação exercícios físicos.
"Eu me sinto muito vulnerável, parece que ele foi evoluindo com os crimes. O que falta acontecer? Me sinto indignada, depois de tanto tempo, ele estar solto e fazendo isso com outras mulheres”, frisa.
Os traumas da uma hora de sequestro ainda permanecem em sua vida. Ela faz acompanhamento psicológico e não costuma utilizar aplicativos de transporte, por exemplo.