ENTREVISTA
Novo presidente da Amvars diz que duplicação da BR-116 será prioridade
Prefeito de Estância Velha, Diego Francisco (PSDB), foi empossada na semana passada para comandar a entidade em 2023
Última atualização: 18/01/2024 11:54
Prefeito de Estância Velha, Diego Francisco (PSDB), representará ao longo de 2023 os interesses dos 11 municípios que integram a Associação dos Municípios do Vale do Rio dos Sinos (Amvars). Eleito em dezembro de 2022, ele foi empossado na última quarta-feira (11) durante a primeira reunião da Associação no ano. Francisco terá ao seu lado o prefeito de Lindolfo Collor, Gaspar Behne (PP), como vice-presidente da associação.
Durante o primeiro encontro dos municípios que compõem a Amvars, o principal tema foi a duplicação a BR-116, que será central no mandato de Francisco. "A região perde muito, são muitos recursos das empresas que ficam presos, perdemos competitividade", afirma o presidente da Amvars. Além disso, Francisco defende que a associação foque em divulgar as atrações turísticas da região.
Mas o presidente também se mostra atento para o Governo Federal, de onde devem vir recursos para obras bem como alterações tributárias e de repasses que impactam diretamente na administração municipal. Em entrevista exclusiva ao Jornal NH, Francisco projetou o mandato e avaliou o cenário nacional e seus impactos no dia a dia dos municípios. Confira a seguir.
Qual sua prioridade como presidente da Amvars?
Diego Francisco - Eu me propus a trabalhar o fortalecimento da associação, a gente trabalhar para divulgar o nosso principal produto que é o Vale Germânico e também defender as pautas de interesse coletivo. As pautas vão surgindo de acordo com a chegada de algum projeto de lei ou mudança na arrecadação. Mas eu diria que uma das principais pautas que hoje a gente tem que defender são as obras de duplicação da BR-116. A região perde muito, são muitos recursos das empresas que ficam presos, perdemos competitividade. Além que o turista que vem aqui, ou mesmo as prefeituras que precisam ir a Porto Alegre tem um custo muito elevado.
E de quem será cobrada e como será a cobrança sobre a duplicação da BR-116?
Francisco - É o Governo Federal o responsável, ainda no ano passado o Governo do Estado tentou aportar um recurso para concluir as obras, a Assembleia infelizmente não aceitou então agora quem paga o custo são todos os gaúchos que moram na região. Então a gente vai fazer cobranças junto ao governo federal e também junto à bancada de deputados federais gaúchos.
Havia uma promessa de se retirar a lei que limita a cobrança de ICMS a estados e municípios, mas isso foi protelado pelo Governo Federal. Qual a preocupação da Amvars em relação a esse tema?
Francisco - Não conversei especificamente com meus colegas prefeitos, mas qualquer projeto de lei que venha a retirar recursos dos municípios é complicado. Porque a gente faz um planejamento, existe a lei de responsabilidade fiscal, então os municípios contam com esses recursos. Quando no meio do jogo muda a regra e a gente começa a perder recursos coloca em risco todo um planejamento anual que as prefeituras fazem e também a responsabilidade fiscal que todos os prefeitos têm perante o Tribunal de Contas. Sem contar que alguns municípios da região já estão perdendo recursos por causa do novo Censo. Pela Associação ainda não foi feito nada, mas fiz via município de Estância Velha, entrei na Justiça para assegurar que a gente não perca esse recurso até que seja concluído o Censo.
E como a associação e os prefeitos tem visto as tentativas de golpe e retirada do poder através da força? Como falar sobre temas de interesse dos municípios em meio a esse cenário?
Francisco - Não comentamos isso na reunião, mas a minha opinião pessoal é que a eleição passou. Se existe alguma coisa de errado tem que ser investigado, mas não é com vandalismo como foi feito no último final de semana que a gente vai conseguir mudar alguma coisa que possa estar errado. Existem formas para isso e certamente a violência não é uma delas.
O senhor falou "se existe algo de errado", acha que ainda há espaço para contestar o resultado eleitoral?
Francisco - Eu fui eleito com a urna eletrônica, então eu tenho que confiar nela.
Prefeito de Estância Velha, Diego Francisco (PSDB), representará ao longo de 2023 os interesses dos 11 municípios que integram a Associação dos Municípios do Vale do Rio dos Sinos (Amvars). Eleito em dezembro de 2022, ele foi empossado na última quarta-feira (11) durante a primeira reunião da Associação no ano. Francisco terá ao seu lado o prefeito de Lindolfo Collor, Gaspar Behne (PP), como vice-presidente da associação.
Durante o primeiro encontro dos municípios que compõem a Amvars, o principal tema foi a duplicação a BR-116, que será central no mandato de Francisco. "A região perde muito, são muitos recursos das empresas que ficam presos, perdemos competitividade", afirma o presidente da Amvars. Além disso, Francisco defende que a associação foque em divulgar as atrações turísticas da região.
Mas o presidente também se mostra atento para o Governo Federal, de onde devem vir recursos para obras bem como alterações tributárias e de repasses que impactam diretamente na administração municipal. Em entrevista exclusiva ao Jornal NH, Francisco projetou o mandato e avaliou o cenário nacional e seus impactos no dia a dia dos municípios. Confira a seguir.
Qual sua prioridade como presidente da Amvars?
Diego Francisco - Eu me propus a trabalhar o fortalecimento da associação, a gente trabalhar para divulgar o nosso principal produto que é o Vale Germânico e também defender as pautas de interesse coletivo. As pautas vão surgindo de acordo com a chegada de algum projeto de lei ou mudança na arrecadação. Mas eu diria que uma das principais pautas que hoje a gente tem que defender são as obras de duplicação da BR-116. A região perde muito, são muitos recursos das empresas que ficam presos, perdemos competitividade. Além que o turista que vem aqui, ou mesmo as prefeituras que precisam ir a Porto Alegre tem um custo muito elevado.
E de quem será cobrada e como será a cobrança sobre a duplicação da BR-116?
Francisco - É o Governo Federal o responsável, ainda no ano passado o Governo do Estado tentou aportar um recurso para concluir as obras, a Assembleia infelizmente não aceitou então agora quem paga o custo são todos os gaúchos que moram na região. Então a gente vai fazer cobranças junto ao governo federal e também junto à bancada de deputados federais gaúchos.
Havia uma promessa de se retirar a lei que limita a cobrança de ICMS a estados e municípios, mas isso foi protelado pelo Governo Federal. Qual a preocupação da Amvars em relação a esse tema?
Francisco - Não conversei especificamente com meus colegas prefeitos, mas qualquer projeto de lei que venha a retirar recursos dos municípios é complicado. Porque a gente faz um planejamento, existe a lei de responsabilidade fiscal, então os municípios contam com esses recursos. Quando no meio do jogo muda a regra e a gente começa a perder recursos coloca em risco todo um planejamento anual que as prefeituras fazem e também a responsabilidade fiscal que todos os prefeitos têm perante o Tribunal de Contas. Sem contar que alguns municípios da região já estão perdendo recursos por causa do novo Censo. Pela Associação ainda não foi feito nada, mas fiz via município de Estância Velha, entrei na Justiça para assegurar que a gente não perca esse recurso até que seja concluído o Censo.
E como a associação e os prefeitos tem visto as tentativas de golpe e retirada do poder através da força? Como falar sobre temas de interesse dos municípios em meio a esse cenário?
Francisco - Não comentamos isso na reunião, mas a minha opinião pessoal é que a eleição passou. Se existe alguma coisa de errado tem que ser investigado, mas não é com vandalismo como foi feito no último final de semana que a gente vai conseguir mudar alguma coisa que possa estar errado. Existem formas para isso e certamente a violência não é uma delas.
O senhor falou "se existe algo de errado", acha que ainda há espaço para contestar o resultado eleitoral?
Francisco - Eu fui eleito com a urna eletrônica, então eu tenho que confiar nela.