O posto estendido da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) Canoas em Nova Santa Rita foi oficialmente inaugurado nesta terça-feira (21). Pela primeira vez, o município vai ter atendimento especializado para pessoas com deficiência intelectual e múltipla. Os alunos da rede municipal de ensino serão atendidos.
A Prefeitura firmou convênio por meio de contrato com a associação de Canoas. A parceria firmada tem vigência por 12 meses. O investimento na área foi de R$ 1,5 milhão. “As 100 vagas foram preenchidas por indicação das escolas. Os professores designaram casos com mais urgência, estudantes com grau mais alto de algum tipo de deficiência”, explica o diretor de comunicação das Apaes, Paulo Bogado.
Um sítio foi escolhido para o posto de atendimento da Apae, localizado na Avenida Santa Rita, 1823, no Centro. Os usuários contarão com serviços de psicologia, psicopedagogia, fonoaudiologia, fisioterapia e assistência social. “Estamos trabalhando desde o início do mês. Fizemos a inauguração nesta data em homenagem ao Dia Internacional da Síndrome de Down”, diz o diretor de comunicação. “Esse espaço em conjunto com a Clínica Vida e Saúde é ótimo, temos uma área verde com diversas árvores frutíferas, os pacientes podem colher as frutas direto do pé, por exemplo.”
O evento de inauguração reuniu autoridades políticas e alunos e pais que serão atendidos. O prefeito de Nova Santa Rita, Rodrigo Battistella, falou sobre a importância de ter o serviço dentro do município. “É uma demanda antiga da comunidade que necessitava de atenção. Teremos um enfoque inclusivo na instituição, de trabalho especializado, respeitando as limitações de cada indivíduo, proporcionando o desenvolvimento de aptidões, para a inserção na sociedade”, destaca Battistella.
LEIA TAMBÉM
Especialidades
A previsão é que ocorram 400 atendimentos mensais. Cada usuário é atendido de forma individual e personalizada. “São 100 alunos, mas a maioria passará por mais de uma especialidade”, salienta Bogado.
Mylena Lamb Gonçalves, de 17 anos, é estudante da 6ª série da escola Miguel Couto. Ela tem microcefalia e estava há cinco anos sem atendimento especializado. “Estamos felizes que agora ela terá suporte e acompanhamento no município. A dificuldade de deslocamento para outros municípios era uma barreira para ela receber atendimento em Apaes de outras cidades”, explica a mãe da jovem, Lisiane Silva Lamb.
Na manhã de terça-feira (21), Mylena passou por sessão de terapia. “Esse primeiro contato é com os profissionais da área da psicologia. A partir disso, ela será encaminhada para outros setores, como fonoaudiologia e fisioterapia”, diz o pai da adolescente, Volmar da Silva Gonçalves. O diretor de comunicação das Apaes aponta como fundamental para a inclusão o acompanhamento de alunos com deficiência.
- Categorias
- Tags