O combate à dengue no Rio Grande do Sul está prestes a dar um grande salto. Na próxima semana, 61 novas cidades, localizadas nos Vales dos Sinos, Rio Pardo e Alto Uruguai, receberão cerca de 19 mil doses da vacina Qdenga, da fabricante japonesa Takeda Pharma.
Foto: Giordanna Vallejos/GES-Especial
A nova etapa da campanha visa ampliar a proteção entre crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, faixa etária que concentra o maior número de hospitalizações pela doença.
Novo Hamburgo será a segunda cidade que mais receberá doses no estado, com um total de 3.244 imunizantes, em primeiro lugar está São Leopoldo, que ganhará 3.361 doses.
Santa Cruz do Sul será a cidade com o maior número de doses na região do Vale do Rio Pardo, recebendo 1.755 imunizantes. Já no Alto Uruguai Gaúcho, Erechim será a cidade mais beneficiada, com 1.428 doses.
Expansão da vacinação
A inclusão dessas novas cidades faz parte de uma estratégia do Ministério da Saúde para ampliar a cobertura vacinal contra a dengue nas regiões com maior incidência da doença nos últimos dez anos.
A meta é proteger os mais vulneráveis, especialmente as crianças e adolescentes, que têm apresentado altos índices de hospitalização, segundo o Ministério da Saúde.
Até agora, a vacinação contra a dengue no estado estava concentrada em seis cidades da Região Metropolitana de Porto Alegre, Porto Alegre, Viamão, Alvorada, Gravataí, Cachoeirinha e Glorinha.
Essas cidades receberam cerca de 31,5 mil doses no início de maio. Destas, aproximadamente 1,4 mil doses já foram aplicadas, segundo um relatório do Ministério da Saúde.
Distribuição das Doses
As cidades foram escolhidas com base no histórico de casos de dengue nos últimos dez anos, de 2013 a 2022. Confira abaixo a lista das novas cidades contempladas e a quantidade de doses que cada uma receberá:
Região 07 – Vale dos Sinos
– Novo Hamburgo: 3.244 doses
– Dois Irmãos: 395 doses
– São Leopoldo: 3.361 doses
– Ivoti: 333 doses
– Sapiranga: 1.212 doses
– Campo Bom: 902 doses
– Portão: 532 doses
– Estância Velha: 714 doses
– Araricá: 145 doses
– Lindolfo Collor: 105 doses
– Nova Hartz: 345 doses
– Morro Reuter: 73 doses
– Presidente Lucena: 42 doses
– São José do Hortêncio: 63 doses
– Santa Maria do Herval: 69 doses
Região 28 – Vale do Rio Pardo
– Santa Cruz do Sul: 1.755 doses
– Venâncio Aires: 873 doses
– Sinimbu: 106 doses
– Candelária: 386 doses
– Vera Cruz: 349 doses
– Mato Leitão: 68 doses
– Rio Pardo: 486 doses
– Passo do Sobrado: 85 doses
– Vale do Sol: 120 doses
– Gramado Xavier: 54 doses
– Pantano Grande: 157 doses
– Vale Verde: 44 doses
– Herveiras: 41 doses
Região 16 – Alto Uruguai Gaúcho
– Erechim: 1.428 doses
– Nonoai: 208 doses
– Paulo Bento: 28 doses
– São Valentim: 36 doses
– Marcelino Ramos: 52 doses
– Barão de Cotegipe: 86 doses
– Faxinalzinho: 30 doses
– Getúlio Vargas: 219 doses
– Áurea: 41 doses
– Gaurama: 65 doses
– Barra do Rio Azul: 21 doses
– Erebango: 45 doses
– Aratiba: 71 doses
– Campinas do Sul: 63 doses
– Severiano de Almeida: 45 doses
– Mariano Moro: 21 doses
– Entre Rios do Sul: 39 doses
– Jacutinga: 39 doses
– Três Arroios: 23 doses
– Rio dos Índios: 42 doses
– Itatiba do Sul: 42 doses
– Cruzaltense: 20 doses
– Carlos Gomes: 15 doses
– Erval Grande: 68 doses
– Viadutos: 53 doses
– Centenário: 31 doses
– Ipiranga do Sul: 21 doses
– Quatro Irmãos: 25 doses
– Estação: 70 doses
– Benjamin Constant do Sul: 33 doses
– Ponte Preta: 20 doses
– Charrua: 46 doses
– Floriano Peixoto: 13 doses
Entenda a vacina Qdenga
Produzida pelo laboratório japonês Takeda, a vacina Qdenga é a primeira contra a dengue disponível no sistema público de saúde do Brasil. O esquema vacinal é composto por duas doses, com um intervalo de três meses entre elas.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBim), a vacina demonstrou eficácia variada contra os diferentes sorotipos da dengue: 69,8% contra o DENV-1, 95,1% contra o DENV-2 e 48,9% contra o DENV-3. Ela também mostrou eficácia de 84,1% na prevenção de hospitalizações por dengue confirmada laboratorialmente.
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A vacina Qdenga não deve ser administrada em gestantes, lactantes e pessoas com imunodeficiência. Aqueles que já tiveram dengue são incentivados a se vacinar para evitar reinfecções graves.
Com a chegada dessas novas doses, o Rio Grande do Sul intensifica seus esforços para proteger suas populações mais vulneráveis e reduzir os impactos da dengue no estado.
*Com informações da Agência Brasil