TRABALHO

Nova pesquisa da Unilasalle ressalta força das mulheres no mercado de trabalho

Estudo aponta que, na pandemia, cargos da saúde frearam crise no emprego feminino

Publicado em: 09/03/2023 10:14
Última atualização: 01/02/2024 15:33

Uma pesquisa feita pelo Observatório Unilasalle: Trabalho, Gestão e Políticas Públicas aponta por meio de dados e análises uma atualização do debate sobre a mulher no mercado de trabalho no Brasil. De acordo com o Boletim Especial Mulheres no Mercado de Trabalho, as mulheres foram beneficiadas nos últimos anos em relação à quantidade de postos de trabalho. Em contrapartida, a equidade de salário e condições amplas permanecem aquém do ideal.

Escolaridade é ponto positivo para as mulheres Foto: PAULO PIRES/GES

O recorte metodológico da pesquisa abrange também a região metropolitana de Porto Alegre. Canoas foi uma das cidades inclusas no estudo que tem por objetivo visualizar o papel das mulheres no mercado de trabalho formal e debater o assunto com o poder público, o setor privado e toda a sociedade.

O estudo foi elaborado a partir dos dados disponibilizados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) por meio da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS). As informações dizem respeito aos anos de 2012, 2020 e 2021.

O economista e professor da Unilasalle Moisés Waismann explica que embora em 2020 tenha ocorrido uma redução nos postos de trabalho, as mulheres foram menos afetadas. "No período pandêmico, profissões da área da saúde, por exemplo, estavam em evidência, enfermeiras, fisioterapeutas, cuidadoras de idosos. Profissões que em sua maioria são ocupadas por mulheres, isso fez com que elas fossem menos prejudicadas", destaca Moisés.

A pesquisa mostra que houve uma queda na quantidade de postos de trabalho formais, de 2012 para 2020. O ano de 2021 apresentou uma recuperação em relação ao de 2020. "As mulheres foram novamente menos atingidas. Ainda tínhamos a pandemia de Covid-19, outro fator atrelado é a escolaridade, onde ocorre um crescimento das vagas com ensino médio e superior", diz.

 

Equidade salarial

A pesquisa também aponta que de forma similar, em todas as regiões estudadas, as mulheres representam cerca de 60% das vagas com ensino superior. A administração pública é um exemplo.

"Sabemos que ainda existe muita desigualdade em relação aos salários recebidos. Precisamos dar luz em questões como a discriminação de gênero. Uma mulher que tem o mesmo cargo e exerce a mesma função que um homem não poderia ganhar menos", explica Moisés.

O professor salienta a necessidade de debates sobre o assunto entre toda a sociedade. "Devemos jogar luz nesse problema de cunho cultural e social. A equidade de salarial é urgente", finaliza Moisés.

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