CRIME ORGANIZADO
Nova facção do RS desarticulada pela Polícia já tinha até nome e estatuto; veja o que se sabe
Conforme a Polícia Civil, alguns criminosos seguiam atuando mesmo dentro de presídios
Última atualização: 30/11/2023 13:54
Seis veículos, quatro armas de fogo e dinheiro em espécie foram apreendidos e 61 pessoas presas na manhã desta quinta-feira (30), fruto da Operação Senhores do Altomonte. As prisões aconteceram nas cidades de Porto Alegre, Canoas, Charqueadas, Sapucaia do Sul, Arroio dos Ratos, Eldorado do Sul, Alvorada, Viamão, Gravataí, Novo Hamburgo, Taquara, Encruzilhada do Sul, Caxias do Sul, Veranópolis, Lajeado e Canela. Fora do Estado a Polícia Civil realizou buscas em Florianópolis-SC e Ponta Porã-MS.
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A investigação apura há cerca de um ano e meio, que criminosos pretendiam criar uma nova facção. Ela teria nome inédito e estatuto próprio, visando aumentar o lucro oriundo do tráfico de drogas, desviando o foco das autoridades das lideranças já identificadas.
Segundo a Polícia Civil, o estatuto previa a criação de um tribunal do crime, além de reunir facções de menor porte para dividir as áreas territoriais de Porto Alegre. “Os alvos das investigações são da alta cúpula do crime organizado gaúcho”, afirma o delegado Alencar Carraro, diretor de investigações do Denarc.
O grupo atuava principalmente na Vila Cruzeiro e na Vila Jardim, ambas na capital. Eles ostentavam armas e promoviam o comércio ilegal do armamento, com valores que variavam entre 3 e 100 mil reais.
R$ 50 milhões com cocaína
Conforme a Polícia Civil, alguns criminosos continuavam atuando mesmo dentro de presídios. As apurações comprovaram que o grupo chegou a ter um faturamento de R$ 50 milhões no período de um ano por meio do comércio de cocaína. Os presos foram encaminhados ao sistema prisional. A operação contou com suporte operacional de 550 policiais civis em 250 viaturas e apoio da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe).