Uma nova circulação de febre amarela foi identificada em macacos no Vale do Paranhana e Missões, de acordo com o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs). Foram detectados bugios mortos, contagiados com a doença, nas cidades de Riozinho, Três Coroas, São Borja e Santo Antônio das Missões, em outubro.
Os casos que estão acontecendo no Brasil são de Febre Amarela Silvestre (FAS), que é transmitida por mosquitos vetores que vivem em áreas de mata, principalmente dos gêneros Haemagogus e Sabethes. As principais vítimas desta doença são os Primatas Não Humanos (PNHs), que no Rio Grande do Sul são representados sobretudo por bugios, espécie do gênero Alouatta.
Importante ressaltar que estes animais não são responsáveis pela circulação do vírus e não podem transmitir diretamente para humanos caso entrem em contato. Ou seja, eles são infectados pelos mosquitos e adoecem.
Na realidade, eles são de extrema importância, visto que são animais considerados sentinelas, servindo como indicador da presença de vírus na região.
A Secretaria da Saúde e a Cevs alertam para que a população que pretender ir para áreas rurais, principalmente nas cidades de Três Coroas e Riozinho, pois há uma alta circulação de pessoas nestes ambientes.
No primeiro semestre deste ano, dois casos positivos já haviam sido detectados no RS, em Caxias do Sul em janeiro e Santo Antônio das Missões em junho.
Recomendações para a população
O recomendado é que todos que pretendem ir para estas áreas vacinem-se previamente, principalmente a população que trabalha nos locais como: guias de turismo, pesquisadores, trabalhadores do campo, entre outros. Além disso, o uso de repelentes é essencial, se atentando às recomendações de cada fabricante.
Caso encontre um macaco morto, é alertado para que a população ligue para o Disque Vigilância pelo telefone 150, que funciona de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 18 horas.
Febre Amarela
A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, que pode ser prevenida através da vacinação. Ela evolui repentinamente e pode ser grave, com uma letalidade alta se chegar em estágios mais severos, de acordo com a Cevs. Ela é transmitida por mosquitos vetores silvestres, que vivem em áreas rurais, e urbanos.
Não há casos confirmados de febre amarela em humanos desde 2009.
Sintomas nos humanos
Nos humanos, o período de incubação varia de 3 a 15 dias após a infecção. São suspeitos de estarem infectados as pessoas que apresentarem o seguinte quadro de sintomas:
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- Não vacinados;
- Pessoas que apresentam quadros infecciosos febris agudos, que começam subitamente;
- Icterícia, ou seja, pele e parte branca dos olhos amarelada;
- Hemorragia;
- Que tenham estado em áreas de mata;