MERCADO INTERNACIONAL
NO SICC: Presença de compradores de outros países potencializa negócios do setor calçadista
Salão em Gramado evidencia importância das exportações para os empresários do Vale do Sinos
Última atualização: 26/03/2024 18:02
Antes mesmo de entrar na área do Serra Park, já havia trânsito intenso na manhã desta terça-feira (23) em Gramado. Tudo isso por conta do segundo dia do Salão Internacional do Couro e Calçado (SICC) que segue até quarta-feira (24) em um encontro de negócios entre fornecedores e lojistas.
Diferentemente de outras edições, em que as negociações eram fechadas no fim do segundo ou último dia, desta vez, os empresários do setor calçadista têm celebrado os resultados já no início de feira. E boa parte destas visitações, que se tornam vendas efetivas, é por conta da grande procura por parte de importadores.
“Recebemos gente da América Latina, países como Uruguai, Chile, Peru. Também recebemos importadores da Costa Rica, Coreia do Sul e Alemanha. As exportações representaram 30% da nossa produção em 2021. Em 2022, caiu para 15% em virtude da guerra entre Ucrânia e Rússia e para 2023 esperamos crescer de novo, ficando acima da margem de 2021”, projeta o diretor da A3 Espadrilles, de Dois Irmãos, Alex Egon Zimermann.
A fábrica de Dois Irmãos tem produção própria dos cabedais, mas a tecnologia dos solados vem diretamente da Espanha, o que também atrai o consumidor, tanto do mercado externo quanto do interno.
“Somos a única fábrica no País com este sistema. Começamos há oito anos importando tudo da Espanha, segunda etapa começamos a trazer separado cabedal e sola e desde 2016, passamos a produzir os cabedais na nossa fábrica. Hoje, as principais fábricas do Brasil usam nossos produtos, temos percentual grande também de private label (produção para outras marcas)”, completa Zimermann.
Sobre o tipo de produto procurado pelos importadores durante o SICC, Zimermann conta que depende do segmento do lojista. “Tive ontem uma visita de um peruano, ele fez videochamada com a esposa e ela, vendo os produtos, disse que eles precisam dos produtos da linha jovem. Temos produtos variados para atender diferentes mercados. Vejo que o que buscam mesmo é a tecnologia espanhola com essa parceria da produção brasileira.”
Para atrair o mercado externo
A AG Shoes, de Sapiranga, também atua no mercado externo. E conforme o diretor de produtos, Ronie Lemos, a linha de tênis sustentável é o que chama a atenção dos importadores. “Trabalhamos com Europa, Ásia e Estados Unidos.
Nosso produto sustentável é o que dá destaque para a empresa. Nosso cabedal é feito de garrafa pet. Para fazer um tênis tiramos cinco garrafas do meio ambiente, também usamos a sola EVA Green com cana de açúcar e outras matérias-primas totalmente sustentáveis”, destaca Lemos, que está atendendo no SICC ao lado da Amanda Moraes, que atua no desenvolvimento da empresa.
Antes mesmo de entrar na área do Serra Park, já havia trânsito intenso na manhã desta terça-feira (23) em Gramado. Tudo isso por conta do segundo dia do Salão Internacional do Couro e Calçado (SICC) que segue até quarta-feira (24) em um encontro de negócios entre fornecedores e lojistas.
Diferentemente de outras edições, em que as negociações eram fechadas no fim do segundo ou último dia, desta vez, os empresários do setor calçadista têm celebrado os resultados já no início de feira. E boa parte destas visitações, que se tornam vendas efetivas, é por conta da grande procura por parte de importadores.
“Recebemos gente da América Latina, países como Uruguai, Chile, Peru. Também recebemos importadores da Costa Rica, Coreia do Sul e Alemanha. As exportações representaram 30% da nossa produção em 2021. Em 2022, caiu para 15% em virtude da guerra entre Ucrânia e Rússia e para 2023 esperamos crescer de novo, ficando acima da margem de 2021”, projeta o diretor da A3 Espadrilles, de Dois Irmãos, Alex Egon Zimermann.
A fábrica de Dois Irmãos tem produção própria dos cabedais, mas a tecnologia dos solados vem diretamente da Espanha, o que também atrai o consumidor, tanto do mercado externo quanto do interno.
“Somos a única fábrica no País com este sistema. Começamos há oito anos importando tudo da Espanha, segunda etapa começamos a trazer separado cabedal e sola e desde 2016, passamos a produzir os cabedais na nossa fábrica. Hoje, as principais fábricas do Brasil usam nossos produtos, temos percentual grande também de private label (produção para outras marcas)”, completa Zimermann.
Sobre o tipo de produto procurado pelos importadores durante o SICC, Zimermann conta que depende do segmento do lojista. “Tive ontem uma visita de um peruano, ele fez videochamada com a esposa e ela, vendo os produtos, disse que eles precisam dos produtos da linha jovem. Temos produtos variados para atender diferentes mercados. Vejo que o que buscam mesmo é a tecnologia espanhola com essa parceria da produção brasileira.”
Para atrair o mercado externo
A AG Shoes, de Sapiranga, também atua no mercado externo. E conforme o diretor de produtos, Ronie Lemos, a linha de tênis sustentável é o que chama a atenção dos importadores. “Trabalhamos com Europa, Ásia e Estados Unidos.
Nosso produto sustentável é o que dá destaque para a empresa. Nosso cabedal é feito de garrafa pet. Para fazer um tênis tiramos cinco garrafas do meio ambiente, também usamos a sola EVA Green com cana de açúcar e outras matérias-primas totalmente sustentáveis”, destaca Lemos, que está atendendo no SICC ao lado da Amanda Moraes, que atua no desenvolvimento da empresa.
Diferentemente de outras edições, em que as negociações eram fechadas no fim do segundo ou último dia, desta vez, os empresários do setor calçadista têm celebrado os resultados já no início de feira. E boa parte destas visitações, que se tornam vendas efetivas, é por conta da grande procura por parte de importadores.