ATRATIVO TURÍSTICO
"Ninguém vai dar calote, vamos pagar todo mundo", diz diretora de atração do Mega Domo
Empresa responde à processo na Justiça por dever quase R$ 200 mil para fornecedor de serviços. Mudança de local da estrutura também poderá ocorrer em breve
Última atualização: 04/03/2024 17:15
Após o Hotel Sky, proprietário do terreno onde está montado o Mega Domo, em Canela, recorrer e ter deferido pela Câmara Cível que a estrutura não precisa ser retirada do local, um novo processo contra a Histórias Incríveis, responsável pelo show de entretenimento que ocorre no atrativo turístico, está na Justiça.
Desta vez, refere-se à falta de pagamentos para uma empresa da região, que disponibilizou serviços de apoio, receptivo, bilheteria, camarim e contrarregra ao espetáculo Viagem de Natal. O contrato firmado de outubro de 2022 a janeiro de 2023 estabelecia pagamentos mensais, para cobrir a equipe diária que contava com, pelo menos, 46 funcionários. Os valores devidos atingem quase R$ 200 mil: R$ 137,8 mil referente ao mês de dezembro e R$ 45,4 mil de janeiro.
"O fechamento era enviado mensalmente a eles para aprovação, devido a demandas extras que surgiam, bem como aumento e/ou diminuição da equipe. Atualmente, possuem dois débitos conosco e os valores desconsideram ajustes por juros e eventuais multas", afirma o proprietário da empresa prestadora dos serviços, Daniel Schrage.
Conforme Daniel, os problemas com os pagamentos iniciaram antes do encerramento do evento. "Na quinta-feira que antecedeu o término, data a qual deveríamos ser pagos referentes ao mês de dezembro, tivemos uma reunião, onde fomos informados que não seria possível honrar com o pagamento. Porém, após notificação judicial, realizamos um acordo, onde ocorreria um parcelamento dos valores em aberto, onde não foi honrado por parte deles e então foi dado andamento ao processo de execução de dívida", conta o responsável.
Divergência nos valores
A reportagem entrou em contato com a Histórias Incríveis para entender sobre os débitos. De acordo com a diretora da H.I, Valéria Chalegre, há divergências entre os dois empreendimentos sobre os valores que de fato são devidos. "Entramos com um pedido de embargo, com alegação dos valores cobrados de forma errônea. De fato, existe um processo e uma dívida. Mas todos os meses trabalhados pagamos e ficou em aberto uma parte de dezembro. O acordo não foi cumprido, justamente por estarem valores diferentes", justifica a profissional.
O valor devido, ainda, não representaria uma porcentagem significativa sobre o total que foi combinado. "Foi um contrato cumprido em quase 70% na sua totalidade", complementa Valéria.
Já conforme o proprietário da empresa prestadora, todas as emissões de notas fiscais eram realizadas apenas após a aprovação do relatório da equipe encaminhado ao Histórias Incríveis. "Todas as notas foram aprovadas e autorizadas por eles, inclusive possuímos todos os registros e aprovações destes valores", discorda Daniel.
Outras dívidas
O espetáculo que ocorria no Mega Domo ainda tem outras dívidas, como com profissionais do setor artístico. Entre as justificativas para os débitos em aberto, estão a baixa movimentação do período de final de ano, considerado como alta temporada, além de eventos que mudaram o próprio fluxo, como a Copa do Mundo e as eleições.
"O mês de dezembro foi muito atípico, afetou grandes empreendimentos. E nos afetou também, sendo que estávamos estreando e carregando junto todo um investimento. Colocamos expectativas de receitas que foram abaixo do esperado. Não atingimos todos os resultados financeiros esperados, por isso, estamos enfrentando dificuldades momentâneas de caixa", explica a diretora do H.I, Valéria.
Para a direção do Histórias Incríveis, todas as medidas e soluções estão sendo buscadas, para que esses débitos sejam pagos o mais rápido possíveis.
"Ninguém está fugindo, ninguém vai dar calote, vamos pagar todo mundo. Nós somos uma empresa pequena, de empresários da área artística, que acreditaram num projeto. Não deu certo na primeira temporada? Vamos para a segunda", coloca.
Para captar recursos e efetuar os pagamentos, rodadas de investimentos e negócios estão sendo levantadas pela empresa. O pensamento é, além de quitar o que devem, obter dinheiro para promover uma nova temporada de espetáculos, assim como implementar outros produtos e parcerias. "Reforçamos que acreditamos muito neste projeto e que ele ainda tem uma vida longa pela frente", diz a diretora.
Possível mudança de local
Com as polêmicas em relação ao local onde o Mega Domo foi montado, a empresa vem recebendo propostas de empresários de Canela para retirar a estrutura do atual endereço, entre a RS-235 e RS-466.
"Estamos abertos a essa possibilidade e em negociação com empresários da cidade. É bem possível que isso deva acontecer", pontua a diretora Valéria, reiterando, ainda, que existem convites para o atrativo turístico ir para outros Estados, como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Após o Hotel Sky, proprietário do terreno onde está montado o Mega Domo, em Canela, recorrer e ter deferido pela Câmara Cível que a estrutura não precisa ser retirada do local, um novo processo contra a Histórias Incríveis, responsável pelo show de entretenimento que ocorre no atrativo turístico, está na Justiça.
Desta vez, refere-se à falta de pagamentos para uma empresa da região, que disponibilizou serviços de apoio, receptivo, bilheteria, camarim e contrarregra ao espetáculo Viagem de Natal. O contrato firmado de outubro de 2022 a janeiro de 2023 estabelecia pagamentos mensais, para cobrir a equipe diária que contava com, pelo menos, 46 funcionários. Os valores devidos atingem quase R$ 200 mil: R$ 137,8 mil referente ao mês de dezembro e R$ 45,4 mil de janeiro.
"O fechamento era enviado mensalmente a eles para aprovação, devido a demandas extras que surgiam, bem como aumento e/ou diminuição da equipe. Atualmente, possuem dois débitos conosco e os valores desconsideram ajustes por juros e eventuais multas", afirma o proprietário da empresa prestadora dos serviços, Daniel Schrage.
Conforme Daniel, os problemas com os pagamentos iniciaram antes do encerramento do evento. "Na quinta-feira que antecedeu o término, data a qual deveríamos ser pagos referentes ao mês de dezembro, tivemos uma reunião, onde fomos informados que não seria possível honrar com o pagamento. Porém, após notificação judicial, realizamos um acordo, onde ocorreria um parcelamento dos valores em aberto, onde não foi honrado por parte deles e então foi dado andamento ao processo de execução de dívida", conta o responsável.
Divergência nos valores
A reportagem entrou em contato com a Histórias Incríveis para entender sobre os débitos. De acordo com a diretora da H.I, Valéria Chalegre, há divergências entre os dois empreendimentos sobre os valores que de fato são devidos. "Entramos com um pedido de embargo, com alegação dos valores cobrados de forma errônea. De fato, existe um processo e uma dívida. Mas todos os meses trabalhados pagamos e ficou em aberto uma parte de dezembro. O acordo não foi cumprido, justamente por estarem valores diferentes", justifica a profissional.
O valor devido, ainda, não representaria uma porcentagem significativa sobre o total que foi combinado. "Foi um contrato cumprido em quase 70% na sua totalidade", complementa Valéria.
Já conforme o proprietário da empresa prestadora, todas as emissões de notas fiscais eram realizadas apenas após a aprovação do relatório da equipe encaminhado ao Histórias Incríveis. "Todas as notas foram aprovadas e autorizadas por eles, inclusive possuímos todos os registros e aprovações destes valores", discorda Daniel.
Outras dívidas
O espetáculo que ocorria no Mega Domo ainda tem outras dívidas, como com profissionais do setor artístico. Entre as justificativas para os débitos em aberto, estão a baixa movimentação do período de final de ano, considerado como alta temporada, além de eventos que mudaram o próprio fluxo, como a Copa do Mundo e as eleições.
"O mês de dezembro foi muito atípico, afetou grandes empreendimentos. E nos afetou também, sendo que estávamos estreando e carregando junto todo um investimento. Colocamos expectativas de receitas que foram abaixo do esperado. Não atingimos todos os resultados financeiros esperados, por isso, estamos enfrentando dificuldades momentâneas de caixa", explica a diretora do H.I, Valéria.
Para a direção do Histórias Incríveis, todas as medidas e soluções estão sendo buscadas, para que esses débitos sejam pagos o mais rápido possíveis.
"Ninguém está fugindo, ninguém vai dar calote, vamos pagar todo mundo. Nós somos uma empresa pequena, de empresários da área artística, que acreditaram num projeto. Não deu certo na primeira temporada? Vamos para a segunda", coloca.
Para captar recursos e efetuar os pagamentos, rodadas de investimentos e negócios estão sendo levantadas pela empresa. O pensamento é, além de quitar o que devem, obter dinheiro para promover uma nova temporada de espetáculos, assim como implementar outros produtos e parcerias. "Reforçamos que acreditamos muito neste projeto e que ele ainda tem uma vida longa pela frente", diz a diretora.
Possível mudança de local
Com as polêmicas em relação ao local onde o Mega Domo foi montado, a empresa vem recebendo propostas de empresários de Canela para retirar a estrutura do atual endereço, entre a RS-235 e RS-466.
"Estamos abertos a essa possibilidade e em negociação com empresários da cidade. É bem possível que isso deva acontecer", pontua a diretora Valéria, reiterando, ainda, que existem convites para o atrativo turístico ir para outros Estados, como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Desta vez, refere-se à falta de pagamentos para uma empresa da região, que disponibilizou serviços de apoio, receptivo, bilheteria, camarim e contrarregra ao espetáculo Viagem de Natal. O contrato firmado de outubro de 2022 a janeiro de 2023 estabelecia pagamentos mensais, para cobrir a equipe diária que contava com, pelo menos, 46 funcionários. Os valores devidos atingem quase R$ 200 mil: R$ 137,8 mil referente ao mês de dezembro e R$ 45,4 mil de janeiro.