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MORREU EM TRAMANDAÍ

Nem baleia, nem golfinho: Saiba qual a denominação correta para a cachalote-pigmeu

Esse é o primeiro registro da espécie no litoral norte feito pelo Centro de Estudos Costeiros Limnológicos e Marinhos (Ceclimar)

Juliano Piasentin
Publicado em: 20/02/2024 às 16h:00 Última atualização: 20/02/2024 às 16h:00
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A espécie conhecida como cachalote-pigmeu, que encalhou no litoral norte e acabou morrendo em Tramandaí, é popularmente denominada baleia. No entanto, conforme o Centro de Estudos Costeiros Limnológicos e Marinhos (Ceclimar), não pode ser considerada nem baleia, nem golfinho. Segundo a bióloga Cariana Trigo, a cachalote pertence à família dos Physeteridae, da qual apenas outras duas espécies fazem parte: a cachalote-anão e a cachalote.

Baleia encalhada no litoral norte não resistiu e acabou morrendo  | abc+



Baleia encalhada no litoral norte não resistiu e acabou morrendo

Foto: Tenente Matias/ Comando Ambiental

Esses animais possuem dentes como golfinhos e se alimentam de crustáceos ou cefalópodes (polvos e lulas). Normalmente não são vistos próximos das costas, já que são mamíferos oceânicos, ou seja, vivem e permanecem em mar aberto. “Seu habitat é em regiões distantes da costa”, afirma Cariane.

A bióloga explica que, apesar de fazer parte de uma família diferente das baleias e golfinhos, as cachalotes também são catáceos, animais predominantemente marinhos. As características são as mesmas de baleias, golfinhos e botos.

Primeiro registro do Ceclimar

Cariana reitera que a presença destes animais na costa é muito rara. A cachalote-pigmeu que acabou encalhando primeiro na praia da Barra, em Imbé e depois em Tramandaí, foi o primeiro registro feito pelo Ceclimar no litoral norte gaúcho. “Possivelmente esse animal estava doente, já que foi devolvida ao alto mar e acabou retornando para a areia.”

Uma equipe da faculdade de medicina veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) foi ao litoral para auxiliar na necropsia do animal. A bióloga comunicou que a cachalote morta em Tramandaí era uma fêmea jovem, com 2,45 metros.

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