Com quase 4 mil casos de dengue e seis mortes confirmadas, o município de Canoas, até o momento, não recebeu nenhum lote de vacinas contra a dengue. Na sexta-feira (26), o Município enviou um ofício ao Ministério da Saúde (MS) solicitando mudanças no critério de distribuição. O pedido visa que a norma técnica considere a quantidade de casos e o número de óbitos na cidade.
Foto: THIAGO GUIMARÃES/PMC
Segundo a nota técnica emitida pelo Ministério da Saúde, a distribuição das doses nos municípios foi determinada com base em três critérios principais: o ranqueamento das regiões de saúde e municípios, o quantitativo necessário de doses conforme a disponibilidade (prevista pelo fabricante) e o cálculo do total de doses a serem entregues em uma única remessa ao município.
“Exigimos uma resposta do Ministério da Saúde. Queremos uma explicação sobre os critérios escolhidos. Como Canoas, que está em situação muito mais grave que a da região contemplada com as vacinas, não recebeu as doses. A prioridade para definição dos municípios que recebem as vacinas deve ser o número de casos confirmados e os óbitos”, enfatiza o prefeito Jairo Jorge.
Segundo o secretário municipal de Saúde, Mauro Sparta, o ofício enviado ao Ministério da Saúde possui caráter de alerta por mudanças.
“As escolhas das regiões precisam ter base epidemiológica. Canoas não estar inclusa na lista de distribuição do imunizante, não faz sentido. Outros municípios também enfrentam a mesma dificuldade. São Leopoldo e Santa Rosa são exemplos de cidades que possuem números consideráveis de casos e também permanecem sem vacina. Estamos no pico da doença. A necessidade de vacinação é urgente. Acionaremos o Cosems [Associação dos Secretários e Dirigentes Municipais de Saúde do Rio Grande do Sul] e o Granpal [Consórcio da Associação dos Municípios da Região Metropolitana da Grande Porto Alegre] para que os pedidos por mudanças sejam reforçados e atendidos”, finaliza.
Nos próximos dias, seis municípios da 10ª região receberão um lote com doses da vacina contra a dengue. São eles: Porto Alegre (72.898 doses), Viamão (14.982 doses), Alvorada (12.985 doses), Gravataí (16.425 doses), Cachoeirinha (8.379 doses) e Glorinha (463 doses).
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