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Museu do Kerb expõe itens centenários para contar a história de Estância Velha durante o evento

Cantil e prato utilizados durante a 2º Guerra Mundial, itens de 200 anos e até um berço com mais de 150 anos estão entre os objetos

Júlia Taube
Publicado em: 22/04/2023 às 18h:26
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O 40º Kerb de Estância Velha reúne alegria, festa, diversão, comidas típicas e o clássico chope. Mas para além disso, o evento é feito também de muita história e tradição. Com o objetivo de fazer um resgate cultural e exibir o legado dos antepassados na cidade, o evento conta também com o Museu do Kerb. Repleto de objetos raros e memórias, o espaço faz parte da programação do evento, na Praça 1º de Maio. O público pode visitar o museu nas sextas-feiras das 18 horas às 20 horas, e aos sábados e domingos das 14 horas às 20 horas.

Museu do Kerb traz objetos centenários



Museu do Kerb traz objetos centenários

Foto: Júlia Taube/GES Especial

Entre objetos há itens centenários, trajes típicos, louças, fotografias e livros que ajudam a contar a história de Estância Velha e das famílias que ali vivem. De acordo com a assessora executiva e idealizadora do projeto, Gisa Wingert, muito do que está exposto é empréstimo dos próprios moradores, como uma pipa de erva mate feita em 1923, um conjunto de louças com mais de 200 anos e um quarto todo mobiliado com móveis do século 19.

Essa é a segunda edição do museu. A primeira ocorreu em 2022 e deu tão certo, que neste ano a iniciativa foi reproduzida. “É um resgate que a gente fez. Um senhor ficou parado olhando as luminárias que temos. Eu questionei se ele havia se identificado e ele disse que sim e que remetia a infância dele. Isso é bom para a gente saber que as pessoas se identificam com o trabalho que a gente fez aqui e com o que está exposto aqui”, relata Gisa.

Ela destaca que o museu tem uma importância cultural grandiosa para a cidade, mas enfatiza que para além dos povos alemães, muitas outras descendências ajudam a transformar Estância Velha e a região. “O povo que não conhece a cultura e não conhece a história, está perdido. Eu gosto de salientar que nós fizemos um museu do Kerb e ele está direcionado a cultura alemã, mas eu sou a favor de um museu multicultural”, afirma.

Nostalgia é a palavra que pode definir o sentimento de quem visita o local e a emoção toma conta quando, ao entrar, os visitantes revivem memórias. Ao pôr os olhos em uma máquina de costura lá exposta, o médico Ricardo Antônio Garcia Filho, 72, logo disse “é igual a que minha mãe usava”. Para ele, “recordar é viver”. “Eu estou recordando o tempo de mamãe, de papai e de vovó. Varias coisas que tem aqui eu passei experiência”, afirma.

Ricardo Antônio olhando os objetos



Ricardo Antônio olhando os objetos

Foto: Júlia Taube/GES Especial

A emoção proporcionada é tanta, que uma das visitantes decidiu deixar registrada a sua gratidão ao local, escrevendo uma mensagem de carinho e agradecimento no livro de registros. “Parabéns a todos envolvidos pelo belo trabalho. A exposição do Museu está linda demais. Me fez lembrar da minha infância”, escreveu.

Museu do Kerb traz objetos centenários



Museu do Kerb traz objetos centenários

Foto: Júlia Taube/GES Especial

Mostrar a cultura local

No espaço também há as lembranças dos 40 anos do Kerb de Estância Velha, com os trajes utilizados pelos reis e rainhas, além de fotos e canecos de porcelana. A rainha do Kerb de 2017 Frida Rosa Scherer Hartmann, 58, conta que também foi uma das pessoas que ajudou a compor o museu. “Eu trouxe algumas coisas de casa que eram da minha avó. Para mim é incrível poder mostrar para os outros a nossa história”, relata.

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