MIGRACIDADES
Municípios da região recebem selo MigraCidades 2022
A certificação é um reconhecimento da ONU aos atendimentos prestados aos imigrantes
Última atualização: 15/01/2024 17:35
Como forma de reconhecer o empenho no processo de aprimoramento da governança migratória, seis cidades da região receberam o selo MegaCidades de 2022. A certificação elenca estados e municÃpios que trabalham com polÃticas voltadas à migração. No Rio Grande do Sul, até fevereiro de 2022, o Sistema de Registro Nacional Migratório (Simigra) registrou 98.088 migrantes.
O selo faz parte do processo de certificação da plataforma "MigraCidades: Aprimorando a Governança Migratória Local no Brasil", lançada em 2020 pela Organização Internacional para as Migrações (OIM), agência da Organização das Nações Unidas (ONU), em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) e apoio da Escola Nacional de Administração Pública (Enap). Foram certificados 56 municÃpios de 11 estados, dentre eles Novo Hamburgo, Montenegro, São Leopoldo, Canoas, Cachoeirinha e Esteio.
Obtenção
Para obter o selo, foi necessário o cumprimento de algumas etapas, como explica a diretora de Assistência Social de Montenegro, Carliane Pinheiro. Diagnósticos foram realizados para compreender o perfil e o número de migrantes atendidos no municÃpio, além da elaboração de uma matriz de dimensões que a cidade escolhe dar prioridade no desenvolvimento ao longo do ano, como a capacitação de servidores públicos, ampliação de ofertas dos cursos e atendimento sensÃvel e qualificado.
Com o mapeamento, a Secretaria Municipal de Habitação, Desenvolvimento Social e Cidadania (SMHAD) conseguiu identificar 302 migrantes na cidade, vindos da Venezuela, Haiti e Senegal.
Na cidade, um Espaço do Imigrante foi estruturado junto ao Centro de Referência de Assistência Social (Cras) Borboletas. No local, é feito o acolhimento e a escuta qualificada pelos profissionais da assistência social. "Em Montenegro é ofertado o cabide solidário com roupas e calçados, o banco de materiais com doações da comunidade como móveis e utensÃlios. Setor de qualificação profissional com elaboração de currÃculos que encaminhamos à s empresas, benefÃcios eventuais como cesta básica e passagem, assim como encaminhamentos necessários de cada imigrante", cita a diretora de Assistência Social de Montenegro.
Mistura de culturas em Esteio
As prioridades para a construção de ações voltadas à inclusão das pessoas migrantes na sociedade foram cumpridas em Esteio. E este é o terceiro ano consecutivo que o município recebe a certificação e pretende não parar. Na cidade, em 2022 foram 1.500 atendimentos para migrantes, sendo 742 venezuelanos, 47 cubanos, 12 uruguaios, 10 chilenos, oito senegaleses, seis haitianos e um da República Dominicana.
No município há o Espaço Mundo, vinculado à Secretaria Municipal de Direitos Humanos. De acordo com a responsável pelo Espaço Mundo e acolhimento de migrantes e refugiados, psicopedagoga Neide Ittner, o local já se tornou referência aos migrantes por prestar serviços de acolhimento. "A gente trabalha muito com a prevenção. Nós realizamos a escuta, inserção laboral, fazemos currículo deles, imprimimos e encaminhamos ao Sine. Eles saem daqui com todas as orientações para poderem usufruir das políticas públicas do município e a documentação prévia exigida para a regularização migratória", conta.
Neide se orgulha em afirmar que Esteio é uma cidade que acolhe os migrantes. Os costumes de quem está longe de suas origens vai, aos poucos, adentrando na cultura local. A psicopedagoga relata que a emoção tomou conta dela quando, em uma ida ao supermercado, encontrou na prateleira a farinha de milho cozida, elemento fundamental para a arepa, um dos pratos típicos da culinária venezuelana. "É o município fazendo o imigrante se sentir em casa. Embora seja uma face de comércio, é uma face que olha para o imigrante", relata.
Começa a obra da ponte da Rua Campo Bom, em Canudos
Novo Hamburgo - Uma demanda antiga dos moradores da Rua Campo Bom, no bairro Canudos, começou a ser solucionada neste mês, com o início das obras de uma ponte de concreto sobre o Arroio Pampa. No local, existia uma construção de madeira, que após uma chuva forte ficou muito avariada, sendo interditada preventivamente para o tráfego.
Agora, os trabalhos estão na fase de movimentação de terra e preparo para a execução das fundações dos pilares da ponte. A construção terá 232,32 metros quadrados, com largura de 24 metros e comprimento de 9,60 metros. A estrutura será pré-moldada em concreto armado e todo o trecho será recapeado com novo asfalto.
Além da ponte, serão executadas redes de drenagem de 400 milímetros em tubos de concreto para captação pluvial que converge para a ponte. Essa intervenção minimiza a possibilidade de alagamentos.
"Esta era a última ponte de madeira ao longo do Arroio Pampa e a nova estrutura de concreto permitirá uma melhor mobilidade para os moradores da região", explica a secretária de Obras Públicas, Serviços Urbanos e Viários (Semopsu), Greyce da Luz.
?O valor investido pela prefeitura de Novo Hamburgo para a execução da obra ficará em torno de R$ 871 mil, com previsão de término até o final do primeiro semestre deste ano.
Como forma de reconhecer o empenho no processo de aprimoramento da governança migratória, seis cidades da região receberam o selo MegaCidades de 2022. A certificação elenca estados e municÃpios que trabalham com polÃticas voltadas à migração. No Rio Grande do Sul, até fevereiro de 2022, o Sistema de Registro Nacional Migratório (Simigra) registrou 98.088 migrantes.
O selo faz parte do processo de certificação da plataforma "MigraCidades: Aprimorando a Governança Migratória Local no Brasil", lançada em 2020 pela Organização Internacional para as Migrações (OIM), agência da Organização das Nações Unidas (ONU), em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) e apoio da Escola Nacional de Administração Pública (Enap). Foram certificados 56 municÃpios de 11 estados, dentre eles Novo Hamburgo, Montenegro, São Leopoldo, Canoas, Cachoeirinha e Esteio.
Obtenção
Para obter o selo, foi necessário o cumprimento de algumas etapas, como explica a diretora de Assistência Social de Montenegro, Carliane Pinheiro. Diagnósticos foram realizados para compreender o perfil e o número de migrantes atendidos no municÃpio, além da elaboração de uma matriz de dimensões que a cidade escolhe dar prioridade no desenvolvimento ao longo do ano, como a capacitação de servidores públicos, ampliação de ofertas dos cursos e atendimento sensÃvel e qualificado.
Com o mapeamento, a Secretaria Municipal de Habitação, Desenvolvimento Social e Cidadania (SMHAD) conseguiu identificar 302 migrantes na cidade, vindos da Venezuela, Haiti e Senegal.
Na cidade, um Espaço do Imigrante foi estruturado junto ao Centro de Referência de Assistência Social (Cras) Borboletas. No local, é feito o acolhimento e a escuta qualificada pelos profissionais da assistência social. "Em Montenegro é ofertado o cabide solidário com roupas e calçados, o banco de materiais com doações da comunidade como móveis e utensÃlios. Setor de qualificação profissional com elaboração de currÃculos que encaminhamos à s empresas, benefÃcios eventuais como cesta básica e passagem, assim como encaminhamentos necessários de cada imigrante", cita a diretora de Assistência Social de Montenegro.
Mistura de culturas em Esteio
As prioridades para a construção de ações voltadas à inclusão das pessoas migrantes na sociedade foram cumpridas em Esteio. E este é o terceiro ano consecutivo que o município recebe a certificação e pretende não parar. Na cidade, em 2022 foram 1.500 atendimentos para migrantes, sendo 742 venezuelanos, 47 cubanos, 12 uruguaios, 10 chilenos, oito senegaleses, seis haitianos e um da República Dominicana.
No município há o Espaço Mundo, vinculado à Secretaria Municipal de Direitos Humanos. De acordo com a responsável pelo Espaço Mundo e acolhimento de migrantes e refugiados, psicopedagoga Neide Ittner, o local já se tornou referência aos migrantes por prestar serviços de acolhimento. "A gente trabalha muito com a prevenção. Nós realizamos a escuta, inserção laboral, fazemos currículo deles, imprimimos e encaminhamos ao Sine. Eles saem daqui com todas as orientações para poderem usufruir das políticas públicas do município e a documentação prévia exigida para a regularização migratória", conta.
Neide se orgulha em afirmar que Esteio é uma cidade que acolhe os migrantes. Os costumes de quem está longe de suas origens vai, aos poucos, adentrando na cultura local. A psicopedagoga relata que a emoção tomou conta dela quando, em uma ida ao supermercado, encontrou na prateleira a farinha de milho cozida, elemento fundamental para a arepa, um dos pratos típicos da culinária venezuelana. "É o município fazendo o imigrante se sentir em casa. Embora seja uma face de comércio, é uma face que olha para o imigrante", relata.
Começa a obra da ponte da Rua Campo Bom, em Canudos
Novo Hamburgo - Uma demanda antiga dos moradores da Rua Campo Bom, no bairro Canudos, começou a ser solucionada neste mês, com o início das obras de uma ponte de concreto sobre o Arroio Pampa. No local, existia uma construção de madeira, que após uma chuva forte ficou muito avariada, sendo interditada preventivamente para o tráfego.
Agora, os trabalhos estão na fase de movimentação de terra e preparo para a execução das fundações dos pilares da ponte. A construção terá 232,32 metros quadrados, com largura de 24 metros e comprimento de 9,60 metros. A estrutura será pré-moldada em concreto armado e todo o trecho será recapeado com novo asfalto.
Além da ponte, serão executadas redes de drenagem de 400 milímetros em tubos de concreto para captação pluvial que converge para a ponte. Essa intervenção minimiza a possibilidade de alagamentos.
"Esta era a última ponte de madeira ao longo do Arroio Pampa e a nova estrutura de concreto permitirá uma melhor mobilidade para os moradores da região", explica a secretária de Obras Públicas, Serviços Urbanos e Viários (Semopsu), Greyce da Luz.
?O valor investido pela prefeitura de Novo Hamburgo para a execução da obra ficará em torno de R$ 871 mil, com previsão de término até o final do primeiro semestre deste ano.
Como forma de reconhecer o empenho no processo de aprimoramento da governança migratória, seis cidades da região receberam o selo MegaCidades de 2022. A certificação elenca estados e municÃpios que trabalham com polÃticas voltadas à migração. No Rio Grande do Sul, até fevereiro de 2022, o Sistema de Registro Nacional Migratório (Simigra) registrou 98.088 migrantes.