No bairro Canudos, em Novo Hamburgo, a Casa Verde se destaca como um verdadeiro exemplo de solidariedade e sustentabilidade. Conhecida por transformar materiais recicláveis em itens essenciais para os mais necessitados, a instituição reúne mulheres voluntárias que dedicam seu tempo e habilidades para fazer a diferença de muita gente.
O trabalho voluntário ganhou ainda mais relevância após as enchentes e a chegada do frio intenso no Rio Grande do Sul. Mesmo com um cenário de desafios, elas encaram a vida com leveza. Ao som de Beijinho doce, as senhoras trabalham, com mãos ágeis e experientes, em artesanatos doados para quem mais necessita.
A voluntária Adriana Maria Pirolla, de 65 anos, reforça o impacto positivo do trabalho na vida das voluntárias e compartilha com orgulho que a maioria dos itens produzidos é feita a partir de materiais reaproveitados. “Aqui, tudo é aproveitado”, explica, mostrando os coletes de bebê entregues ao Hospital Centenário, em São Leopoldo. “Hoje, foram 17 kits de bebês para o hospital. Há alguns dias, entregamos mais.”
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A instituição conta com a participação ativa de 32 mulheres, que se reúnem às segundas e quartas-feiras para confeccionar roupas, cobertores, bonecas e brinquedos. O trabalho delas beneficia não apenas o hospital, mas também escolas como a Tancredo Neves e a Vila das Flores, além de lares de idosos e crianças.
Trabalho que faz diferença
Dora Maria Bergold, 72, enfatiza a importância do trabalho para a comunidade. “Nosso trabalho sempre vai para um lar de crianças, escolas ou lares de idosos. As mantas e toucas que estamos finalizando serão doadas para um lar de idosos”, diz Dora, mostrando as peças confeccionadas com sobras de lã doadas.
Com o período pós-enchente e a onda de frio, a demanda pelos itens produzidos pela Casa Verde aumentou significativamente. “Toda vez que venho, alguma coisa está saindo para doação”, menciona Judite Nascher, 74. “Agora, por exemplo, levaram kits para recém-nascidos no Hospital Centenário, em São Leopoldo.”
Doações são bem-vindas
Apesar do trabalho incansável, a Casa Verde enfrenta desafios constantes, especialmente na obtenção de materiais. A coordenadora Ana Maria Assmann da Rosa destaca a importância das doações. “Sempre necessitamos de fibra siliconada para preencher bonecos e travesseiros, além de lã.” Embalagens de medicamentos também são úteis. Quem quiser doar, pode ir à Rua Pedro Ribeiro de Araújo, 26.
Troca de experiências
Rosa Maria Henkel Lopes, instrutora de crochê, conta sobre como o espaço é essencial e transforma não apenas a vida dos outros, mas a delas também. “Ensino as pessoas que querem aprender crochê e tricô. Se eu não venho aqui algum dia, fico muito esquisita, falta algo”, explica. Ela destaca a presença de uma psicóloga que atende gratuitamente as voluntárias, proporcionando um espaço de apoio e troca de experiências.
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