INVESTIGAÇÃO

Mulher tenta vender colchões recebidos de doação e vira alvo da Polícia em Esteio; entenda

Colchões haviam sido doados às vítimas da enchente pela prefeitura

Publicado em: 06/07/2024 11:26
Última atualização: 06/07/2024 12:05

A oferta de colchões em um grupo de vendas nas redes sociais virou caso de Polícia em Esteio. Isso porque os itens ofertados haviam sido repassados à "vendedora" pela prefeitura da cidade, como doação às vítimas da enchente.

No grupo, a mulher tentava vender dois colchões novos de solteiro por R$ 170. O fato foi denunciado à Guarda Municipal de Esteio, que repassou o caso à Polícia Civil. 

Na tarde de sexta-feira (5), agentes da Delegacia de Polícia da cidade foram até a casa da suspeita, e apreenderam um colchão Foto: Reprodução

Na tarde de sexta-feira (5), agentes da Delegacia de Polícia da cidade foram até a casa da suspeita, e apreenderam um colchão. De acordo com o delegado Marco Swirski, que coordenou a ação, foi instaurado um inquérito para apuração do crime de apropriação indébita. A idade da mulher e o bairro onde ela mora não foram divulgados. 

A rápida ação da Polícia Civil foi destacada pelo prefeito Leonardo Pascoal em suas redes sociais. "Hoje a Polícia Civil fez uma "visita" a uma "esperta" que estava vendendo colchões doados pela Prefeitura, após investigação. A denúncia havia sido recebida pela Guarda Municipal, que identificou a possível suspeita. Espero que sirva de lição para aqueles que tentam se beneficiar às custas de quem mais precisa", escreveu Pascoal. 

Esta não foi a primeira ação policial envolvendo moradores de Esteio e doações feitas às vítimas da catástrofe. No mês passado, pai e filha foram investigados suspeitos de desviar donativos que deveriam ser entregues aos atingidos pela cheia na cidade.

Naquela investida policial, foram recuperados mais de uma tonelada de donativos, que eram mantidos em casas dos investigados em Esteio e Capão da Canoa. 

Os investigados de 60 e 31 anos, eram moradores do bairro Vila Olímpica e que também têm residência no litoral. Eles não haviam sido atingidos pela cheia. A Polícia apurou que a família utilizou-se do estado de calamidade pública para aproximar-se de centros de distribuição, arrecadando os donativos para benefício próprio, usando veículos particulares para armazenar as doações desviadas.

Os dois não foram presos, mas segundo o delegado, responderão pelo crime de peculato.

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