CASO NA JUSTIÇA

Mulher encontrada concretada na geladeira foi morta durante discussão; companheiro se torna réu

Casal estava junto há mais de cinco anos; homem morava com a mulher em Osório

Publicado em: 29/07/2024 09:43
Última atualização: 29/07/2024 09:43

Em janeiro deste ano, um crime bárbaro chocou o Rio Grande do Sul. O corpo de Nara Denise dos Santos, de 62 anos, foi encontrado esquartejado e concretado na geladeira de casa, em Osório. O companheiro da mulher, o comerciante Marcos do Nascimento Falavigna confessou o crime. 


Casa da aposentada estava revirada Foto: Brigada Militar

No fim de fevereiro, Falavigna foi denunciado pelo Ministério Público (MPRS). Conforme a denúncia, ele matou a companheira asfixiada. Ele foi acusado de feminicídio, com agravante por motivo fútil, pois o assassinato ocorreu após discussão do casal. Além disso, ele responderá pela ocultação do cadáver. A Justiça aceitou a denúncia dias depois e ele se tornou réu no processo.

A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Falavigna. O espaço segue aberto para manifestação.

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Relembre o caso

O corpo de Nara foi encontrado no dia 6 de janeiro. Conforme amigos e parentes, o namoro teria começado em 2018. Em outubro de 2020, eles começaram a morar juntos na casa dela, na Rua Pinheiro Machado, no bairro Sulbrasileiro.

Marcos do Nascimento Falavigna e Nara Denise dos Santos moravam na casa da vítima em Osório Foto: Reprodução

Candidata a vereadora na cidade natal pelo PDT, ela contou com o engajamento do companheiro na campanha eleitoral. Fez 108 votos e não se elegeu. A união prosseguiu, com declarações de amor e fotos juntos nas redes sociais.

Homem é de Canoas

Natural de Canoas, Falavigna já tinha cumprido pena no regime aberto em Tramandaí por furto. Trabalhava como vigilante na época do crime, em 2013. Depois, se aventurou em vários negócios em Osório. Abriu uma empreiteira de obras e depois um posto de lavagem de veículos. Também lidou com promoção de eventos e se anunciava como cuidador de idosos.

Acusado avisou policiais sobre o corpo e confessou

Falavigna foi a um posto da Brigada Militar em Imbé e avisou que a mulher estava morta em casa. Os policiais levaram o denunciante à residência em Osório. Ao chegar ao imóvel, os brigadianos depararam com um ambiente bagunçado. O corpo estava em uma geladeira, deitada no piso e coberta de concreto. No quintal, havia cimento fresco espalhado pelo chão, junto a uma mangueira de grande comprimento.

Diante do cenário, Falavigna confessou. Relatou brigas com a vítima e tentou justificar o assassinato com um argumento sobrenatural. Afirmou que estava sob influência maligna. Autuado em flagrante por feminicídio e ocultação de cadáver, foi levado à Penitenciária Modulada Estadual de Osório.

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