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ESPORTE

Muay thai: Mestre Kiko em busca do sonho e do cinturão

Canoense necessita de R$ 15 mil para disputar o Campeonato Mundial de Muay Thai 2024, na Tailândia

Taís Forgearini
Publicado em: 25/10/2023 às 09h:50 Última atualização: 25/10/2023 às 09h:51
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O lutador de muay thai Francisco Valmini Trois, conhecido como Kiko, de 41 anos, conquistou vaga para o Campeonato Mundial de Muay Thai 2024, em Bangkok, na Tailândia. Para participar da competição, que ocorre de 2 a 5 de fevereiro, o canoense está em busca de recursos para custear a viagem.

Kiko almeja título inédito na carreira de lutador



Kiko almeja título inédito na carreira de lutador

Foto: PAULO PIRES/GES

O custo estimado é de cerca de R$ 15 mil, os valores contemplam a inscrição, passagem (ida e volta), estadia e alimentação. “Talvez seja a minha última oportunidade de disputar o mundial. Conquistei essa vaga três anos seguidos, porém, não pude disputar nenhuma vez. A falta de dinheiro me impossibilitou. É o meu sonho. É o título que ainda não tenho”, salienta.

Para arrecadar fundos para competir, Kiko abriu uma vaquinha on-line no site www.vakinha.com.br, denominada “Mestre Kiko juntos por um sonho” – ID da vaquinha 4159278. As doações, de qualquer valor, também podem ser feitas via pix – chave – (51) 99269.5008. “Criei uma rifa para sortear artigos de luta. Estou planejando fazer outra com itens gerais, ou seja, que não sejam de nicho.”

O lutador explica que estipulou como meta para a vaquinha on-line R$ 10 mil. “Com esse valor pago a inscrição [em dólar] e as passagens. Os outros R$ 5 mil espero conseguir por meio do pix e das rifas, para custear a alimentação e a estadia no hotel. Ficarei mais de uma semana lá, é necessário ir uns dias antes do início do campeonato”, explica.

Kiko lamenta a falta de patrocínio, mesmo após ter sido convocado para representar a seleção brasileira no mundial. “É essencial para custear as despesas individuais do atleta”, diz.

Começo da jornada no esporte

Por influência do pai, Kiko conheceu o mundo da luta. “Quando era criança, meu pai falava que era lutador de boxe, porém, ele só treinava, não competia. Aos 12 anos comecei a praticar capoeira, fiz por seis meses”, relembra.

O muay thai entrou na vida do canoense quando ele tinha 19 anos. “Depois disso, não parei mais. Em cinco meses de treino, eu fiz a primeira luta [em competição]. Um dos meus objetivos era me tornar professor. Em 2008, consegui abrir uma academia para dar aula. Nessa época, eu ainda trabalhava como torneiro mecânico durante o dia e à noite dava aula de muay thai, boxe e kickboxing.”

Em 2015, Kiko passou a viver somente das aulas da academia. “É um pequeno negócio. Ministro aulas e luto. Fiquei sem competir por um tempo, retornei em 2018.”

Títulos conquistados, luta contra o tempo e confiança

Kiko luta muay thai há 22 anos. No esporte profissional, o morador do bairro Mathias Velho foi campeão sul-americano, quatro vezes campeão brasileiro e cinco vezes campeão estadual. “Minha categoria é “superpesado”, ou seja, mais de 91 kg. No mundial ainda não sei quem serão os adversários e nem quantas lutas farei. Quem conquistou a vaga necessita fazer e pagar a inscrição equivalente a cerca de R$ 1,3 mil. Tenho até o dia 10 de novembro para concretizar a minha participação”, esclarece.

Confiante com a vitória, o lutador conta que a idade pode ser um empecilho no futuro. “Minha corrida é para poder participar do mundial do próximo ano. Pode ser a minha última chance. Meu corpo está há 22 anos sendo utilizado para lutas. O desgaste é natural, embora, esteja bem fisicamente e vencendo as lutas, logo mais, terei que me aposentar”, reflete.

Interessados em ajudar e/ou patrocinar Kiko podem entrar em
contato pelo telefone (51) 99269-5008. “Estou confiante para conseguir ir e voltar com o cinturão”, finaliza.

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