Um motorista de aplicativo foi encontrado morto a tiros dentro do próprio carro na noite de segunda-feira (24), em São Leopoldo. O caso aconteceu no bairro Arroio da Manteiga. Segundo a Brigada Militar, uma guarnição foi despachada para averiguar a situação de um homem encontrado baleado dentro de um Renault Logan batido na Rua Georg Hoefel.
Ao chegarem ao local, os policiais encontraram a vítima já em óbito. O homem morto foi identificado pela Polícia como Nicolas Eduardo Zahn dos Santos, 28 anos. O caso é investigado pela Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DPHPP) da cidade.
Procurada pela reportagem, a titular da DPHPP leopoldense, a delegada Mariana Lamar Pires Studart, disse não poder repassar mais informações sobre a ocorrência, pois o caso está sob investigação.
Preocupação e tristeza de colegas
A incerteza sobre como e por que o motorista de aplicativo foi morto traz preocupação e tristeza aos colegas de função. Um deles, que prefere não se identificar, conta que conhece Nicolas há cinco anos, pois ambos trabalhavam juntos em uma empresa de Portão.
Para aumentar a renda da família, ele começou a atuar também como motorista de aplicativo há três anos para duas plataformas.
“Ele trabalhava na empresa comigo, de manhã, e como motorista, de tarde. Começava a partir das 4 horas da tarde e ia até as 22 horas nos aplicativos. Ele não tinha briga, rixa com ninguém. Não tinha inimizades”, comentou o colega.
Ele soube que o dinheiro e o celular de Nicolas não estavam com ele quando o corpo foi encontrado. “Queremos descobrir o que aconteceu, pra não ficar impune. Ninguém tinha motivo para fazer isso. Ele era um guri bom, deixou esposa e uma filha de 6 anos”, lamentou.
Reforçando que a sensação atual é de medo e impunidade, o colega diz que estão tentando saber agora para qual das plataformas ele trabalhava no momento do crime e os dados da última corrida que ele fez.
“Eu comecei (a fazer corridas por aplicativo) por causa dele. Mas a sensação de insegurança pelo que está se passando ultimamente é muito grande. Éramos três amigos, que trabalhavam todo dia, pelo menos 5 horas juntos. Estamos buscando forças. Mas nossa ideia agora é largar o trabalho com aplicativo e ficar só na empresa, pois está muito perigoso”, completou.
Até o início da tarde, o corpo de Nicolas seguia no Instituto-Geral de Perícias (IGP), em Porto Alegre, para apurar as causas da morte. Ainda não há informações sobre velório e enterro.
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