DADOS DE 2023
Mortes por dengue chegam a 14 no RS; idosos são as principais vítimas
Médico explica que risco de morte pela doença entre pessoas mais velhas chega a ser 12 vezes maior; veja recomendações
Última atualização: 05/03/2024 10:23
Idosos têm sido as principais vítimas da dengue em 2023 no Rio Grande do Sul. Entre os 14 óbitos pela doença registrados no Estado, dez correspondem a pessoas com mais de 60 anos. Os dados foram atualizados nesta quarta-feira (26) pela Secretaria Estadual de Saúde (SES).
Na região de cobertura do Grupo Sinos, três mortes foram contabilizadas, sendo duas de idosos. A faixa-etária foi confirmada pelas prefeituras de Lindolfo Collor e Morro Reuter. Já em Gramado, a vítima da dengue foi uma mulher com mais de 40 anos, que não teve a idade exata divulgada.
As demais mortes no Estado aconteceram em Bento Gonçalves, Encantado, Ibirubá (2), Ijuí (3), Joia, Nova Alvorada, Novo Barreiro e Selbach.
Confirmações nesta quarta
Até terça-feira (25), a SES havia registrado 11 óbitos por dengue, mas, nesta quarta, outros três casos foram confirmados.
Segundo a pasta, as confirmações mais recentes são de uma senhora de 85 anos, com comorbidades, moradora de Nova Alvorada; de uma residente de Encantado de 33 anos, sem comorbidades; e de um senhor de Ibirubá de 77 anos, com comorbidades. As mulheres morreram no dia 15, e o homem, no dia 16 de abril.
Risco 12 vezes maior
De acordo com o geriatra Leandro Minozzo, professor do curso de Medicina da Universidade Feevale, os idosos possuem risco mais elevado de mortalidade por dengue em relação aos adultos. "Esse risco chega a ser 12 vezes maior", sublinha.
Minozzo explica que o paciente idoso, ao contrair dengue, já é classificado como risco B, apenas pela faixa- etária.
"Isso nos faz ficarmos mais atentos aos sinais de alerta da doença, ao monitoramento com exames laboratoriais e à hidratação adequada. Considero que o diagnóstico feito tardiamente aumenta bastante o risco das complicações em idosos, que, em geral, não fazem febre ou apresentam 37,2 graus como indicativo febril."
Recomendações
Ele alerta que qualquer sinal de prostração, dores ou perda de apetite deve fazer a família buscar avaliação médica.
"As cidades da região também devem capacitar os profissionais de saúde para conseguir fazer o diagnóstico e o tratamento em idosos", avalia. "Garantir o acesso aos exames, como o NS1, ajuda e muito numa epidemia. Quanto ao cuidado preventivo, sugiro usar repelentes, telas nas janelas e eliminar os focos do mosquito", conclui.
Saiba mais
Sintomas:
- febre alta, entre 39 e 40 graus, com duração de dois a sete dias;
- dor atrás dos olhos;
- dor de cabeça, no corpo e nas articulações;
- mal-estar geral;
- náusea;
- vômito;
- diarreia;
- manchas vermelhas na pele, com ou sem coceira.
No atendimento médico, a pessoa é avaliada sobre os fatores de risco: se é idosa, se possui comorbidades e qual o quadro da doença, feito a partir de diagnóstico clínico e de exames laboratoriais.
Doença e prevenção
A dengue é uma doença infecciosa viral, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, que deve ter sua proliferação controlada no ambiente. Medidas de limpeza para eliminação de criadouros com água nos pátios e quintais das residências, e aplicação de inseticida nos municípios são alternativas preventivas.
Para a proteção individual, a SES orienta o uso de repelentes e mosquiteiros.
Ações dos municípios
Lindolfo Collor - A secretária municipal de Saúde, Greice Taiana Weber, reforça que, além de ações da prefeitura, a comunidade deve fazer a sua parte para eliminar o mosquito. O município aplica o ovitrampas, que são armadilhas para atrair o mosquito, possibilitando a coleta dos ovos.
O Estado, explica Greice, enviou material para 50 armadilhas, porém, o município fez mais armadilhas para outros 14 pontos. Além disso, a cidade realiza mensamente a coleta de objetos e eletrodomésticos nas residências que não são mais usados e que podem servir de depósitos dos ovos. Busca ainda notificar moradores que não cumprem a sua parte.
Morro Reuter - O município tem desenvolvido ações de conscientização nas escolas, e intensificado alertas e orientações de cuidados por meio das redes sociais do município. Ainda há vistorias domiciliares, monitoramento dos casos suspeitos e dedetização com um inseticida específico.
Em casos de positivos e onde é encontrado focos de larvas é feita a aplicação do UBV Cielo para controle de mosquitos adultos, e intensificado o trabalho de eliminação de focos e de acompanhamento dos moradores para evitar outros possíveis casos.
Gramado - A diretora da Vigilância em Saúde, Flavia Oliveira, explica que, entre as ações realizadas de combate à dengue há palestras em escolas, visitas a residências, vistoria de criadouros, entrega de materiais educativos, divulgação em redes sociais e rádios sobre importância da eliminação de pontos de acúmulo de água e dicas de prevenção.
Além disso, a prefeitura está adquirindo testes rápidos para UBSs e Hospital Arcanjo São Miguel.
Óbitos por dengue em 2023 no RS
- Ijuí - 3
- Ibirubá - 2
- Bento Gonçalves - 1
- Encantado - 1
- Gramado - 1
- Joia - 1
- Lindolfo Collor - 1
- Morro Reuter - 1
- Nova Alvorada - 1
- Novo Barreiro - 1
- Selbach - 1
Idosos têm sido as principais vítimas da dengue em 2023 no Rio Grande do Sul. Entre os 14 óbitos pela doença registrados no Estado, dez correspondem a pessoas com mais de 60 anos. Os dados foram atualizados nesta quarta-feira (26) pela Secretaria Estadual de Saúde (SES).
Na região de cobertura do Grupo Sinos, três mortes foram contabilizadas, sendo duas de idosos. A faixa-etária foi confirmada pelas prefeituras de Lindolfo Collor e Morro Reuter. Já em Gramado, a vítima da dengue foi uma mulher com mais de 40 anos, que não teve a idade exata divulgada.
As demais mortes no Estado aconteceram em Bento Gonçalves, Encantado, Ibirubá (2), Ijuí (3), Joia, Nova Alvorada, Novo Barreiro e Selbach.
Confirmações nesta quarta
Até terça-feira (25), a SES havia registrado 11 óbitos por dengue, mas, nesta quarta, outros três casos foram confirmados.
Segundo a pasta, as confirmações mais recentes são de uma senhora de 85 anos, com comorbidades, moradora de Nova Alvorada; de uma residente de Encantado de 33 anos, sem comorbidades; e de um senhor de Ibirubá de 77 anos, com comorbidades. As mulheres morreram no dia 15, e o homem, no dia 16 de abril.
Risco 12 vezes maior
De acordo com o geriatra Leandro Minozzo, professor do curso de Medicina da Universidade Feevale, os idosos possuem risco mais elevado de mortalidade por dengue em relação aos adultos. "Esse risco chega a ser 12 vezes maior", sublinha.
Minozzo explica que o paciente idoso, ao contrair dengue, já é classificado como risco B, apenas pela faixa- etária.
"Isso nos faz ficarmos mais atentos aos sinais de alerta da doença, ao monitoramento com exames laboratoriais e à hidratação adequada. Considero que o diagnóstico feito tardiamente aumenta bastante o risco das complicações em idosos, que, em geral, não fazem febre ou apresentam 37,2 graus como indicativo febril."
Recomendações
Ele alerta que qualquer sinal de prostração, dores ou perda de apetite deve fazer a família buscar avaliação médica.
"As cidades da região também devem capacitar os profissionais de saúde para conseguir fazer o diagnóstico e o tratamento em idosos", avalia. "Garantir o acesso aos exames, como o NS1, ajuda e muito numa epidemia. Quanto ao cuidado preventivo, sugiro usar repelentes, telas nas janelas e eliminar os focos do mosquito", conclui.
Saiba mais
Sintomas:
- febre alta, entre 39 e 40 graus, com duração de dois a sete dias;
- dor atrás dos olhos;
- dor de cabeça, no corpo e nas articulações;
- mal-estar geral;
- náusea;
- vômito;
- diarreia;
- manchas vermelhas na pele, com ou sem coceira.
No atendimento médico, a pessoa é avaliada sobre os fatores de risco: se é idosa, se possui comorbidades e qual o quadro da doença, feito a partir de diagnóstico clínico e de exames laboratoriais.
Doença e prevenção
A dengue é uma doença infecciosa viral, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, que deve ter sua proliferação controlada no ambiente. Medidas de limpeza para eliminação de criadouros com água nos pátios e quintais das residências, e aplicação de inseticida nos municípios são alternativas preventivas.
Para a proteção individual, a SES orienta o uso de repelentes e mosquiteiros.
Ações dos municípios
Lindolfo Collor - A secretária municipal de Saúde, Greice Taiana Weber, reforça que, além de ações da prefeitura, a comunidade deve fazer a sua parte para eliminar o mosquito. O município aplica o ovitrampas, que são armadilhas para atrair o mosquito, possibilitando a coleta dos ovos.
O Estado, explica Greice, enviou material para 50 armadilhas, porém, o município fez mais armadilhas para outros 14 pontos. Além disso, a cidade realiza mensamente a coleta de objetos e eletrodomésticos nas residências que não são mais usados e que podem servir de depósitos dos ovos. Busca ainda notificar moradores que não cumprem a sua parte.
Morro Reuter - O município tem desenvolvido ações de conscientização nas escolas, e intensificado alertas e orientações de cuidados por meio das redes sociais do município. Ainda há vistorias domiciliares, monitoramento dos casos suspeitos e dedetização com um inseticida específico.
Em casos de positivos e onde é encontrado focos de larvas é feita a aplicação do UBV Cielo para controle de mosquitos adultos, e intensificado o trabalho de eliminação de focos e de acompanhamento dos moradores para evitar outros possíveis casos.
Gramado - A diretora da Vigilância em Saúde, Flavia Oliveira, explica que, entre as ações realizadas de combate à dengue há palestras em escolas, visitas a residências, vistoria de criadouros, entrega de materiais educativos, divulgação em redes sociais e rádios sobre importância da eliminação de pontos de acúmulo de água e dicas de prevenção.
Além disso, a prefeitura está adquirindo testes rápidos para UBSs e Hospital Arcanjo São Miguel.
Óbitos por dengue em 2023 no RS
- Ijuí - 3
- Ibirubá - 2
- Bento Gonçalves - 1
- Encantado - 1
- Gramado - 1
- Joia - 1
- Lindolfo Collor - 1
- Morro Reuter - 1
- Nova Alvorada - 1
- Novo Barreiro - 1
- Selbach - 1