DESPEDIDA

Morre o advogado de Canela que estava hospitalizado há mais de 100 dias lutando contra câncer

"Terei as memórias mais felizes porque a gente sempre foi muito feliz", descreve a esposa de Júnior Luis Vaz, de 34 anos

Publicado em: 29/12/2023 14:54

"Foi o homem mais bondoso, de coração puro, inteligente, íntegro, temente a Deus e gentil que eu já conheci e que tive o privilégio de compartilhar a vida por 17 anos". É assim que Jaqueline Medeiros descreve o marido Júnior Luis Vaz, de 34 anos.

Júnior com a esposa Jaqueline e a filha Helena Foto: Arquivo Pessoal
O advogado, morador de Canela, passou 137 dias hospitalizado em tratamento de um câncer e, no domingo, dia 24, faleceu em decorrência da doença.

Há mais de um ano, a família e amigos lutavam pela recuperação de Júnior e faziam constantes mutirões de doação de sangue para ele, que estava internado no Hospital da PUC, em Porto Alegre.

Jaqueline conta que, com o tempo, o câncer evoluiu para a medula e se tornou uma leucemia. "Ele precisava fazer o transplante, mas tínhamos que controlar a doença", explica, salientando que vários protocolos de quimioterapia foram realizados para a remissão, mas sem sucesso.

"A doença não deu trégua, os tratamentos disponíveis não foram suficientes. Mesmo o Júnior fazendo quimioterapias extremamente agressivas, a doença evoluiu de forma muito acelerada, fazendo com que ele ficasse muito debilitado", diz a esposa.

Boas lembranças

O advogado deixa também a pequena Helena, de 2 anos. “Fruto do nosso amor”, salienta. Os momentos foram difíceis, mas Jaqueline afirma que sempre lembrará do marido sorrindo.

“Quando me via, mesmo com dor, mesmo sofrendo, sempre abria um lindo sorriso para me receber. Terei as memórias mais felizes porque a gente sempre foi muito feliz. Eu sempre dizia que ele era o meu maior presente de Deus, meu porto seguro, meu melhor amigo, meu maior incentivador. Um pai maravilhoso, filho presente e amoroso com os pais, irmão maravilhoso e amigo de todos. Com certeza, tivemos uma grande perda, mas confiamos que Deus sempre sabe de todas as coisas e que a vontade de Deus sempre será soberana”, descreve Jaqueline.

Importância da doação

Durante todo o período em que encarou a doença, Júnior precisava constantemente realizar transfusões, para reposição das plaquetas. Eram necessários seis doadores para cada bolsa. “Estamos vendo o quanto é difícil e o quanto as pessoas não têm consciência da importância da doação de sangue”, disse Jaqueline à época ao Jornal de Gramado.

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