Morreu no fim da noite desta segunda-feira (13), aos 77 anos, Eliseu Padilha, um dos mais conhecidos políticos do Rio Grande do Sul. Natural de Canela e formado em Direito pela Unisinos, era filiado ao MDB desde 1966. Foi prefeito de Tramandaí, no litoral norte, deputado federal por quatro legislaturas (entre 1995 e 2011) e ministro nos governos de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB). Também assumiu cargos importantes no Estado. Deixa a esposa Simone, seis filhos e cinco netos. O velório será das 10 às 17 horas desta quarta-feira (15)*, no Palácio Piratini.
Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
Padilha estava internado no Hospital Moinhos de Vento desde o último dia 22 para tratamento contra o câncer. Ele enfrentava a doença desde 2018 e, nos últimos dias, seu estado de saúde piorou bastante. Fora da cena política desde o fim do governo Temer, quando ocupou espaço de protagonismo como ministro-chefe da Casa Civil, Padilha chegou a participar de um encontro do MDB gaúcho no fim do ano passado e, no início de fevereiro, da posse de Vilmar Zanchin (MDB) na presidência da Assembleia.
O vice-governador Gabriel Souza (MDB), que é do litoral, a mesma região do Estado onde Padilha consolidou sua carreira política, lamentou a morte do ex-ministro. “Foi companheiro, amigo e um dos meus maiores incentivadores na vida pública”, escreveu em uma rede social. Acrescentou que Padilha era “emedebista raiz, político nato e um líder que sempre acreditou nos seus”.
O ex-prefeito de Canoas e deputado federal Luiz Carlos Busato (União Brasil) escreveu: “Deus lhe acolha, ministro”. Alceu Moreira, emedebista histórico no Estado, também lamentou a morte do colega de partido. “O MDB perde um grande líder. Padilha sempre se destacou por onde passou”, resumiu o parlamentar. No meio político, o ex-ministro era reconhecido tanto por aliados quanto por adversários como articulador habilidoso e profundo conhecedor dos trâmites e das “manias” do Congresso Nacional.
No início deste mês, já internado, Padilha soube que fora absolvido pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) no caso que ficou conhecido como “Quadrilhão do MDB”. Em 2017 ele foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) como membro de um suposto esquema criminoso que seria liderado por Michel Temer. Em maio do ano passado Padilha foi absolvido na Justiça Federal de Brasília, decisão que foi confirmada há uma semana pelo TRF-1.
* Informação alterada às 9 horas.
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