Falta de asfalto, lama e poças d’água são as principais reclamações de moradores de Sapiranga que precisam trafegar pela principal via de acesso da região noroeste da cidade à RS-239. A Rua Novo Hamburgo liga três bairros à rodovia: Oeste, Novo Centenário e Quatro Colônias. No trecho, há movimentação constante de pedestres e veículos.
Dos 1,8 mil km de extensão, mais da metade é de chão batido e está em obras desde setembro de 2022. O problema é que, conforme os moradores, quando chove, os buracos aumentam, e a rua vira um lamaçal. “A rua é horrível. Quando chove, é praticamente impossível transitar por aqui por causa da lama, e a obra que era pra resolver isso só piorou”, critica o morador Jorge Fragoso, 52 anos.
Para Jardelina Martins, 71, o problema é a lentidão no andamento dos trabalhos no local. “Infelizmente, a demora dessa obra está prejudicando muita gente, parece que não anda, é muito complicado”, lamenta.
Imprevistos
Segundo o secretário de Planejamento, Habitação, Segurança e Mobilidade de Sapiranga, Maurício Regla, o trabalho no trecho entre a Rua Érico Veríssimo e a RS-239 não parou, mas sofreu alterações devido ao volume de chuva e a imprevistos encontrados no decorrer das escavações, como tubulações que precisaram ser removidas.
“Estamos atentos em relação à canalização da Sulgás que ali passa, então eventualmente é necessário realizarmos uma escavação mais lenta para proteger a tubulação”, observa o titular da pasta, destacando as condições desfavoráveis do solo na região. “É muito arenoso, o que ocasiona barro em dias de pancadas de chuva, mesmo que em pouca quantidade. Por isso, interrupções periódicas no trânsito do local também serão feitas, visando à segurança de trabalhadores e comunidade”, adianta.
Chuva atrapalha
Em relação às reclamações sobre a demora na conclusão das obras, o engenheiro da Secretaria, Rafael Breyer, ressalta que os trabalhos seguem o cronograma estabelecido. “Tivemos alguns ajustes dentro do contrato justamente por termos encontrado um cenário diferente durante a execução do trabalho, mas nada que alterará muito a previsão de conclusão”, garante.
A estimativa inicial era que a obra fosse entregue no mês que vem.
O secretário Regla, ressalta que, durante o período de chuva, as obras de terraplanagem, drenagem e pavimentação não podem ser executadas. “Pavimentação, por exemplo, não se faz durante a chuva, porque existe compactação de solo e uma série de outras questões, que não podem ser feitas no período chuvoso. Assim, o certo é não se fazer nem drenagem durante a chuva. É o procedimento que estamos adotando porque queremos entregar um bom serviço, que não apresentará problemas estruturais posteriormente. Mesmo que o cronograma da obra demore um pouco mais”, afirma.
O projeto
Atualmente, a obra passa pela fase de terraplenagem, quando é realizado o rebaixamento da colina de um dos trechos da via. As melhorias incluem pavimentação asfáltica de mil metros da Rua Novo Hamburgo, e de um trecho de 122 metros da Rua Carlos Gilberto Weis, que dá acesso ao IFSul (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense).
Também é feito o trabalho de drenagem, meio-fio, pintura e sinalização viária. O orçamento inicial é de R$ 2,3 milhões, sendo R$ 1,6 milhão garantido por meio de convênio com o Pavimenta RS. O restante é contrapartida da Prefeitura de Sapiranga.
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