ESPERA ANGUSTIANTE

Moradores e empresários fazem vigília esperando a água baixar em bairro de Esteio

Com medo de saques nas casas e estabelecimentos comerciais, moradores e empresários se revezam dias e noites sobre o viaduto da Avenida Senador Salgado Filho.

Publicado em: 08/05/2024 13:24
Última atualização: 08/05/2024 15:54

Uma espera angustiante. Assim têm sido os últimos dias para dezenas de pessoas que moram ou que têm negócios no bairro Três Portos, em Esteio, um dos mais atingidos pela enchente na cidade. Desde sábado (4) a água começou a acumular nas ruas, obrigando muita gente a sair de casa. Na localidade, trechos das pistas central e as laterais da BR-116, em ambos os sentidos, também seguem alagados, exigindo atenção de motoristas que trafegam na rodovia para os desvios, sinalizados com cones. 

Com medo de saques nas casas e estabelecimentos comerciais, moradores e empresários se revezam dias e noites sobre o viaduto da Avenida Senador Salgado Filho Foto: Renata Strapazzon/GES-Especial

Com medo de saques nas casas e estabelecimentos comerciais, moradores e empresários se revezam dias e noites em uma vigília sobre o viaduto da Avenida Senador Salgado Filho. Proprietário de um hotel às margens da BR-116, Diego Luís Zambiasi, conta que a água começou a invadir o local no final da noite de sexta-feira (3).

"No sábado já não conseguimos acessar o hotel. Lá a água chegou a cerca de um metro, e na pousada, que fica próxima, subiu dois metros", conta. Segundo ele, os últimos dias têm sido exaustivos. "Estamos muito cansados, mas nos revezando para mantermos a segurança do nosso patrimônio. Não temos muito o que fazer. É esperar. Hoje a água já baixou bastante, o que nos motiva", comenta. 

Casas e comércios foram invadidos pelas águas no bairro Três Portos Foto: Renata Strapazzon/GES-Especial

"Conseguimos salvar nossos documentos e algumas poucas roupas. É uma tristeza muito grande. Nossa casa ficou quase completamente debaixo d'água. Perdemos praticamente tudo. Já tínhamos passado por outros alagamentos, mas nenhum havia sido tão trágico como este. Não sei nem por onde recomeçar", lamenta a dona de casa Isabel Cristina Fonseca.  

 

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