NOVO HAMBURGO

Moradores aguardam solução para inundações em estrada 9 meses após denúncia

Ministério Público confirma a instauração de procedimento para apurar responsabilidade sobre o caso

Publicado em: 10/07/2024 12:13
Última atualização: 10/07/2024 12:15

Nove meses após organizarem abaixo-assinado para reivindicarem melhorias na Estrada Porto Satiro, moradores da localidade de Santa Maria do Butiá, no bairro Lomba Grande, em Novo Hamburgo, ainda seguem sem qualquer solução para as frequentes inundações na via.

As constantes ocorrências acabam isolando os moradores, que ficam impedidos de sair ou retornar para casa.


Essa é a situação da estrada Porto Satiro, no bairro Lomba Grande, em tempos de cheia Foto: Arquivo pessoal

No último dia 5, contudo, o Ministério Público (MP/RS) confirmou, por meio de publicação em Diário Oficial, a instauração de procedimento preparatório para apurar a situação e concluir de quem é a responsabilidade de intervir no caso.

Órgãos vinculados à prefeitura de Novo Hamburgo já foram notificados sobre o desdobramento da ação.

A tramitação do impasse no Ministério Público se arrasta desde outubro do ano passado, após moradores recolherem assinaturas em um abaixo-assinado e apresentarem uma denúncia formal à instituição.

Porém, a tramitação da denúncia só evoluiu agora, após idas e vindas de pedidos de esclarecimentos à prefeitura. O caso está sob a responsabilidade do promotor Sandro de Souza Ferreira.

Na época da denúncia, o morador Celso Inácio Steffen já relatava o jogo de empurra-empurra envolvendo o poder público.

“Nos pedem paciência, mais paciência que já temos? E a prefeitura alega que está priorizando a manutenção de outras vias do bairro por onde passam ônibus e caminhões. O problema é que a reclamação é geral por aqui [na Lomba Grande], o que alimenta a dúvida se estão fazendo algo ou só dando desculpas”, comentou.

Morador pede “solução pra ontem”

Enquanto isso, os moradores continuam enfrentando transtornos devido às péssimas condições da estrada de aproximadamente 3 quilômetros.

“O que a gente mais quer é a solução desse problema para ontem, se possível”, pontua Diego André Pereira, 34 anos, que foi quem formalizou a denúncia ao MP/RS. Conforme Pereira, nestes nove meses que se passaram, a situação da estrada piorou ainda mais.

Se antes, as inundações ocorriam em períodos de chuva torrencial, desde as enchentes de novembro do ano passado, a situação se agravou e tem afetado a vida profissional dos moradores.

“Nos últimos tempos, qualquer chuvinha que dá, a rua está inundando. Na última enchente [entre o final de abril e o mês de maio], fiquei duas semanas parado. Agora, quando começa a chover a gente já se prepara para sair de casa, porque o primeiro lugar que alaga é a nossa estrada”, destaca.

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