DESAGRADÁVEL
Morador de Novo Hamburgo encontra substâncias estranhas em molho de tomate
Após casos em diversas cidades gaúchas, morador relata aspecto podre em pacote de molho
Última atualização: 25/01/2024 16:32
Desde dezembro do ano passado, surgem casos pelo estado de clientes que, ao abrir embalagens de molho de tomate, se deparam com uma substância escura, de aspecto estranho, semelhante a mofo. Os primeiros relatos surgiram em Viamão, na região metropolitana. No entanto, os casos não pararam por aí. Há relatos também em São Leopoldo, Sapiranga, Dois Irmãos e Porto Alegre. E, desta vez, um morador de Novo Hamburgo foi surpreendido ao abrir um pacote da marca Fugini.
O aposentado Edson Pereira, de 73 anos, relata que vivenciou uma situação desagradável. “Minha esposa que comprou o molho. Quando foi abrir para botar na massa que ela estava preparando, bah, aquele troço podre dentro. Você olha dentro e tem uns pedaços que parecem podres e têm cheiro ruim”, relata.
O morador de Novo Hamburgo conta que havia comprado mais embalagens. Três delas permanecem fechadas e a família ficou com temor de consumi-las.
Amostras em análise
Cinco embalagens do molho de tomate da marca Fugini foram submetidas a estudos pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Estado (Lacen). De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), "todas [as amostras] tiveram resultados satisfatórios para consumo".
Segundo a investigação, produtos foram adquiridos em diferentes estabelecimentos comerciais de Viamão. A pasta informou ainda que "as análises realizadas foram microscópicas de pesquisa de matérias estranhas e contagem de filamentos micelianos (fungos)". No entanto, a SES informa que não é possível afirmar se há ou não presença de fungos.
Polícia investiga
A delegada Jeiselaure de Souza, responsável pelos casos em Viamão, explica que os três pacotes abertos no fim do ano passado estão sendo analisados pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP). "Aquelas amostras de molho que foram abertas, consumidas, ainda que parcialmente, por algumas das vítimas, essas foram encaminhadas ao IGP, e nós ainda estamos aguardando o retorno deles", explica. Segundo a delegada, houve uma nova denúncia na cidade desde dezembro.
O que diz a Fugini
A reportagem tentou contato com a Fugini, que não deu retorno até o fechamento desta reportagem.
Nas redes sociais, a marca publicou um passo a passo de como se forma bolor nos sachês, afirmando que "na etapa de enchimento do sachê, existem vários filtros com diâmetros milimétricos que impedem a passagem de qualquer material contaminante".
A Fugini explicou que "eventualmente podem ocorrer micro furos ou fissuras - imperceptíveis a olho nu" que podem contaminar o produto "pelo ar do meio ambiente, permitindo o desenvolvimento de microorganismos, e consequentemente o surgimento de bolor".
*Colaborou Nadine Funck
Desde dezembro do ano passado, surgem casos pelo estado de clientes que, ao abrir embalagens de molho de tomate, se deparam com uma substância escura, de aspecto estranho, semelhante a mofo. Os primeiros relatos surgiram em Viamão, na região metropolitana. No entanto, os casos não pararam por aí. Há relatos também em São Leopoldo, Sapiranga, Dois Irmãos e Porto Alegre. E, desta vez, um morador de Novo Hamburgo foi surpreendido ao abrir um pacote da marca Fugini.
O aposentado Edson Pereira, de 73 anos, relata que vivenciou uma situação desagradável. “Minha esposa que comprou o molho. Quando foi abrir para botar na massa que ela estava preparando, bah, aquele troço podre dentro. Você olha dentro e tem uns pedaços que parecem podres e têm cheiro ruim”, relata.
O morador de Novo Hamburgo conta que havia comprado mais embalagens. Três delas permanecem fechadas e a família ficou com temor de consumi-las.
Amostras em análise
Cinco embalagens do molho de tomate da marca Fugini foram submetidas a estudos pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Estado (Lacen). De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), "todas [as amostras] tiveram resultados satisfatórios para consumo".
Segundo a investigação, produtos foram adquiridos em diferentes estabelecimentos comerciais de Viamão. A pasta informou ainda que "as análises realizadas foram microscópicas de pesquisa de matérias estranhas e contagem de filamentos micelianos (fungos)". No entanto, a SES informa que não é possível afirmar se há ou não presença de fungos.
Polícia investiga
A delegada Jeiselaure de Souza, responsável pelos casos em Viamão, explica que os três pacotes abertos no fim do ano passado estão sendo analisados pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP). "Aquelas amostras de molho que foram abertas, consumidas, ainda que parcialmente, por algumas das vítimas, essas foram encaminhadas ao IGP, e nós ainda estamos aguardando o retorno deles", explica. Segundo a delegada, houve uma nova denúncia na cidade desde dezembro.
O que diz a Fugini
A reportagem tentou contato com a Fugini, que não deu retorno até o fechamento desta reportagem.
Nas redes sociais, a marca publicou um passo a passo de como se forma bolor nos sachês, afirmando que "na etapa de enchimento do sachê, existem vários filtros com diâmetros milimétricos que impedem a passagem de qualquer material contaminante".
A Fugini explicou que "eventualmente podem ocorrer micro furos ou fissuras - imperceptíveis a olho nu" que podem contaminar o produto "pelo ar do meio ambiente, permitindo o desenvolvimento de microorganismos, e consequentemente o surgimento de bolor".
*Colaborou Nadine Funck
O aposentado Edson Pereira, de 73 anos, relata que vivenciou uma situação desagradável. “Minha esposa que comprou o molho. Quando foi abrir para botar na massa que ela estava preparando, bah, aquele troço podre dentro. Você olha dentro e tem uns pedaços que parecem podres e têm cheiro ruim”, relata.