PREJUÍZOS DO TEMPORAL
Microexplosão em Taquara atinge 100 prédios, derruba árvores e deixa mais de 50 pessoas fora de casa
Morador que estava no litoral recebeu vídeo do telhado de casa sendo levado pelo vento: 'Sensação de impotência'. Prefeitura vai decretar situação de emergência
Última atualização: 22/01/2024 08:35
O temporal com ventos acima de 82 km/h que atingiu Taquara no fim da tarde de quinta-feira (26) deixou mais de 50 pessoas fora de casa na cidade do Vale do Paranhana. O fenômeno, classificado por meteorologistas como 'microexplosão', destelhou casas, provocou queda de árvores e quebrou vidros de prédios residenciais e comerciais. A prefeitura já antecipou que o município irá decretar situação de emergência.
Na manhã de sexta-feira (27), os prejuízos públicos e particulares ainda eram contabilizados. Conforme a administração municipal, pelo menos 100 prédios, entre casas e edifícios comerciais, foram atingidos. Equipes de limpeza trabalhavam para limpar a cidade, tomada por galhos, troncos e destroços.
'Casa virando avião'
Dario Baaklin, 69 anos, estava no litoral quando recebeu uma ligação da filha que vive em um apartamento no mesmo prédio que ele, na Rua Ernesto Alves. Ela parecia preocupada. Pouco depois, o vídeo do segundo andar da sua casa sendo totalmente destruído pelo vento chegou ao seu celular.
"Nos mandaram aquele vídeo, que foi feito pelo vizinho da frente, e aí eu vi o estrago que tinha feito. Ver sua casa virando avião é uma sensação de impotência", relata, ao observar os escombros deixados pelos vento. O vendaval não só derrubou o telhado, como destruiu toda a estrutura de vidro da sacada do segundo andar do imóvel, onde ele vive há 20 anos.
Logo na parte de trás da residência, estão os apartamentos onde vivem as duas filhas e três dos quatro netos de Dario. Na hora em que o destelhamento começou, apenas uma das filhas e um dos netos estavam no local. "O bom é que tivemos só danos materiais e ninguém ficou ferido", comenta, aliviado.
Susto nos clientes
A região central de Taquara foi a mais atingida. Nesta manhã, os estragos mais visíveis estavam concentrados na Rua Ernesto Alves, onde, além da casa de Dario, fica a academia do empresário Guilherme Wilhelms. Por volta das 18 horas de ontem, cerca de 15 alunos estavam no local, quando os ventos ficaram mais fortes, levando à quebra do telhado e ao estouro de um vidro do estabelecimento.
"A gente se juntou mais no fundo, por sorte quando o vidro quebrou não pegou diretamente em ninguém. Um aluno apenas teve um ferimento leve na cabeça, mas já está bem", relata Guilherme.
A poucos metros dali, Jair Marques atendia clientes em sua padaria, quando o temporal atingiu em cheio o comércio. "Tenho esse negócio há 13 anos e nunca tinha visto nada igual. Tinha uma funcionária limpando na parte de dentro, quando o telhado caiu, eu chamei ela, e ficamos reunidos na loja, que era mais seguro."
Até esta manhã, os prejuízos ainda não haviam sido contabilizados. Ambos os empresários esperavam poder voltar às atividades na próxima segunda-feira (30).
Doações e apoio
Assim como os empresários, o poder público ainda contabilizava os prejuízos. Pelo menos 11 prédios da administração pública tinham sido afetados pelos fortes ventos, entre eles, o próprio Palácio Municipal, onde um destelhamento atingiu o departamento de licitações da prefeitura, no terceiro andar.
- Imagens mostram rastro de destruição causado por microexplosão em Taquara
- O que é downburst, microexplosão que causou destruição em Taquara
Devido aos danos materiais, 30 pessoas precisaram ser acolhidas em um abrigo organizado pela prefeitura em uma igreja, onde receberam refeições e um kit limpeza para que pudessem voltar para casa nesta sexta-feira. Os demais conseguiram apoio de pessoas da família.
O município recebeu suporte da prefeitura de São Francisco de Paula e de outras cidades, além de doações de empresários que apoiam com cestas básicas e caminhões-pipa. As doações podem ser feitas na sede da Defesa Civil Municipal e no Posto de Saúde 24 horas do município.
Decreto sai em até dez dias
A prefeitura tem dez dias para contabilizar os estragos e decretar situação de emergência. "Não temos como prever um estrago desses, não tinha como mensurar o tamanho que foi", relata a prefeita Sirlei Silveira, lembrando que o Grupo de Ação Emergencial da cidade chegou a se reunir antes da chuva para tentar minimizar os impactos do temporal.
O temporal com ventos acima de 82 km/h que atingiu Taquara no fim da tarde de quinta-feira (26) deixou mais de 50 pessoas fora de casa na cidade do Vale do Paranhana. O fenômeno, classificado por meteorologistas como 'microexplosão', destelhou casas, provocou queda de árvores e quebrou vidros de prédios residenciais e comerciais. A prefeitura já antecipou que o município irá decretar situação de emergência.
Na manhã de sexta-feira (27), os prejuízos públicos e particulares ainda eram contabilizados. Conforme a administração municipal, pelo menos 100 prédios, entre casas e edifícios comerciais, foram atingidos. Equipes de limpeza trabalhavam para limpar a cidade, tomada por galhos, troncos e destroços.
'Casa virando avião'
Dario Baaklin, 69 anos, estava no litoral quando recebeu uma ligação da filha que vive em um apartamento no mesmo prédio que ele, na Rua Ernesto Alves. Ela parecia preocupada. Pouco depois, o vídeo do segundo andar da sua casa sendo totalmente destruído pelo vento chegou ao seu celular.
"Nos mandaram aquele vídeo, que foi feito pelo vizinho da frente, e aí eu vi o estrago que tinha feito. Ver sua casa virando avião é uma sensação de impotência", relata, ao observar os escombros deixados pelos vento. O vendaval não só derrubou o telhado, como destruiu toda a estrutura de vidro da sacada do segundo andar do imóvel, onde ele vive há 20 anos.
Logo na parte de trás da residência, estão os apartamentos onde vivem as duas filhas e três dos quatro netos de Dario. Na hora em que o destelhamento começou, apenas uma das filhas e um dos netos estavam no local. "O bom é que tivemos só danos materiais e ninguém ficou ferido", comenta, aliviado.
Susto nos clientes
A região central de Taquara foi a mais atingida. Nesta manhã, os estragos mais visíveis estavam concentrados na Rua Ernesto Alves, onde, além da casa de Dario, fica a academia do empresário Guilherme Wilhelms. Por volta das 18 horas de ontem, cerca de 15 alunos estavam no local, quando os ventos ficaram mais fortes, levando à quebra do telhado e ao estouro de um vidro do estabelecimento.
"A gente se juntou mais no fundo, por sorte quando o vidro quebrou não pegou diretamente em ninguém. Um aluno apenas teve um ferimento leve na cabeça, mas já está bem", relata Guilherme.
A poucos metros dali, Jair Marques atendia clientes em sua padaria, quando o temporal atingiu em cheio o comércio. "Tenho esse negócio há 13 anos e nunca tinha visto nada igual. Tinha uma funcionária limpando na parte de dentro, quando o telhado caiu, eu chamei ela, e ficamos reunidos na loja, que era mais seguro."
Até esta manhã, os prejuízos ainda não haviam sido contabilizados. Ambos os empresários esperavam poder voltar às atividades na próxima segunda-feira (30).
Doações e apoio
Assim como os empresários, o poder público ainda contabilizava os prejuízos. Pelo menos 11 prédios da administração pública tinham sido afetados pelos fortes ventos, entre eles, o próprio Palácio Municipal, onde um destelhamento atingiu o departamento de licitações da prefeitura, no terceiro andar.
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Devido aos danos materiais, 30 pessoas precisaram ser acolhidas em um abrigo organizado pela prefeitura em uma igreja, onde receberam refeições e um kit limpeza para que pudessem voltar para casa nesta sexta-feira. Os demais conseguiram apoio de pessoas da família.
O município recebeu suporte da prefeitura de São Francisco de Paula e de outras cidades, além de doações de empresários que apoiam com cestas básicas e caminhões-pipa. As doações podem ser feitas na sede da Defesa Civil Municipal e no Posto de Saúde 24 horas do município.
Decreto sai em até dez dias
A prefeitura tem dez dias para contabilizar os estragos e decretar situação de emergência. "Não temos como prever um estrago desses, não tinha como mensurar o tamanho que foi", relata a prefeita Sirlei Silveira, lembrando que o Grupo de Ação Emergencial da cidade chegou a se reunir antes da chuva para tentar minimizar os impactos do temporal.