Moradora do bairro Jardim Mauá, em Novo Hamburgo, e com projeto de adoção de cães de rua, Patrícia Adote está indignada com uma situação que acompanhou na tarde de segunda-feira (12).
Ela conta que se deparou com um cavalo em más condições puxando uma carroça, cujo carroceiro juntava material reciclado. “O animal estava com todas as patas machucadas, com sinais de sangue e muito magro”, relata.
Patrícia seguiu por uma hora o carroceiro, após contatar três vezes a Guarda Municipal (GM). Ela acompanhou a abordagem da equipe da GM na Rua Bartolomeu de Gusmão, no bairro Canudos, por volta das 16 horas.
Infelizmente, expõe, o carroceiro foi liberado com o animal, porque a GM não teve autorização do Parcão, onde ficam os cavalos, para recolhimento do bicho. “O plantão não atendeu. A GM contatou o responsável e mandou liberar o cavalo.”
“Foi muito frustrante que, mesmo tendo leis, a burocracia é grande. Não tem o que fazer. Tive que ir embora”, relata.
Desde dezembro de 2022 está em vigor a lei 3.074/2017, que proíbe em zona urbana a circulação de carroças puxadas por animais de tração. Carroceiros reincidentes são multados de R$ 663 a R$ 7.956,00, conforme a infração.
O que diz a Prefeitura
Em nota, a Prefeitura afirma que a Guarda Municipal abordou e fez a identificação do carroceiro, notificando-o sobre a proibição de trânsito com tração animal. Até sexta (16), uma equipe da Secretaria Municipal de Meio Ambiente deve fazer uma avaliação veterinária detalhada no cavalo, e se constatado maus-tratos, conforme a administração municipal, “o equino poderá ser recolhido para o Parcão e tratado até que possivelmente possa ser adotado”.
A Prefeitura enfatizou ainda que a Semam possui normalmente plantão de fiscalização ambiental e plantão veterinário nos finais de semana e feriados, mas que, no ponto facultativo do carnaval, nesta segunda e terça-feira (13), a equipe estava reduzida.
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