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PORTO ALEGRE

Meses após registrar cheias históricas, baixo nível do Guaíba preocupa e pode causar desabastecimento

Zonas Sul e Leste de Porto Alegre podem sofrer com falta de água até segunda-feira

Stefany de Jesus Rocha
Publicado em: 11/02/2024 às 17h:19 Última atualização: 11/02/2024 às 17h:19
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O baixo nível das águas do Guaíba e as temperaturas altas podem provocar falta de água nas zonas Sul e Leste de Porto Alegre até segunda-feira (12). A expectativa, contudo, é que já na terça-feira (13), com a mudança no tempo, o abastecimento normalize. A informação foi divulgada pela prefeitura da capital neste domingo (11).

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Desabastecimento em Porto Alegre | abc+



Desabastecimento em Porto Alegre

Foto: Dmae

No começo da tarde de sábado (10) o nível do lago na estação do Cais Mauá atingiu a marca de 0,37 centímetros. Uma semana antes, a medição indicava 0,51 centímetros, que representa a média dentro da normalidade para fevereiro. Assim, hoje as marcar estão inferiores ao normal para o mês e também são as mais baixas desde a estiagem do começo do ano passado.

Conforme a MetSul Meteorologia explica, o número indica a profundidade em relação ao nível do mar, e não a profundidade do Guaíba, e por isso o lago segue devendo ser evitado sob risco de afogamento mesmo com o nível mais baixo.

O Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) já realiza uma operação de caminhões-pipa para injetar água nos reservatórios e conseguir manter o nível. Os caminhões também estão sendo usados para abastecer as caixas d’água dos moradores.

Os bairros que poderão sofrer baixa pressão ou desabastecimento são: Agronomia, Vila dos Sargentos, Partenon, Cel. Aparício Borges, Vila São José, Vila Vargas, Aberta dos Morros, Belém Novo, Belém Velho, Boa Vista do Sul, Campo Novo, Cascata, Chapéu do Sol, Espírito Santo, Extrema, Hípica, Ipanema, Lageado, Lomba do Pinheiro e Restinga.

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Recentes cheias no Guaíba

Apesar do baixo nível do lago durante esta onda de calor que atua sobre o Rio Grande do Sul desde o início de fevereiro, no ano passado, em períodos de muita chuva, a situação era contrária. Ainda em novembro de 2023, o Guaíba teve a maior cheia em 82 anos, atingindo 3,45 metros na estação do Cais Mauá, onde a cota de inundação é de 3 metros. Essa foi a segunda maior cheia da história da capital, ficando atrás apenas do evento que aconteceu em 1941, quando o Guaíba atingiu os 4,76 metros.

Poucos meses antes, em setembro, o Guaíba atingiu o que, até então, era a terceira maior marca: 2,71 metros. Dias antes, o nível registrado tinha sido 2,70 metros. Durante a passagem de um ciclone, a cheia no lago chegou a durar mais de 20 dias, muito acima da normalidade.

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