Representantes do Sindicato dos Metroviários e da Trensurb terão nova mediação do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS) na manhã desta segunda-feira (8). O encontro está marcado para ocorrer a partir das 10 horas e debaterá os rumos da paralisação da categoria, que afeta o funcionamento dos trens.
No decorrer do dia, o intervalo entre as viagens, segundo a empresa, é de 20 minutos. Em dias úteis, o intervalo varia entre seis e 12 minutos.
Segundo o presidente do Sindimetrô-RS, Luís Henrique Chagas, a adesão “nas estações é de mais de 90% e mais de 70% dos operadores de trem em manutenção”. “O trem está circulando precariamente, tem seis composições só, circulando com espaço de 25 minutos”, disse ele. Os metroviários estão reunidos em frente à sede da empresa, na Avenida Ernesto Neugebauer, em Porto Alegre.
A paralisação dos serviços é uma forma de manifestação dos metroviários que cobram o pagamento do adicional de risco de vida ao setor da segurança. Segundo o presidente do Sindimetrô, a Trensurb não tem cumprido a cláusula do acordo coletivo que estabelece o pagamento adicional aos profissionais.
Questionada sobre a afirmação do sindicato, a Trensurb informou em nota que “está cumprindo recomendações da Controladoria-Geral da União e Conselho de Administração da empresa, baseado no que preconiza a legislação”.
Usuários preparados
Moradora de Canoas, Janice Penafiel, 40 anos, trabalha em São Leopoldo e disse ter se preparado para caso as estações não abrissem. “Já havia separado dinheiro a mais caso precisasse chamar o transporte por aplicativo. Ainda bem que não precisou”, comemora. Ela, que trabalha como operadora de caixa, avalia como “justa” a reivindicação dos metroviários. “Eles têm o direito de se manifestar, mas podiam pensar em fazer isso de uma forma que não prejudicasse a tantas pessoas que não têm culpa pelos problemas que eles estão enfrentando e que ainda são solidárias a eles”, opina.
A leopoldense Deise Fagundes Nunes, 32 anos, também já havia pensado alternativas para chegar ao trabalho, em Porto Alegre, caso o trem não estivesse operando. “Já tinha combinado até carona com amigos que também vão para Porto Alegre e que têm carro, mas não me importo em esperar um pouco a mais e ir de trem”, diz. Deise, que usa o transporte há mais de 10 anos, todos os dias da semana, diz ser a favor da privatização do serviço. “Muita coisa precisa ser melhorada, a qualidade do serviço, dos trens e também a segurança”, avalia.
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