REVIRAVOLTA NO CASO
MATOU FILHO E MARIDO: Polícia encontra semelhanças entre os dois assassinatos 16 anos após o primeiro crime
Nova investigação aponta que Alexandra Dougokenski foi a autora do crime de 2007; recentemente, ela foi condenada pelo homicídio do filho caçula, Rafael Mateus Winques
Última atualização: 04/03/2024 09:03
O caso da morte de José Dougokenski, que aconteceu maio de 2007, em Farroupilha, teve uma reviravolta nesta semana. Após uma nova investigação, a Polícia Civil concluiu que o homem não cometeu suicídio como havia sido avaliado na época. Os investigadores afirmam que ele foi morto pela ex-companheira Alexandra Dougokenski.
A reviravolta no caso aconteceu depois que ela foi condenada pela morte do próprio filho, Rafael Mateus Winques, de 11 anos, assassinado em 2020 na cidade de Planalto.
A investigação da morte de José havia sido concluída no mesmo ano em que o fato aconteceu na casa onde moravam, pois os elementos indicavam suicídio. No entanto, com o surgimento de novas provas, o caso foi reaberto no dia 19 de janeiro, um dia após Alexandra ter sido condenada a mais de 30 anos de prisão pela morte do caçula.
Para chegar a esta conclusão, a Polícia realizou diligências no local do crime em 2007, ouviu 13 testemunhas e interrogou a acusada. Um novo laudo pericial também foi solicitado a partir das novas evidências encontradas.
Além disso, a investigação solicitou acesso às provas contidas na ação que tramitava na Comarca de Planalto, sobre o caso Rafael.
As evidências testemunhais, periciais: comparativas (com as provas do caso Rafael) e conflitantes entre o relato de Alexandra e as demais provas foram determinantes para a reviravolta.
Conforme a investigação, a posição do corpo de José era incompatível com relato da acusada, e a corda no pescoço não condizia com um suicídio.
A Polícia afirma que a morte de José tem semelhança com o assassinato de Rafael, como os tipos de cordas e nós utilizados, além de terem ocorrido durante a madrugada, além de ter a mesma pessoa como suspeita.
Ela não será indiciada
O delegado responsável pela nova investigação, Éderson Bilhan, explica que Alexandra não será indiciada pela morte do ex-companheiro, pois o caso já prescreveu.
Na época do crime, a acusada tinha 19 anos e a ordenamento jurídico prevê a redução da metade dos prazos de prescrição quando a pessoa suspeita era, ao tempo do fato, menor de 21 anos.
O tempo de prescrição de homicídios é de 20 anos, que é reduzido a 10 anos neste caso. Como o assassinato aconteceu em 2007, o caso prescreveu. Por essa razão, ela não pode mais ser punida pela morte de José.
A Polícia afirma que a mudança no caso não é resultado de inércia dos órgãos que atuaram em 2007, tendo em vista que os indícios da época apontaram que teria sido suicídio. Também exclui a hipótese de falha da própria instituição, do Instituto Geral de Perícias (IGP) ou Ministério Público.
“Os novos fatos surgiram apenas em 2020, quando o fato, tecnicamente, já estava prescrito. Aliás, a prescrição só foi detectada na parte final desta investigação, dada a peculiaridade do caso, e por se tratar de situação jurídica de ordem pública, foi encerrada, apesar de o fato já estar satisfatoriamente esclarecido”, conclui o delegado.
O caso da morte de José Dougokenski, que aconteceu maio de 2007, em Farroupilha, teve uma reviravolta nesta semana. Após uma nova investigação, a Polícia Civil concluiu que o homem não cometeu suicídio como havia sido avaliado na época. Os investigadores afirmam que ele foi morto pela ex-companheira Alexandra Dougokenski.
A reviravolta no caso aconteceu depois que ela foi condenada pela morte do próprio filho, Rafael Mateus Winques, de 11 anos, assassinado em 2020 na cidade de Planalto.
A investigação da morte de José havia sido concluída no mesmo ano em que o fato aconteceu na casa onde moravam, pois os elementos indicavam suicídio. No entanto, com o surgimento de novas provas, o caso foi reaberto no dia 19 de janeiro, um dia após Alexandra ter sido condenada a mais de 30 anos de prisão pela morte do caçula.
Para chegar a esta conclusão, a Polícia realizou diligências no local do crime em 2007, ouviu 13 testemunhas e interrogou a acusada. Um novo laudo pericial também foi solicitado a partir das novas evidências encontradas.
Além disso, a investigação solicitou acesso às provas contidas na ação que tramitava na Comarca de Planalto, sobre o caso Rafael.
As evidências testemunhais, periciais: comparativas (com as provas do caso Rafael) e conflitantes entre o relato de Alexandra e as demais provas foram determinantes para a reviravolta.
Conforme a investigação, a posição do corpo de José era incompatível com relato da acusada, e a corda no pescoço não condizia com um suicídio.
A Polícia afirma que a morte de José tem semelhança com o assassinato de Rafael, como os tipos de cordas e nós utilizados, além de terem ocorrido durante a madrugada, além de ter a mesma pessoa como suspeita.
Ela não será indiciada
O delegado responsável pela nova investigação, Éderson Bilhan, explica que Alexandra não será indiciada pela morte do ex-companheiro, pois o caso já prescreveu.
Na época do crime, a acusada tinha 19 anos e a ordenamento jurídico prevê a redução da metade dos prazos de prescrição quando a pessoa suspeita era, ao tempo do fato, menor de 21 anos.
O tempo de prescrição de homicídios é de 20 anos, que é reduzido a 10 anos neste caso. Como o assassinato aconteceu em 2007, o caso prescreveu. Por essa razão, ela não pode mais ser punida pela morte de José.
A Polícia afirma que a mudança no caso não é resultado de inércia dos órgãos que atuaram em 2007, tendo em vista que os indícios da época apontaram que teria sido suicídio. Também exclui a hipótese de falha da própria instituição, do Instituto Geral de Perícias (IGP) ou Ministério Público.
“Os novos fatos surgiram apenas em 2020, quando o fato, tecnicamente, já estava prescrito. Aliás, a prescrição só foi detectada na parte final desta investigação, dada a peculiaridade do caso, e por se tratar de situação jurídica de ordem pública, foi encerrada, apesar de o fato já estar satisfatoriamente esclarecido”, conclui o delegado.
A reviravolta no caso aconteceu depois que ela foi condenada pela morte do próprio filho, Rafael Mateus Winques, de 11 anos, assassinado em 2020 na cidade de Planalto.