BAIRRO ESTÂNCIA VELHA

Massoterapeuta canoense concilia tranquilidade e adrenalina

Profissional mantém viva a paixão pela massagem e por motocicletas

Publicado em: 27/01/2023 09:58
Última atualização: 22/01/2024 09:00

Formada há dez anos em massoterapia, a moradora do bairro Estância Velha Daiane Martins, de 41 anos, alterna a rotina entre a tranquilidade que a profissão exige e a adrenalina sobre duas rodas. Daiane nasceu em Porto Alegre e ainda criança mudou-se para Canoas e não mais deixou a cidade. "Brinco que sou fundadora daqui. Me sinto canoense, fui acolhida", destaca.

Cuidados com o corpo e a mente por meio de técnicas de massagem Foto: PAULO PIRES/GES

O encontro com a massoterapia ocorreu por insistência da irmã. Daiane era técnica em contabilidade quando deixou a profissão foi trabalhar em um salão de beleza como manicure. "Era uma parceria em conjunto com minha irmã, ela começou a me pedir para fazer o curso para ter um diferencial, mais um tipo de serviço no salão. No começo recusei, até que fui convencida", relembra.

Para a surpresa de Daiane, a paixão com a massoterapia foi instantânea. "Minha vida é outra depois que comecei a estudar e trabalhar com isso. A energia é potencializada ao máximo. Poder ajudar outras pessoas com os mais diversos tipos de problemas é algo que transforma", revela.

A moradora do Estância Velha diz que manteve apenas uma cliente da época em que foi manicure. "Uma senhora que faz as unhas duas vezes por ano comigo", confidencia.

Após se formar Daiane conta que ficou uma semana trabalhando no salão da irmã como massoterapeuta. "Era muito barulho, não combinava com o silêncio, a tranquilidade que precisava para desempenhar meu trabalho da melhor forma possível", reflete.

Daiane denomina o momento em que decidiu montar um espaço para trabalhar sozinha como um "despertar". "Foi uma espécie de chamado. Entendi que era aquilo que queria desenvolver ao longo do tempo. No início minha irmã ficou chateada comigo por não trabalhar mais com ela, mas depois ela entendeu", explica. Daiane passou a atender em casa até conseguir montar o própria clínica de massagens.

Sentimentos adormecidos

Depois de perder dois primos em acidentes com moto, a paixão pelas motocicletas ficou adormecida durante anos em Daiane. "Sempre gostei de moto desde pequena, meu pai tinha moto. Lembro que nossa família se reunia na casa de minha avó materna, uma vez estávamos lá e meus primos tinham moto, eles me levaram para dar uma voltinha, fiquei realizada. Anos depois um deles estava voltando de moto do trabalho quando sofreu o acidente de trânsito ", recorda emocionada.

Daiane conta que os acidentes ficaram em sua memória o que fez com que se afastasse de conduzir motocicletas. "Por um tempo só usava bicicleta para tudo. Depois comprei uma moto elétrica, até comprar uma moto de 115 cilindradas. Mas sempre sonhei em ter uma moto maior. Até que ano passado falei que ia comprar a que tanto sonhava, uma de 400 cilindradas", salienta.

A massoterapeuta fala que no começo teve medo de dirigir a nova moto. "Tinha noites que não dormia direito com medo. Meu ex-namorado foi quem me ajudou a superar o medo e desde então não parei mais, ressalta.

Técnicas de bem-estar e tipos de hipnose

Além das massagens terapêuticas, Daiane também é formada em hipnose clínica (por meio da falada) e não verbal (por meio do magnetismo). "Na massoterapia trabalho com diferentes técnicas, muscular, agulhamento seco, ventosas, drenagem. Fui estudar hipnose por recomendação de um cliente e foi mágico desde o início", revela.

Daiane explica que muitos traumas podem ser curados por meio da hipnose. "Acessando os locais corretos da mente humana, ela própria que faz a cura. Na verdade, é o próprio cliente que se trata, nossa mente é fantástica", evidencia.

A massoterapeuta fala sobre a modificação que a técnica possibilita. "Vários aspectos da minha própria vida melhoraram muito por meio da hipnose".

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