EXPOINTER
Máquinas e implementos agrícolas já fecham negócios na Expointer
Responsável pela maior parte do faturamento da Feira, o setor de máquinas agrícolas mantém a alta tecnologia como destaque, além das condições de financiamento
Última atualização: 26/08/2024 20:24
O setor de máquinas e equipamentos agrícolas é um dos mais procurados e visitados da Expointer 2024. De acordo com a organização, o espaço é responsável por mais de 95% do faturamento e ocupa uma das maiores áreas do Parque Assis Brasil, em Esteio. Além das novas tecnologias que atraem os compradores, uma das expectativas das empresas participantes é fechar bons negócios.
EXPOINTER: O que aguarda os visitantes no último dia de feira?
Apesar da preocupação em relação à retomada do setor após as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul, principalmente porque muitos produtores perderam parte de suas lavouras, o setor de máquinas prevê faturar, também, com os reembolsos oferecidos pelas seguradoras às máquinas perdidas.
Conforme o responsável pelo marketing da Kuhn Máquinas Edinaldo Aparecido de Carvalho, a maioria dos clientes da empresa teve prejuízos com o maquinário. “Estamos otimistas com o seguro, que muitos já estão recebendo e vão poder adquirir novas máquinas. Com a perda, muitos vão vir buscar uma nova”, afirma.
Novidades em maquinários agrícolas na Expointer
Para a Expointer deste ano, a empresa colocou em exposição duas novas máquinas para a linha de plantio. Nestes três primeiros dias, Carvalho comenta que bons negócios já surgiram. “Estamos com bastantes vendas engatilhadas. Os clientes estão vindo. Hoje está sendo um dia próspero, em que muitos negócios já foram fechados”, reforça.
LEIA TAMBÉM: Criação de búfalos ganha espaço na pecuária gaúcha
O objetivo do empreendimento é fechar 28 milhões em vendas até o final da feira. Até agora, segundo Carvalho, já foram vendidos em máquinas cerca de 8 milhões. As máquinas mais procuradas pelos clientes são os pulverizadores e para plantios. Para atrair os compradores, a empresa oferece promoções de crédito através da parceria de dois bancos. “Toda a feira eles tem um plano de negócios com promoções, em que oferecem uma taxa diferenciada apenas neste período da feira, com juros menores”, comenta Carvalho.
Aposta em drones para uso na pulverização em lavouras
Outro destaque do setor está nas novas tecnologias oferecidas para produção do campo, como os drones pulverizadores, que chamam a atenção entre os compradores. Conforme a representante técnica de vendas da ADS, de Chapecó, Milena Baruffi, uma das principais vantagens do equipamento é evitar o amassamento das plantações, problema que ocorre com o uso da aplicação mecanizada.
“Hoje, o produtor perde entre 5% a 6% da sua cultura pelo amassamento, se falarmos de soja e milho. Além disso, outra vantagem é a possibilidade de aplicação do pulverizante logo após a chuva, e a economia de recursos naturais, já que é movido a bateria”, explica Milena.
O mercado, conforme a representante, vêm crescendo no Brasil desde 2019. Neste ano, a empresa tem a expectativa de vender mais de 12 mil drones. “Até agora já vendemos mais de 10 drones aqui na Expointer, e temos a expectativa de vender muito mais”, destaca Milena.
O presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas no RS (Simers), Claudio Bier, enxerga uma oportunidade de recuperação do setor de máquinas, que foi afetado pelas enchentes de maio e registrou uma queda de 44% nas vendas.
“Apesar de todas as adversidades enfrentadas após as enchentes, estamos confiantes. As expectativas são muito boas, pois realizar esta grande feira, que foi severamente impactada pelas inundações, é uma grande vitória. Reconstruímos tudo e estamos prontos para receber as indústrias e o público da melhor forma possível”, enfatiza Bier, que também é presidente da Federação das Indústria do Rio Grande do Sul (Fiergs).
Maquinário chama a atenção pela grandiosidade
Além de atrair compradores, o setor de máquinas também é um dos mais procurados pelos visitantes. O construtor Lucas Donadello, 27, de São Sebastião do Caí, visitou a Expointer pela segunda vez. Apesar de ter pouca proximidade com o setor, ele conta que aprecia o tamanho das máquinas.
“Não é algo normal pra gente. Chama a atenção também a modernidade que elas oferecem”, afirma. Conforme a esposa, Paola Lucas, 24, o marido adora visitar as máquinas. “Tudo o que é mecânico ele é apaixonado. Eu já sou mais da parte da comida”, brinca.
FIQUE POR DENTRO: Estratégias de produtores rurais driblam déficit de alimentação em áreas de enchentes