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ABC NAS RUAS

Malabarista usa a arte de rua como expressão e sobrevivência nas esquinas de Novo Hamburgo

Iago Morais é natural de Morro Reuter e aprendeu malabares durante uma viagem ao Chile

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Publicado em: 07/11/2024 às 15h:17 Última atualização: 07/11/2024 às 15h:17
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Na manhã desta quinta-feira (7), no Centro de Novo Hamburgo, o artista de rua Iago Fernando Venzo de Morais, de 34 anos, transformava a monotonia do semáforo no cruzamento das ruas José do Patrocínio com Borges de Medeiros em um breve espetáculo. Entre o verde e o vermelho do sinal, ele exibia seu talento com malabares, atraindo olhares e conquistando, como recompensa, gorjetas de motoristas e pedestres que cruzavam seu caminho.

Nas esquinas de Novo Hamburgo, Iago Morais garante o sustento das filhas de 2 e 5 anos | abc+



Nas esquinas de Novo Hamburgo, Iago Morais garante o sustento das filhas de 2 e 5 anos

Foto: Isaías Rheinheimer/GES-Especial

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Morais é natural de Morro Reuter e, há 17 anos, faz das ruas seu palco. Sua trajetória começou durante uma viagem ao Chile, ainda na adolescência, onde se apaixonou pela arte de rua e aprendeu malabares.

“Foi lá que comecei a me interessar e a jogar com os caras. Me apaixonei pela arte. Quando comecei, eu não tinha talento nenhum. Eu jogava uma bolinha para cima e duas caiam na minha cara, diferente de hoje que jogo olhando para a galera”, recorda.

Desde então, ele usa as esquinas como espaço para expressar sua arte, proporcionando leveza ao ritmo frenético da cidade e garantindo o sustento de sua família.

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Ele divide essa vida com a esposa, uma artesã paulista que conheceu durante uma passagem dela pelo Rio Grande do Sul, com quem tem duas filhas, de 2 e 5 anos. Juntos, percorrem diferentes cidades da região, outros estados e até outros países, como a Argentina, de onde voltaram recentemente.

“Tudo começou como uma diversão, mas hoje, por exemplo, não estou tendo muita escolha; preciso encarar essa rotina, pois tenho duas crianças para sustentar”, observa.

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Para o artista, estar nos semáforos representa um desafio: em poucos segundos, ele busca entreter e conquistar os motoristas, em um misto de paixão e necessidade. “Tem dias que são bons, dias que são ruins, e dias que são péssimos. Tem dias em que a galera está de bom humor, outros em que estão de mau-humor. E a gente tem que entender que o pessoal está na rua, nesse trânsito maluco. Minha função é fazer a galera dar risada”, pontua.



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