A comitiva do governo federal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com oito ministros, além dos presidentes dos Correios, Conab e da Caixa Econômica Federal, comentaram as ações em auxílio ao Rio Grande do Sul em uma coletiva de imprensa em Porto Alegre no final da tarde desta terça-feira (28).
O Estado vive uma catástrofe há 30 dias, após chuvas intensas causarem deslizamentos de terra, alagamentos, enchentes e inundações. Mais de 160 pessoas morreram e 50 continuam desaparecidas, conforme boletim da Defesa Civil divulgado nesta terça.
Entre estoque de alimentos, reforço de profissionais para auxiliar a saúde mental da população e ações de reconstrução do RS, confira o que foi anunciado pelo governo federal:
Planos de ajuda humanitária, reestabelecimento e reconstrução
Sobre os planos de ajuda humanitária, reestabelecimento e reconstrução, o governo federal começou a recepcioná-los ainda na segunda semana da catástrofe, que teve início no dia 28 de abril, de acordo com o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes.
Em três semanas, foram aprovados 431 planos de trabalho, com a maioria no âmbito da ajuda humanitária e de reestabelecimento. Já para a reconstrução das áreas atingidas, até o momento, estão em análise 42 planos, somente na pasta. Ambos também enviados pelos municípios e pelo governo do Estado.
Governo fará estoque de alimentos para cozinhas solidárias
O governo federal pretende criar um estoque de alimentos, entre doações e compras governamentais, para as mais de 400 cozinhas solidários de todo Estado, segundo o ministro do Desenvolvimento e Assistência, Família e Combate à Fome, Wellington Dias.
É natural que as doações diminuam com o passar do tempo e, para evitar que falte alimentação para as pessoas, o estoque será feito, explicou Dias. O estoque também irá abranger abrigos e a previsão é de que essa etapa já esteja consolidada até junho.
Conforme o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macedo, 270 cozinhas solidárias estavam em risco de entrar “em colapso” por conta da falta de água, alimentos e gás de cozinha. A questão foi resolvida entre a pasta, o ministro Dias e a Conab, que repassaram doações para os locais, e os sindicatos das empresas de gás, que irão destinar o insumo por três meses.
Saúde mental
O ministro Dias afirmou também que a pasta trabalha com a coordenação de Saúde Mental do RS e integra profissionais da área para que o Estado tenha ações de prevenção para a população, garantindo um maior acolhimento.
Fórum de Participação Social
O Fórum de Participação Social foi criado pelo governo federal para que os movimentos sociais do Estado “que estão nessa rede de soliedariedade possam participar do processo de construção de políticas públicas”, disse o ministro Macedo. Ainda, ele afirmou que o governo trabalha para combater a desinformação.
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Coletiva
Na coletiva, oito ministros se reuniram para falar sobre as ações de auxílio ao RS. Estavam presentes os ministros da Secretaria Extraordinária da Presidência da República de Apoio à Reconstrução do RS, Paulo Pimenta; de Minas e Energia, Alexandre Silveira; da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes; da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil, Carlos Fávaro; das Cidades, Jader Filho; da Saúde, Nísia Trindade; Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macedo; do Desenvolvimento e Assistência, Família e Combate à Fome, Wellington Dias.
O presidente dos Correios, Fabiano Silva dos Santos, da Conab, Edegar Pretto, e da Caixa, Carlos Vieira, também participaram.