SOB O OLHAR DELAS
Mulheres dominam o mar e abrem portas no litoral norte
Guarda-vidas falam dos desafios da profissão e incentivo às mulheres
Última atualização: 23/01/2024 13:52
A Operação Verão conta com um efetivo de 966 guarda-vidas no litoral gaúcho. São eles que vigiam o banho de milhares de veranistas. Destes, apenas 31 são mulheres - cinco do Corpo de Bombeiros Militar, cinco da Brigada Militar e 21 que são guarda-vidas civis temporárias - e duas delas estavam à beira-mar de Imbé na manhã de domingo (5).
Uma das mulheres que abriu a porta para que outras pudessem se tornar guarda-vidas foi a 2º sargento Roberta Aparecida Giacomini Caumo, de 41 anos. Roberta tem 20 anos de carreira militar e é guarda-vidas desde 2005. Ela foi a terceira mulher a entrar para a função e atualmente seu posto é na praia de Imbé. "Meu tio era militar e me incentivou. Com 10 anos eu nadava e já tinha a vontade de ser uma guarda-vidas. Eu fui a terceira e agradeço pelas que vieram antes, eu pensei: eu consigo! E sei que também influencio outras mulheres", comenta Roberta.
Uma das mulheres incentivadas por ela é a soldado Viviane Correa Osorio, 25 anos, que assim como Roberta, é bombeira militar e guarda-vidas.
"Fomos conquistando espaço com dedicação, garra e merecimento. E é muito legal ver outras mulheres, especialmente crianças, falando que pensam em ser guarda-vidas. As portas vão se abrir para estas meninas também. Ser guarda-vidas é uma função que faz o próximo se sentir protegido. Sou grata por estar onde estou hoje", diz Viviane, que também atua em Imbé e iniciou na carreira por incentivo familiar, além de gostar muito de água.
O desafio de lidar com o público e a importância da prevenção
Assim como em outras funções representadas em sua maioria por homens, a de guarda-vidas traz alguns desafios. Segundo Viviane, o mais difícil é fazer com que algumas pessoas levem a sério suas orientações.
"O mais difícil é lidar com o público. Como somos mulheres, alguns olham um pouco diferente. Quando orientamos, principalmente os homens, nos veem, muitas vezes, como um ponto frágil. E é algo que precisamos encarar. Precisamos nos impor, mas sempre com gentileza. Gentileza gera gentileza e é importante dominar com as palavras", ressalta a soldado.
As guarda-vidas lembram que o mais importante do trabalho é justamente a orientação. "A prevenção é o mais importante, é ela que irá evitar o trauma", observa a sargento Roberta.
Também faz parte do trabalho orientar e auxiliar em caso de crianças perdidas.
Habilidade e gratidão
Para se tornar uma guarda-vidas, é importante o treinamento físico e também outras habilidades. "Tem o nadar, o correr. Toda a parte física, mas ainda mais importante é o conhecimento. A gente sabe onde é seguro para o banhista estar", relata a sargento.
No caso de quem já atua na função, é necessária recertificação antes da operação iniciar, já para os novatos há também um curso de formação.
Entre os salvamentos de que participou, Roberta lembra de um em que atuou como apoio. "Cheguei na água sem saber o que estava acontecendo. A pessoa já tinha afundado, mas o colega resgatou e colocamos no flutuador. Fizemos ventilação e ele voltou. No outro dia, os familiares vieram nos agradecer. Esta é a melhor sensação do mundo."
A Operação Verão conta com um efetivo de 966 guarda-vidas no litoral gaúcho. São eles que vigiam o banho de milhares de veranistas. Destes, apenas 31 são mulheres - cinco do Corpo de Bombeiros Militar, cinco da Brigada Militar e 21 que são guarda-vidas civis temporárias - e duas delas estavam à beira-mar de Imbé na manhã de domingo (5).
Uma das mulheres que abriu a porta para que outras pudessem se tornar guarda-vidas foi a 2º sargento Roberta Aparecida Giacomini Caumo, de 41 anos. Roberta tem 20 anos de carreira militar e é guarda-vidas desde 2005. Ela foi a terceira mulher a entrar para a função e atualmente seu posto é na praia de Imbé. "Meu tio era militar e me incentivou. Com 10 anos eu nadava e já tinha a vontade de ser uma guarda-vidas. Eu fui a terceira e agradeço pelas que vieram antes, eu pensei: eu consigo! E sei que também influencio outras mulheres", comenta Roberta.
Uma das mulheres incentivadas por ela é a soldado Viviane Correa Osorio, 25 anos, que assim como Roberta, é bombeira militar e guarda-vidas.
"Fomos conquistando espaço com dedicação, garra e merecimento. E é muito legal ver outras mulheres, especialmente crianças, falando que pensam em ser guarda-vidas. As portas vão se abrir para estas meninas também. Ser guarda-vidas é uma função que faz o próximo se sentir protegido. Sou grata por estar onde estou hoje", diz Viviane, que também atua em Imbé e iniciou na carreira por incentivo familiar, além de gostar muito de água.
O desafio de lidar com o público e a importância da prevenção
Assim como em outras funções representadas em sua maioria por homens, a de guarda-vidas traz alguns desafios. Segundo Viviane, o mais difícil é fazer com que algumas pessoas levem a sério suas orientações.
"O mais difícil é lidar com o público. Como somos mulheres, alguns olham um pouco diferente. Quando orientamos, principalmente os homens, nos veem, muitas vezes, como um ponto frágil. E é algo que precisamos encarar. Precisamos nos impor, mas sempre com gentileza. Gentileza gera gentileza e é importante dominar com as palavras", ressalta a soldado.
As guarda-vidas lembram que o mais importante do trabalho é justamente a orientação. "A prevenção é o mais importante, é ela que irá evitar o trauma", observa a sargento Roberta.
Também faz parte do trabalho orientar e auxiliar em caso de crianças perdidas.
Habilidade e gratidão
Para se tornar uma guarda-vidas, é importante o treinamento físico e também outras habilidades. "Tem o nadar, o correr. Toda a parte física, mas ainda mais importante é o conhecimento. A gente sabe onde é seguro para o banhista estar", relata a sargento.
No caso de quem já atua na função, é necessária recertificação antes da operação iniciar, já para os novatos há também um curso de formação.
Entre os salvamentos de que participou, Roberta lembra de um em que atuou como apoio. "Cheguei na água sem saber o que estava acontecendo. A pessoa já tinha afundado, mas o colega resgatou e colocamos no flutuador. Fizemos ventilação e ele voltou. No outro dia, os familiares vieram nos agradecer. Esta é a melhor sensação do mundo."
Uma das mulheres que abriu a porta para que outras pudessem se tornar guarda-vidas foi a 2º sargento Roberta Aparecida Giacomini Caumo, de 41 anos. Roberta tem 20 anos de carreira militar e é guarda-vidas desde 2005. Ela foi a terceira mulher a entrar para a função e atualmente seu posto é na praia de Imbé. "Meu tio era militar e me incentivou. Com 10 anos eu nadava e já tinha a vontade de ser uma guarda-vidas. Eu fui a terceira e agradeço pelas que vieram antes, eu pensei: eu consigo! E sei que também influencio outras mulheres", comenta Roberta.
Uma das mulheres incentivadas por ela é a soldado Viviane Correa Osorio, 25 anos, que assim como Roberta, é bombeira militar e guarda-vidas.