SAÚDE
Levantamento aponta risco médio para dengue em São Leopoldo
Dados do primeiro Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti, (LIRAa) de 2023 foram divulgados quarta-feira (25)
Última atualização: 22/01/2024 10:07
Só o calor já vale o alerta máximo. E é isso que Vigilância Ambiental (VA), de São Leopoldo, está fazendo: atenção total ao Aedes aegypti, inseto transmissor da dengue, zika vírus e febre chikungunya, pois o período do verão é propício para a proliferação do mosquito. Além do trabalho diário em pontos estratégicos com, ferros-velhos, floriculturas e cemitérios, a equipe do VA realizou durante duas semanas agora em janeiro o Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti, o LIRAa.
O resultado do LIRAa foi divulgado ontem (25) pela Secretaria Municipal da Saúde (Semsad). Pelo resultado, São Leopoldo apresentou risco médio para o inseto. No mesmo período do ano passado, o balanço apontou alto número de ocorrências. Uma melhora. Foram realizadas 3.001 visitas em 597 quarteirões, com 91 amostras coletadas. Destas, 74 deram positivo para o Aedes aegypti. Em 2022, foram notificados 2,4 mil casos e quatro óbitos por dengue. De acordo com a secretária da Saúde, Paula Silva, o resultado traz um alerta.
"O verão é propício para a reprodução do mosquito. Qualquer chuva, ainda que pouco intensa, já serve para acumular água e eclodir os ovos. Por isso é necessária uma atenção permanente. As visitas dos agentes servem para reforçar o cuidado, mas é fundamental que diariamente a população verifique qualquer objeto que possa acumular água limpa", enfatiza Paula.
Diagnóstico
Ela ressalta que o processo possibilita o diagnóstico dos locais mais propensos para a proliferação do mosquito. A ação percorreu, por amostragem, em todos os bairros. A agente de combate às endemias Cristiane Sivinski, que participou das visitas, relata que muitos moradores adotaram a prática de colocar potes embaixo da mangueira do ar-condicionado para reaproveitar a água.
A iniciativa pode se transformar num problema se não forem observados os cuidados com a dengue. "Verificamos essa conduta em várias casas. Não há problema em reutilizar a água. No entanto, ela não pode ficar acumulada no recipiente, pois se torna um lugar propício para a proliferação do Aedes", ressalta Cristiane.
O próximo LIRAa, para a coleta de formas imaturas do mosquito, larvas ou pupas, ocorrerá em maio. O levantamento é uma metodologia recomendada pelo Ministério da Saúde para a determinação do Índice de Infestação Predial (IIP) do mosquito, de maneira rápida, auxiliando no direcionamento das ações de controle e a avaliação das atividades.
Trabalho de prevenção e monitoramento
A Semsad reforça que o controle vetorial e a prevenção ao Aedes aegypti são realizados pela Vigilância Ambiental com base nas Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle de Epidemias de Dengue. Atualmente, a equipe da Vigilância Ambiental leopoldense conta com duas biólogas, uma estagiária de biologia, dois veterinários e 24 agentes de combate às endemias.
O trabalho de prevenção e monitoramento é feito diariamente por meio de visitas domiciliares e em pontos estratégicos. Nessa ação, quando são encontrados focos do mosquito ou possíveis criadouros, a equipe realiza atividades educativas, eliminação de criadouros e coleta de amostras.
Abordagens para sensibilizar a população
Outra medida importante adotada pela Semsad e intensificada desde dezembro do ano passado em São Leopoldo envolve um forte trabalho de conscientização da população em pontos de grande movimentação na cidade, como nas estações do Trensurb - Estação Rio dos Sinos e Estação São Leopoldo, por exemplo. A ideia das abordagens é sensibilizar os leopoldenses sobre os cuidados dentro do pátio, dentro da casa. Tudo sempre feito com orientação de uma equipe de agentes de combate às endemias. Informação correta é sempre importante.
Aumento de 59% nos casos no RS
O Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), da Secretaria da Saúde do RS, emitiu nesta semana um comunicado de risco, recomendando aos municípios e à população que reforce os cuidados contra a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. De acordo com o diretor adjunto do Cevs, Marcelo Vallandro, foram notificados 202 casos nas primeiras três semanas de janeiro, 59% a mais do que o mesmo período em 2022.
Vinte e três das 30 regiões do Estado tiveram casos notificados acima do Limite Superior Endêmico (LSE) dos últimos anos. No comunicado anterior, referente ao período até o dia 14, eram 13 regiões. “Semanalmente, fazemos a avaliação de como está o cenário. No início do ano, é comum ter aumento de casos de arboviroses, como dengue, zika e chikungunya. O ano de 2022 teve o pior início, totalizando o ano com 66.888 casos confirmados e 66 óbitos”, explicou Vallandro. “Em 2022 tivemos nosso pior ano epidêmico e em 2023 já começamos com casos acima do esperado, o que nos mantém alertas”, acrescenta.
Preste atenção aos sintomas da dengue
Conforme a equipe da Semsad, entre os sintomas da dengue estão dor de cabeça e febre alta, dor atrás dos olhos, dor muscular, dor nas articulações, apresentar manchas vermelhas na pele, erupções na pele, náuseas, vômitos. Em caso de algum desses sintomas, a orientação é que a pessoa procure pela Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima de sua residência. E a prevenção fundamental: não deixe água acumulada.
Só o calor já vale o alerta máximo. E é isso que Vigilância Ambiental (VA), de São Leopoldo, está fazendo: atenção total ao Aedes aegypti, inseto transmissor da dengue, zika vírus e febre chikungunya, pois o período do verão é propício para a proliferação do mosquito. Além do trabalho diário em pontos estratégicos com, ferros-velhos, floriculturas e cemitérios, a equipe do VA realizou durante duas semanas agora em janeiro o Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti, o LIRAa.
O resultado do LIRAa foi divulgado ontem (25) pela Secretaria Municipal da Saúde (Semsad). Pelo resultado, São Leopoldo apresentou risco médio para o inseto. No mesmo período do ano passado, o balanço apontou alto número de ocorrências. Uma melhora. Foram realizadas 3.001 visitas em 597 quarteirões, com 91 amostras coletadas. Destas, 74 deram positivo para o Aedes aegypti. Em 2022, foram notificados 2,4 mil casos e quatro óbitos por dengue. De acordo com a secretária da Saúde, Paula Silva, o resultado traz um alerta.
"O verão é propício para a reprodução do mosquito. Qualquer chuva, ainda que pouco intensa, já serve para acumular água e eclodir os ovos. Por isso é necessária uma atenção permanente. As visitas dos agentes servem para reforçar o cuidado, mas é fundamental que diariamente a população verifique qualquer objeto que possa acumular água limpa", enfatiza Paula.
Diagnóstico
Ela ressalta que o processo possibilita o diagnóstico dos locais mais propensos para a proliferação do mosquito. A ação percorreu, por amostragem, em todos os bairros. A agente de combate às endemias Cristiane Sivinski, que participou das visitas, relata que muitos moradores adotaram a prática de colocar potes embaixo da mangueira do ar-condicionado para reaproveitar a água.
A iniciativa pode se transformar num problema se não forem observados os cuidados com a dengue. "Verificamos essa conduta em várias casas. Não há problema em reutilizar a água. No entanto, ela não pode ficar acumulada no recipiente, pois se torna um lugar propício para a proliferação do Aedes", ressalta Cristiane.
O próximo LIRAa, para a coleta de formas imaturas do mosquito, larvas ou pupas, ocorrerá em maio. O levantamento é uma metodologia recomendada pelo Ministério da Saúde para a determinação do Índice de Infestação Predial (IIP) do mosquito, de maneira rápida, auxiliando no direcionamento das ações de controle e a avaliação das atividades.
Trabalho de prevenção e monitoramento
A Semsad reforça que o controle vetorial e a prevenção ao Aedes aegypti são realizados pela Vigilância Ambiental com base nas Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle de Epidemias de Dengue. Atualmente, a equipe da Vigilância Ambiental leopoldense conta com duas biólogas, uma estagiária de biologia, dois veterinários e 24 agentes de combate às endemias.
O trabalho de prevenção e monitoramento é feito diariamente por meio de visitas domiciliares e em pontos estratégicos. Nessa ação, quando são encontrados focos do mosquito ou possíveis criadouros, a equipe realiza atividades educativas, eliminação de criadouros e coleta de amostras.
Abordagens para sensibilizar a população
Outra medida importante adotada pela Semsad e intensificada desde dezembro do ano passado em São Leopoldo envolve um forte trabalho de conscientização da população em pontos de grande movimentação na cidade, como nas estações do Trensurb - Estação Rio dos Sinos e Estação São Leopoldo, por exemplo. A ideia das abordagens é sensibilizar os leopoldenses sobre os cuidados dentro do pátio, dentro da casa. Tudo sempre feito com orientação de uma equipe de agentes de combate às endemias. Informação correta é sempre importante.
Aumento de 59% nos casos no RS
O Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), da Secretaria da Saúde do RS, emitiu nesta semana um comunicado de risco, recomendando aos municípios e à população que reforce os cuidados contra a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. De acordo com o diretor adjunto do Cevs, Marcelo Vallandro, foram notificados 202 casos nas primeiras três semanas de janeiro, 59% a mais do que o mesmo período em 2022.
Vinte e três das 30 regiões do Estado tiveram casos notificados acima do Limite Superior Endêmico (LSE) dos últimos anos. No comunicado anterior, referente ao período até o dia 14, eram 13 regiões. “Semanalmente, fazemos a avaliação de como está o cenário. No início do ano, é comum ter aumento de casos de arboviroses, como dengue, zika e chikungunya. O ano de 2022 teve o pior início, totalizando o ano com 66.888 casos confirmados e 66 óbitos”, explicou Vallandro. “Em 2022 tivemos nosso pior ano epidêmico e em 2023 já começamos com casos acima do esperado, o que nos mantém alertas”, acrescenta.
Preste atenção aos sintomas da dengue
Conforme a equipe da Semsad, entre os sintomas da dengue estão dor de cabeça e febre alta, dor atrás dos olhos, dor muscular, dor nas articulações, apresentar manchas vermelhas na pele, erupções na pele, náuseas, vômitos. Em caso de algum desses sintomas, a orientação é que a pessoa procure pela Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima de sua residência. E a prevenção fundamental: não deixe água acumulada.