Mais uma morte por leptospirose foi confirmada pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) nesta terça-feira (11). Com isso, o Rio Grande do Sul chega a 17 óbitos por decorrência dessa doença entre 26 de abril e 11 de junho. Outros quatro casos são investigados pela pasta.
De acordo com a SES, apenas uma das 17 mortes não está relacionada ao contexto das enchentes no RS.
A vítima mais recente é um homem de 63 anos, morador de Alecrim. No dia 17 de maio, ele começou apresentar sintomas como febre, mialgia, cefaleia, prostração, congestão conjuntival, vômitos e icterícia. O idoso, que tem histórico de exposição às águas de inundação que assolou, faleceu no último dia 22.
O que é leptospirose?
A leptospirose é uma doença infecciosa febril transmitida pelo contato com a urina de animais infectados, principalmente roedores, pela bactéria leptospira.
A contaminação pode ocorrer em qualquer época do ano, mas as chances de contágio são maiores quando há inundações, enxurradas e lama. Se houver algum ferimento ou arranhão, a bactéria penetra com mais facilidade no organismo humano. É importante que residentes em locais mais atingidos pela chuva adotem cuidados, como usar calçados ao caminhar em áreas alagadas, evitar qualquer tipo de contato com roedores (os principais transmissores) e lavar bem os alimentos.
Prevenção
Nos locais que tenham sido invadidos por água de chuva, recomenda-se fazer a desinfecção do ambiente com hipoclorito de sódio a 2,5%, presente na água sanitária (1 copo de água sanitária para um balde de 20 litros de água). Manter os alimentos guardados em recipientes bem fechados, manter a cozinha limpa sem restos de alimentos, retirar as sobras de alimentos ou ração de animais domésticos antes do anoitecer, manter o terreno limpo e evitar entulhos e acúmulo de objetos nos quintais ajudam a evitar a presença de roedores. A luz solar também ajuda a matar a bactéria.
Sintomas e tratamento
A doença pode levar até 30 dias para se desenvolver, mas, geralmente, os sintomas começam entre o sétimo e o décimo quarto dia após a exposição. Quem teve contato com água potencialmente contaminada e apresentar febre, dor de cabeça, dor no corpo (principalmente nas panturrilhas), vômitos, pele amarelada (em casos mais graves), deve procurar um serviço de saúde.
O tratamento pode ser feito em qualquer unidade básica de saúde dos municípios e deve ser iniciado, preferencialmente, até o quinto dia após a apresentação dos primeiros sintomas.
É importante relatar ao médico se entrou em contato com roedores, água e lama de inundações. Somente o médico é capaz de diagnosticar e tratar a doença.
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