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EFEITO DAS ENCHENTES

LEPTOSPIROSE: Mais uma morte é confirmada e RS registra 17 óbitos pela doença

Vítima tinha 63 anos e teve contato com águas de inundação; outras 4 mortes são investigadas no Estado

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Publicado em: 11/06/2024 às 20h:41 Última atualização: 12/06/2024 às 09h:42
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Mais uma morte por leptospirose foi confirmada pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) nesta terça-feira (11). Com isso, o Rio Grande do Sul chega a 17 óbitos por decorrência dessa doença entre 26 de abril e 11 de junho. Outros quatro casos são investigados pela pasta.

De acordo com a SES, apenas uma das 17 mortes não está relacionada ao contexto das enchentes no RS.

Enchente no bairro Santo Afonso | abc+



Enchente no bairro Santo Afonso

Foto: Laura Rolim/GES-Especial

A vítima mais recente é um homem de 63 anos, morador de Alecrim. No dia 17 de maio, ele começou apresentar sintomas como febre, mialgia, cefaleia, prostração, congestão conjuntival, vômitos e icterícia. O idoso, que tem histórico de exposição às águas de inundação que assolou, faleceu no último dia 22.

O que é leptospirose?

A leptospirose é uma doença infecciosa febril transmitida pelo contato com a urina de animais infectados, principalmente roedores, pela bactéria leptospira.

A contaminação pode ocorrer em qualquer época do ano, mas as chances de contágio são maiores quando há inundações, enxurradas e lama. Se houver algum ferimento ou arranhão, a bactéria penetra com mais facilidade no organismo humano. É importante que residentes em locais mais atingidos pela chuva adotem cuidados, como usar calçados ao caminhar em áreas alagadas, evitar qualquer tipo de contato com roedores (os principais transmissores) e lavar bem os alimentos. 

Prevenção

Nos locais que tenham sido invadidos por água de chuva, recomenda-se fazer a desinfecção do ambiente com hipoclorito de sódio a 2,5%, presente na água sanitária (1 copo de água sanitária para um balde de 20 litros de água). Manter os alimentos guardados em recipientes bem fechados, manter a cozinha limpa sem restos de alimentos, retirar as sobras de alimentos ou ração de animais domésticos antes do anoitecer, manter o terreno limpo e evitar entulhos e acúmulo de objetos nos quintais ajudam a evitar a presença de roedores. A luz solar também ajuda a matar a bactéria.

Sintomas e tratamento

A doença pode levar até 30 dias para se desenvolver, mas, geralmente, os sintomas começam entre o sétimo e o décimo quarto dia após a exposição. Quem teve contato com água potencialmente contaminada e apresentar febre, dor de cabeça, dor no corpo (principalmente nas panturrilhas), vômitos, pele amarelada (em casos mais graves), deve procurar um serviço de saúde.

O tratamento pode ser feito em qualquer unidade básica de saúde dos municípios e deve ser iniciado, preferencialmente, até o quinto dia após a apresentação dos primeiros sintomas.
É importante relatar ao médico se entrou em contato com roedores, água e lama de inundações. Somente o médico é capaz de diagnosticar e tratar a doença.

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