RECUPERAÇÃO ECONÔMICA
Justiça encerra a recuperação judicial da Paquetá Calçados
Processo iniciado em 2019 encerra com empresa pagando R$ 7,37 milhões aos credores
Última atualização: 12/11/2023 16:08
A recuperacão judicial da Paquetá Calçados chegou ao fim neste sábado (11) com a publicação da decisão do juiz Alexandre Kosby Boeira. A empresa chegou a vender lojas para um grupo de São Paulo para obter recursos para o pagamento dos credores.
Mesmo determinada pela Justiça, o texto ainda aguarda retorno do posicionamento da empresa a respeito da redação final no processo iniciado em junho de 2019. Dois meses após apresentar o pedido junto à Justiça, a empresa protocolou a primeira versão do Plano de Recuperação Judicial (PRJ), que foi contestado por alguns credores.
Sucessivas modificações foram feitas no PRJ até que em junho de 2021 a versão final foi aprovada pelos credores em assembleia. Ao final do processo, a Paquetá quitou um valor total de R$ 7,37 milhões aos seus credores.
Em sua decisão o juiz Boeira destacou que a empresa agora volta a atuar no mercado "sem o rótulo de sociedade em 'recuperação judicial'. Mesmo assim, o magistrado reconhece as dificuldades que a mesma enfrentará nessa volta ao mercado. "Não se está a olvidar das dificuldades que a recuperanda suportará ao voltar a atuar no mercado, sendo impensável supor que possa recuperar em breve período a mesma relevância de outrora ", aponta o juiz.
Funcionários
Com as finanças combalidas e quitando o PRJ, a Paquetá Sapiranga vinha promovendo uma série demissões e atrasos anuais no pagamento dos funcionários. O presidente do Sindicato dos Sapateiros de Sapiranga e Região, Júlio Cavalheiro Neto, diz que recebeu a informação teria saído da recuperação judicial, evitando a falência.
De acordo com ele, agora o novas reuniões devem ser realizadas com a direção da empresa para tratar sobre outras dívidas. "Os demais procedimentos, sobre os débitos com os funcionários, vamos reunir com a direção da empresa a partir de amanhã (segunda)", declarou Neto.
Neto afirma que havia um grupo de aproximadamente 300 trabalhadores na lay off, que retornaram em 1º de novembro, mas a empresa dispensou até o dia 20.
Para o grupo que estava trabalhando, em torno de 200 pessoas, a empresa teria efetuado o pagamento na semana retrasada o pagamento de setembro. "Tomara que a empresa se recupere, porque os trabalhadores terão mais oportunidades de emprego", arremata.
A reportagem tenta contato com a Paquetá. O espaço permanece disponível para manifestação.