INQUÉRITO CONCLUÍDO

Jovem baleada na saída do trabalho em Campo Bom foi morta por engano, diz Polícia

Dois homens foram presos preventivamente pelo crime, que teria sido executado a mando de um terceiro já recolhido ao sistema prisional

Publicado em: 26/04/2023 17:18
Última atualização: 27/12/2023 13:54

A Polícia Civil apurou que Ludmila Viana da Silva, de 21 anos, morta com dois tiros no estacionamento da empresa em que trabalhava, em Campo Bom, na noite do dia 27 de março, foi executada por engano. De acordo com o delegado responsável pela investigação do caso, Clóvis Nei da Silva, o crime possivelmente ocorreu a mando de um homem que se já estava preso.

Câmera flagrou ataque dos criminosos em um Gol branco Foto: Reprodução

O autor dos disparos, de 36 anos, foi preso preventivamente em Porto Alegre no dia 10 de abril. Já o comparsa, que dirigiu até o local, de 47 anos, foi preso no dia seguinte, 11 de abril, em Montenegro. Uma mulher, de 29 anos, companheira de um deles, também teria participado do crime, no entanto, como não possui antecedentes criminais e tem filhos menores de idade, não foi presa.

Os três, contudo, foram indiciados pelos crimes de homicídio qualificado, roubo majorado e associação criminosa. A investigação mostrou que a vítima não tinha nenhuma relação ou vínculo com os suspeitos, como inicialmente havia sido considerado. Com isso, o delegado descartou a possibilidade que o crime tenha sido um feminicídio e negou também que possa ser considerado um latrocínio.

Na data do crime, o autor dos disparos cumpria pena em regime semiaberto e possui antecedentes criminais por furto qualificado, cinco roubos majorados, quatro receptações, adulteração de sinal identificador de veículo automotor, tráfico de entorpecentes e associação ao tráfico. Já o comparsa possui antecedentes criminais por tentativa de homicídio. 

O inquérito policial sobre o caso foi concluído e remetido a Justiça na segunda-feira (24). Até esta quarta-feira (26), os presos permaneciam recolhidos no sistema prisional.

De acordo com a Polícia, as investigações continuam, pois ainda faltam laudos periciais e documentos probatórios relativos ao crime.

O crime

A jovem estava com a companheira, de 20 anos, quando foram abordadas por dois criminosos em um carro, por volta das 21 horas. Um deles desceu do veículo e anunciou o assalto. Na ocasião, foram roubados dois celulares e uma motocicleta Yamaha 125, de cor vermelha. Ludmila teria sido baleada quando iria entregar o telefone.

Por meio de imagens de câmeras de monitoramento, a Polícia flagrou o momento em que a motocicleta roubada foi abandonada na Rua João Silveira do Amaral e quando, em seguida, o autor dos disparos ingressou em um Nissan Versa, de cor branca.

Inicialmente, suspeitava-se que os homens teriam chegado ao local do crime em um Volkswagen Gol, de cor branca, mas, ao fim da investigação, a Polícia não confirmou a informação.

Motorista de aplicativo participou do crime

O motorista do carro foi identificado como sendo um motorista de aplicativo, que teria recebido dinheiro diretamente do atirador para participar do crime. Conforme foi apurado pelas imagens, ele realizou um prévio levantamento das vítimas, tendo ido até o local da execução anteriormente e tirado fotos das vítimas.

O nome da empresa para qual o motorista trabalha não foi divulgado.

Criminosos beberam cerveja durante a fuga

Durante a fuga, os criminosos pararam em um posto de gasolina para abastecer o veículo. Neste momento, eles desembarcaram do carro e pararam para beber cerveja.

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