DIVERSÃO E TRADIÇÃO

Jogos Germânicos deixam estudantes no clima da Oktoberfest de Igrejinha

Partidas de schnorrer, que simula uma batalha, atraíram a atenção do público em volta da mesa

Publicado em: 13/10/2024 14:38
Última atualização: 13/10/2024 14:39

Os jogos germânicos escolares foram a grande atração na manhã deste domingo (13) na 35ª Oktoberfest de Igrejinha. Mais de 100 estudantes de 10 escolas municipais e de uma escola particular participaram das competições que buscam retratar algumas das lidas e brincadeiras realizadas pelos imigrantes alemães quando chegaram ao país e para a região.

Foram cinco modalidades disputadas: Serra de duas pontas, carrinho de mão, knips, schnorrer e cabo de guerra.

Nicolas Filippsen jogou em busca do bicampeonato de schnorrerIsaías Rheinheimer/GES-Especial
Jogos de tabuleiro estão entre as brincadeiras inseridas na cultura da região pelos imigrantes alemãesIsaías Rheinheimer/GES-Especial
Os amigos Gilmar Nestor Rosa, 40 anos, e Vitor Gabriel Barros Konrath, 13, representaram a escola Vila Nova na modalidade serra de duas pontasIsaías Rheinheimer/GES-Especial
Cabo de guerra uniu pais e estudantesIsaías Rheinheimer/GES-Especial
Corrida de carrinho de mão foi uma das modalidades disputadas nos Jogos Germânicos EscolaresIsaías Rheinheimer/GES-Especial

“Os jogos germânicos representam algumas atividades que os nossos imigrantes faziam quando chegaram aqui. Imagina que quando [os imigrantes] chegaram, não existia motosserra, então eles desbravaram as terras no braço, com uma serra mesmo. O carrinho de mão era usado para o transporte da colheita. O cabo de guerra nos remete a forma como os colonos faziam a limpeza dos terrenos, eles usavam uma corda para arrastar os troncos das árvores”, explica Diego Sperb, presidente da Associação Cultural Kirchleinburg, responsável pela organização dos jogos. Sperb também é o coordenador de Cultura da Comissão da Oktoberfest.

Cultivar as tradições

Os imigrantes também inseriram os jogos de tabuleiro na cultura da região, e o knips é um exemplo disso. No passado, as partidas de knips eram comuns em festas típicas e em programações das comunidades religiosas.

“Então, a gente busca fazer esse resgate histórico dos nossos ancestrais de uma forma divertida, através de brincadeiras. E as escolas, nesse contexto, estão inseridas para dar sequência. A gente quer que esses alunos, quando venham para a festa, participem no futuro, quando completarem a maioridade, pra que essa cultura não acabe”, completa Sperb.


Os amigos Gilmar Nestor Rosa, 40 anos, e Vitor Gabriel Barros Konrath, 13, representaram a escola Vila Nova na modalidade serra de duas pontas Foto: Isaías Rheinheimer/GES-Especial

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Os amigos Gilmar Nestor Rosa, 40 anos, e Vitor Gabriel Barros Konrath, 13, representaram a escola Vila Nova na modalidade serra de duas pontas, que consiste no corte de um tronco no menor tempo possível. “É a primeira vez que estamos participando. Foi difícil pela falta de experiência e pela dificuldade que é manusear a serra, mas o que vale mesmo é a participação e a integração das gerações”, considera Rosa. “Eu considero a realização dos jogos germânicos importante para cultivar nossas tradições”, complementa Konrath.

Partidas de schnorrer foram destaque

As partidas de schnorrer foram as que mais atraíram o público em volta da mesa. Schnorrer é um jogo de tabuleiro, muito comum na Alemanha, e foi inserido nos jogos germânicos de Igrejinha após uma viagem do grupo Kirchleinburg à cidade co-irmã Simmern, que fica na região de Hunsrück.


Nicolas Filippsen jogou em busca do bicampeonato de schnorrer Foto: Isaías Rheinheimer/GES-Especial

“O Schnorrer é como se fosse uma batalha, em que se simula a tomada de um castelo. Então, um peão é disparado e esse precisa ir derrubando os pinos, que representam o exército, até chegar ao fim do tabuleiro onde estão o rei e a rainha”, descreve Juliano Müller de Oliveira, coordenador de comissão da Oktober.

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O campeão do jogo na edição de 2023, Nicolas Filippsen, 10, estava disputando o bicampeonato. “É um jogo em que você conta com a sorte, mas tem que ter estratégia, especialmente na hora de largar o peão no tabuleiro: Os fios não podem ficar muito amontoados e é preciso puxar a corda com muita força, para soltar o peão na mesa”, orienta.

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