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Reconstrução

Iniciativa privada vai construir quartel, escola e 43 casas em município da região

O projeto Juntos pelo Caí já arrecadou R$ 5 milhões de doações para ajudar na reconstrução de São Sebastião do Caí

Débora Ertel
Publicado em: 01/10/2024 às 19h:09 Última atualização: 01/10/2024 às 19h:10
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Uma nova escola, um novo batalhão para a Brigada Militar e a construção de 43 casas. É isso que o projeto Juntos pelo Caí quer entregar para o município de São Sebastião do Caí. Dos R$ 9 milhões estimados para realizar as obras do Parque das Bergamotas, R$ 5 milhões já foram captados junto à iniciativa privada.

Projeto do futuro Parque das Bergamotas, nova casa de quem perdeu tudo em São Sebastião do Caí  | abc+



Projeto do futuro Parque das Bergamotas, nova casa de quem perdeu tudo em São Sebastião do Caí

Foto: Divulgação/Ospa Arquitetura

A campanha é da Associação Comercial, Industrial e de Serviços (Acis) e da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), em parceria com a Cooperativa Sicredi Serrana.

Durante a 22ª Festa da Bergamota, realizada em setembro, o projeto foi detalhado ao público no Espaço Coopera.

Espaço Coopera da 22.ª Festa da Bergamota  | abc+



Espaço Coopera da 22.ª Festa da Bergamota

Foto: Divulgação

Campanha foi lançada em junho

Em junho, foi lançada a campanha Juntos pelo Caí, paralela ao plano de Reconstrução de São Sebastião do Caí, coordenado pela prefeitura. Conforme a embaixadora do Juntos pelo Caí, Ana Taís Ledur, a iniciativa realizou diversas ações pontuais, mas que não se mostraram suficientes diante da destruição deixada pela enchente de maio.

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Em especial, a necessidade da construção de 93 casas para abrigar famílias que ficaram sem nada.
O governo do Estado, por meio da doação da Innova Steel, prometeu 50 unidades. Como faltariam 43 moradias, o Juntos pelo Caí foi em busca de parceria para tirar essas outras casas do papel.

Enchente em São Sebastião do Caí em 13 de maio | abc+



Enchente em São Sebastião do Caí em 13 de maio

Foto: Castor Becker Júnior/Especial

A prefeitura já conta com um loteamento pronto no bairro Boa Vista. O terreno plano tem uma área total de 13.389 metros quadrados, com rede elétrica e sistema de água e esgoto. Na região também há um posto de saúde e escola.

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Segundo Ana, a infraestrutura disponível é uma vantagem em relação aos outros municípios e dá agilidade aos projetos. “Grandes institutos demonstraram interesse em colaborar com a cidade, mas desde que tivesse segurança nesta região”, conta Aline.

Brigada Militar terá novo quartel e nova escola será construída

Como o quartel da BM foi destruído pela cheia e a corporação agora ocupa um prédio alugado, foi ofertado a possibilidade de uma nova sede própria no Parque das Bergamotas. A proposta foi aceita pela BM. 

Além do quartel da Brigada, uma nova escola será construída em São Sebastião do Caí. A meta é que até o início do próximo ano letivo, provavelmente em fevereiro de 2025, a escola esteja pronta para receber os novos alunos. O colégio terá capacidade para 365 estudantes.

Como serão as construções

A proposta prevê que as unidades habitacionais tenham 37,5 metros quadrados, somando um investimento de R$ 4,83 milhões. Para a sede da BM, de 350 metros quadrados, o valor orçado é de R$ 975 mil. Para a construção da nova escola, de 1.450 metros quadrados, o orçamento inicial é de R$ 3,95 milhões.

Segundo Aline, embora exista uma escola nesta região, a nova unidade de educação é necessária porque se estima que as 93 famílias tenham, cada uma, entre dois e três filhos.

De acordo com a embaixadora, o método construtivo dos empreendimentos será de fabricação rápida, sendo todas as obras realizadas pela Mopo, empresa gaúcha. O projeto arquitetônica é da Ospa Arquitetura.

O Juntos pelo Caí tem recebido apoio de todos os cantos do Brasil e a expectativa é que o valor restante para bancar todos os projetos seja arrecadado em breve. Além disso, a ideia das entidades é manter o projeto ativo por mais tempo.

”Porque a iniciativa privada consegue fazer desde que saiba a necessidade e nós acreditamos na transparência, honestidade e na boa administração municipal”, destaca. “A cidade é alagável e não vai deixar de ser, pois o Caí é banhado pelo rio. Isso não vai deixar de existir”, conclui.

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