DIA DOS POVOS INDÍGENAS
Indígenas de São Leopoldo reivindicam saneamento e construção de nova escola na aldeia
Comunidade da Aldeia Por Fi Ga, no bairro Feitoria, cobra mais atenção do poder público
Última atualização: 04/03/2024 17:19
Hoje é celebrado no Brasil o Dia dos Povos Indígenas. Em São Leopoldo, para a comunidade da aldeia caingangue Por Fi Ga, no bairro Campestre, a data é marcada por reivindicações. No local, onde vivem 320 pessoas, entre elas 75 crianças, a reconstrução da escola da aldeia, que foi interditada em agosto de 2016, segue sendo esperada. Já há, no entanto, um esboço do projeto feito e uma área destinada para a construção, cuja promessa é de que se inicie até o final deste ano para entrega no ano que vem.
Enquanto isso, os pequenos, do primeiro ao quarto ano, seguem tendo aulas improvisadas no salão da aldeia. Já os demais estudantes estão matriculados em escolas fora da comunidade, o que gera preocupação para o vice-cacique da aldeia, Antônio dos Santos kamé. "Nossas crianças e jovens sentem muito preconceito, têm dificuldades de se adaptarem com a merenda. Na aldeia eles aprendem nossa cultura, nosso idioma, têm aulas de marcas tribais", comenta.
Segundo ele, a nova escola que será erguida na aldeia atenderá alunos do primeiro ao nono anos e deverá ter, ainda, uma quadra de esportes e uma pracinha. Procurada pela reportagem, a Secretaria Estadual da Educação informou, em nota, que a Secretaria de Obras Públicas (SOP) já elaborou o projeto arquitetônico para a construção do novo prédio da EEIEF Kaingang Por Fi Ga, que terá cerca de 650 metros quadrados de área, dentro dos modelos do projeto estratégico Escola Padrão, do Programa Avançar.
Depois disso, a secretaria encaminhou os procedimentos licitatórios para a contratação de empresa especializada para a elaboração dos projetos de engenharia, sondagem geotécnica de solos e a planilha orçamentária. "O edital foi aberto em 14 de fevereiro e está em fase de julgamento das propostas de preço das três empresas consideradas aptas a prosseguir no certame após a sessão de abertura dos envelopes da proposta de preços, ocorrida em 22 de março. Após a autorização de início dos serviços, o prazo para conclusão é de 90 dias. Com a finalização dos projetos, o governo do Estado irá licitar a execução da obra", informa o texto.
"Além disso, a Seduc está verificando a viabilidade de implantação de módulos habitáveis, por meio de locação ou aquisição, para atendimento das necessidades da escola enquanto a obra não é concluída", completa a nota da Seduc.
"Somos tratados como invasores da cidade", diz vice-cacique
De acordo com o vicecacique da aldeia Por Fi Ga, Antônio Santos Kamé, outra reivindicação dos indígenas é por saneamento básico. “Sentimos preconceito também dentro do poder público. Nossos projetos e demandas sempre são deixados por último ou executados somente por via judicial. Somos tratados como invasores da cidade”, comenta Kamé.
A Prefeitura informou, em nota, que respeita sua cultura e identidade. Sobre o saneamento, aponta que aldeia foi implantada com fossa e filtro individual, mas que estuda uma solução para o esgoto.
Festa na aldeia ocorre dias 19 e 20 de maio
Para os próximos dias 19 e 20 de maio, a comunidade da aldeia Por Fi Ga está organizando uma grande festa aberta ao público. Entre as atrações estarão palestras, culinária indígena, exposições e oficina de artesanato. Nos dois dias, o evento começa às 9 horas. A entrada é um quilo de alimento não perecível. Informações podem ser obtidas com o cacique Jeremias Eufrásio Kamé pelo telefone 99950-2642. A reserva Por Fi Ga fica na Estrada do Quilombo.
Hoje é celebrado no Brasil o Dia dos Povos Indígenas. Em São Leopoldo, para a comunidade da aldeia caingangue Por Fi Ga, no bairro Campestre, a data é marcada por reivindicações. No local, onde vivem 320 pessoas, entre elas 75 crianças, a reconstrução da escola da aldeia, que foi interditada em agosto de 2016, segue sendo esperada. Já há, no entanto, um esboço do projeto feito e uma área destinada para a construção, cuja promessa é de que se inicie até o final deste ano para entrega no ano que vem.
Enquanto isso, os pequenos, do primeiro ao quarto ano, seguem tendo aulas improvisadas no salão da aldeia. Já os demais estudantes estão matriculados em escolas fora da comunidade, o que gera preocupação para o vice-cacique da aldeia, Antônio dos Santos kamé. "Nossas crianças e jovens sentem muito preconceito, têm dificuldades de se adaptarem com a merenda. Na aldeia eles aprendem nossa cultura, nosso idioma, têm aulas de marcas tribais", comenta.
Segundo ele, a nova escola que será erguida na aldeia atenderá alunos do primeiro ao nono anos e deverá ter, ainda, uma quadra de esportes e uma pracinha. Procurada pela reportagem, a Secretaria Estadual da Educação informou, em nota, que a Secretaria de Obras Públicas (SOP) já elaborou o projeto arquitetônico para a construção do novo prédio da EEIEF Kaingang Por Fi Ga, que terá cerca de 650 metros quadrados de área, dentro dos modelos do projeto estratégico Escola Padrão, do Programa Avançar.
Depois disso, a secretaria encaminhou os procedimentos licitatórios para a contratação de empresa especializada para a elaboração dos projetos de engenharia, sondagem geotécnica de solos e a planilha orçamentária. "O edital foi aberto em 14 de fevereiro e está em fase de julgamento das propostas de preço das três empresas consideradas aptas a prosseguir no certame após a sessão de abertura dos envelopes da proposta de preços, ocorrida em 22 de março. Após a autorização de início dos serviços, o prazo para conclusão é de 90 dias. Com a finalização dos projetos, o governo do Estado irá licitar a execução da obra", informa o texto.
"Além disso, a Seduc está verificando a viabilidade de implantação de módulos habitáveis, por meio de locação ou aquisição, para atendimento das necessidades da escola enquanto a obra não é concluída", completa a nota da Seduc.
"Somos tratados como invasores da cidade", diz vice-cacique
De acordo com o vicecacique da aldeia Por Fi Ga, Antônio Santos Kamé, outra reivindicação dos indígenas é por saneamento básico. “Sentimos preconceito também dentro do poder público. Nossos projetos e demandas sempre são deixados por último ou executados somente por via judicial. Somos tratados como invasores da cidade”, comenta Kamé.
A Prefeitura informou, em nota, que respeita sua cultura e identidade. Sobre o saneamento, aponta que aldeia foi implantada com fossa e filtro individual, mas que estuda uma solução para o esgoto.
Festa na aldeia ocorre dias 19 e 20 de maio
Para os próximos dias 19 e 20 de maio, a comunidade da aldeia Por Fi Ga está organizando uma grande festa aberta ao público. Entre as atrações estarão palestras, culinária indígena, exposições e oficina de artesanato. Nos dois dias, o evento começa às 9 horas. A entrada é um quilo de alimento não perecível. Informações podem ser obtidas com o cacique Jeremias Eufrásio Kamé pelo telefone 99950-2642. A reserva Por Fi Ga fica na Estrada do Quilombo.