EDUCAÇÃO
Incerteza sobre futuro das escolas cívico-militares
Mudança de governo deixa dúvidas sobre o seguimento do programa
Última atualização: 02/02/2024 15:20
O momento de mudança política gera incerteza para as escolas cívico-militares da região, que dependem do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares. O governo federal emitiu nota, esclarecendo que o Ministério da Educação (MEC) passou por alterações em sua estrutura organizacional, e considerando sua nova estrutura, o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares passa a ser acompanhado no âmbito da Diretoria de Políticas e Diretrizes da Educação Integral Básica, que integra a estrutura da Secretaria de Educação Básica.
"Esclarecemos que o Ministério da Educação e o Ministério da Defesa estão dialogando e analisando o arcabouço legal e operacional referente ao programa, e as equipes técnicas estão trabalhando em orientações e novas regulamentações que serão encaminhadas às escolas. Diante disso, pedimos que aguardem as novas orientações que serão disponibilizadas em breve", divulgou o MEC.
Em Sapucaia do Sul, a Escola Cívico- Militar Alberto Santos Dumont mantém suas atividades normalmente. A secretária de Educação de Sapucaia do Sul, Djoidy Iara Richter Felipin, explica que o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares continua com algumas reformulações, mas que ainda não foram repassadas aos pontos focais.
Situação na Escola Estadual Cristo Rei
Projeto de valores
No momento em que a escola se torna cívico-militar, esse processo dura três anos. Ao término deste período, deve ocorrer uma nova plenária, que depende da opinião da comunidade para decidir a continuidade do programa ou não. A diretora explica que os trabalhos seguem os mesmos, porém, eles aderiram a um projeto de valores, com o intuito de valorizar a questão dos símbolos nacionais, a hora cívica e promover palestras sobre respeito, direitos e deveres. "O que mudou é essa questão de organização, fazemos fila para cantar o hino, destacamos os alunos da hora cívica, valorizamos muito o uso do uniforme, em termos pedagógicos não muda, os professores têm a sua autonomia, continuamos respondendo à 2ª Coordenadoria Regional da Educação (CRE)".