O projeto de lei legislativo que propõe o aumento de salários dos cargos de prefeito, vice-prefeito, secretários e vereadores de Canela, a partir do próximo mandato, tem causado indignação da comunidade. A matéria está em tramitação na Câmara e pode entrar para votação na sessão da próxima segunda-feira (1º).
Foto: Mônica Pereira/GES-ESPECIAL
Nesta semana, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Canela (SSMC) emitiu uma nota de repúdio ao aumento para os cargos políticos para o período entre 2025 e 2028. “É inadmissível no atual contexto econômico e social”, cita o texto.
Ainda, a entidade afirma que esses subsídios recebem, anualmente, correções pelos índices oficiais da inflação. “E não há qualquer justificativa plausível para um aumento de tal magnitude, neste momento”, completa.
Entre os percentuais, o maior será para os vereadores, de 32,61%, saindo de R$ 6.988,70 para R$ 9.268,25, a partir de 2025. O projeto prevê, ainda, um mês de salário a título de gratificação natalina.
Secretários municipais podem receber 23,4% a mais, dos R$ 12.154,25 para R$ 15 mil. O prefeito de Canela, terá 7,38% de aumento, de R$ 25.827,78 para R$ 27.734,70.
A nota do sindicato segue apontando que “os servidores públicos do município, que constituem a força motriz da administração púbica e que efetivamente permitem a prestação dos serviços públicos essenciais, jamais receberam aumento de tal ordem”. E ressalta que a economia da cidade está em retração, em função do cenário pós-catástrofe, “com inúmeras empresas sendo fechadas e com enorme quantitativo de cidadãos desempregados”.
Em relação aos percentuais de aumento diferentes para cada cargo, a Mesa Diretora da Câmara de Canela aponta que os valores foram aferidos, após reunião com representantes do Executivo e os vereadores.
“Não há métrica definida em porcentagem para a definição de subsídio, por inexigência legal. O valor a ser ofertado aos futuros ocupantes de cargos políticos no município de Canela, a partir do ano que vem, foram debatidos durante reunião no órgão legislativo. A matéria já teve parecer favorável das comissões e seguirá a tramitação legal até deliberação do plenário”, pondera, através de nota.
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