Embora a carne fosse o produto mais nobre da produção suína, a banha também tinha sua importância alimentar. Além de ser utilizada no preparo dos alimentos, a banha era usada para a conservação das carnes.
Depois do abate, as carnes eram cortadas, fritas e depois mergulhadas em latas de banha. Com esse processo, era possível conservar o alimento por até um ano nas despensas das famílias, o que garantia comida para os tempos mais difíceis.
Como o passar do tempo e chegada da energia elétrica, a banha praticamente deixou de ser usada para a conservação, mas continuou como ingrediente de receitas. Como é rica em gordura saturada, por meio tempo “foi condenada”, como pondera a química industrial de alimentos e professora da Feevale Simone Weschenfelder.
A plantação de soja se expandiu no Brasil e como ela o consumo do óleo de soja, mais barato e mais saudável. “Só que a indústria foi criando tantos derivados que muitos alimentos também são repletos de gorduras saturadas, com aparência de serem mais saudáveis”, diz Simone.
Agora, a banha vive um novo momento dentro da culinária, tida como um ingrediente nobre em algumas receitas. “A banha agrega um sabor ímpar. É uma experiência sensorial. O sabor que agrega ao alimento é único”, diz Simone.
Um dos “problemas” da gordura animal era o cheiro forte que a fritura produzia. “Mas hoje ela é desodorizada, pois existem novos processos tecnológicos. A questão é só não comer demais”, conclui.
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