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IMIGRAÇÃO ALEMÃ: A jovem Júlia reencontra suas origens germânicas

Após anos procurando, ela confirmou sua ascendência alemã

Débora Ertel
Publicado em: 25/07/2024 às 09h:38 Última atualização: 25/07/2024 às 09h:39
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Moradora do bairro Scharlau, em São Leopoldo, a publicitária Júlia Forneck Pinheiro, 23 anos, cresceu em meio à curiosidade de saber suas origens. E ela, que trabalha como designer de sistemas em uma multinacional alemã, confirmou que tinha, justamente, ascendência germânica.

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Após anos procurando, Júlia confirmou sua ascendência alemã

Foto: Débora Ertel/GES-Especial

Como não conheceu o avô paterno Germano Forneck, falecido em 1986, só ouviu relatos de que seus antepassados poderiam ser húngaros ou suíços. Isso gerava dúvida se sua origem estava mesmo na Alemanha. “Em 2015 eu procurei muito e encontrei várias versões diferentes, mas nada que pudesse esclarecer o meu sobrenome”, conta.

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Em 2018, Romeu Forneck, que Júlia até então não conhecia, entrou em contato. Foi a partir daí que a jovem recebeu as respostas para as suas perguntas e participou do primeiro encontro oficial dos Forneck. Vinda de uma família pequena e sem irmãos, quando chegou no pavilhão da sociedade em Poço das Antas, foi surpreendida com o espaço lotado no 1º Encontro Brasileiro da Família Forneck.

“Eu não sabia que existiam tantos Forneck, todos com origem no mesmo antepassado”, explica, referindo-se a Johann Forneck. “É muito diferente olhar e ver que tudo é teu parente. Tenho parente até do outro lado do mundo”, diz.

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Lembranças que marcam

Ela conta que a avó Sibila Herta Schuster Forneck, natural de Pareci Novo, hoje residindo em São Leopoldo, falava em alemão, língua que era comum entre os tios. “Quando eles brigavam ou falavam coisas que não era para as crianças ouvirem, era em alemão”, lembra.

Para Júlia, o que mais fica marcado em sua vida como uma característica de quem é descendente dos imigrantes é a teimosia. “Você reconhece que é de origem alemã só pelo jeito como se porta. Alemão é teimoso”, brinca. Além disso, a leopoldense adora misturar doce com salgado em todas as refeições, hábito aprendido na família.

Por trabalhar em uma empresa alemã, volta e meia leva os colegas vindos da Europa para conhecer a região. Comenta que, mesmo sabendo que São Leopoldo sediou a colônia, eles às vezes se surpreendem ao realmente encontrar cultura alemã.

“Eu queria ter tido mais contato com a imigração alemã, mas quando criança sempre me pareceu tão distante. Mas quando entendi que há sete gerações não se tinha nada, vejo que São Leopoldo tem um significado histórico importante”, diz. 

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