A rua que por cerca de 20 dias ficou tomada pela água da enchente nesta segunda-feira (27) amanheceu coberta de entulhos retirados das casas. O cenário visto na Rua João Batista de Freitas, na Vila Glória, no bairro Scharlau, em São Leopoldo, se repete em muitas vias da cidade onde a água dos alagamentos já escoaram.
Foto: Reprodução
Um dos moradores do local, o artesão Paulo Schaefer, o Paulinho dos Quadros, aproveitou o fim de semana sem chuva para organizar um mutirão de limpeza na residência. Com a ajuda de amigos, ele começou a organização do lar, que ficou por quase três semanas com o primeiro piso completamente submerso.
Na última quarta-feira (22), quando voltou ao local pela primeira vez após ter deixado o endereço com a família no dia 4, Paulinho descreveu o sentimento ao encontrar os pertences danificados pelas águas das chuvas. “Dói demais. É muito triste. Do atelier não sobrou nada, nenhum molde, nenhum desenho, vou ter que refazer tudo. Não é nem começar do zero, é começar do negativo”, lamenta.
Entre os itens perdidos estão os personagens do presépio, que Paulinho monta no pátio de casa para visitação da comunidade no Natal, e a Santa Ceia em MDF vazado, que rendeu recorde nacional ao artista em 2022, como a maior do País, com 6,55 metros de comprimento e 2,38 metros de altura.
Conforme Paulinho, na casa dele a água entrou mais de dois metros de altura. “Não conseguimos salvar praticamente nada. Do atelier eu perdi tudo. Tinha muita chapa de MDF, materiais de clientes e que estavam lá para reforma. Nada poderá ser reaproveitado”, explica o artista, que estima o período de 30 a 60 dias para poder começar a voltar a trabalhar depois que concluir a limpeza do local.
Para a reconstrução da residência e do atelier de trabalho, Paulinho, tem realizado uma campanha, para a doação de valores em dinheiro de quem puder colaborar. A transferência pode ser feita por meio do Pix, cuja chave é o CPF 444516870-04.
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